Experiência de Marca

Acampamento Farroupilha fica aberto até setembro

O Acampamento Farroupilha, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, em Porto Alegre, que foi aberto para atender os turistas na Copa do Mundo não terminou. Os 78 piquetes que já estão no local continuarão abrindo todos os finais de semana.

Apesar do fim da Copa do Mundo no domingo (13/07), o Acampamento Farroupilha, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, em Porto Alegre, não terminou. Os 78 piquetes que já estão no local continuarão abrindo todos os finais de semana até 23/08.

Depois dessa data, o evento passa a abrir durante toda a semana, com a comemoração da Semana Farroupilha. A previsão é que mais de 350 piquetes sejam montados no espaço.

Durante os 30 dias do Mundial, o evento extraordinário recebeu 140 mil pessoas, conforme a prefeitura da Capital gaúcha. Uma cerimônia no domingo fez o arriamento das bandeiras dos países que participaram de jogos em Porto Alegre.

Foto: Divulgação.

acampamento farroupilhaSegundo o coordenador de Tradição e Folclore da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), Giovani Tubino, 20 mil pessoas prestigiaram os shows realizados no palco central nesse período. Ele estima também que cinco mil tenham acompanhado as provas campeiras e que 3,5 mil tenham participado dos bailes e espetáculos realizados no Centro de Eventos do parque.

Uma das atrações, a Feira de Artesanato, recebeu 72 expositores que investiram uma média de R$ 3 mil para comercializar artesanato, roupas e artigos típicos. Ainda conforme a organização do acampamento, 23 estabelecimentos venderam alimentação.

Segundo Carlos Rogério Farias, que coordena a comercialização de alimentos para o evento, foram preparados dois mil quilos de “costelão 24 horas”, um dos itens mais apreciados pelos visitantes estrangeiros. Além disso, cerca de 20 mil litros de cerveja foram distribuídos, segundo Marcos Bender, proprietário da distribuidora que atente a marca de cerveja patrocinadora.

Os estrangeiros que passaram pelo local puderam, além de provar o churrasco gaúcho, conhecer de perto um pouco da cultura do Rio Grande do Sul. Conforme os organizadores do Galpão da Hospitalidade, 7.393 pessoas passaram por ali desde a abertura do Mundial.

Desse público, 52% foram turistas estrangeiros de 42 países em busca de informações sobre a cidade, o Acampamento Farroupilha e a cultura gaúcha. Mais de 600 pessoas participaram das oficinas e caminhadas guiadas abertas a turistas brasileiros e do Exterior.

Segundo o prefeito do parque, Marcus Vinicius Falcão Ferreira, a experiência faz parte do projeto de Turismo de Galpão, iniciado no ano passado e que se concretizou no acampamento deste ano. “Foi fortalecido o conceito do turismo criativo. O turista vem e participa. Aqui ele bota a mão na massa, participa, aprende. Isso fica para o resto da vida. Essa experiência para nós foi muito importante”, reconhece ele.

Segundo Manoelito Savaris, presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), o Turismo de Galpão registrou movimento de 7,3 mil turistas de 48 países durante o Mundial. A estimativa da entidade, no entanto, é de que o número de visitantes tenha sido ainda maior, entre 15 e 20 mil pessoas.

Se no futebol a rivalidade entre Brasil e Argentina é acirrada, no acampamento da cultura do pampa, os vizinhos de fronteira ficaram entre as melhores recordações dos gaúchos. “O que foi bom mesmo foram nossos hermanos, os argentinos que estiveram aqui para olhar o jogo da Argentina aqui no Beira-Rio. Aqui lotou”, lembra o peão Fernando Dias.

Para os turistas a experiência também teve significado especial. O livro de visitas de um dos piquetes, com mensagens de diversos idiomas, é a prova disso. “Um grupo de franceses convidou para que eu fosse para a cidade deles, que eu poderia me hospedar lá por um, dois, três meses. O tempo que eu quisesse ficar, eu seria bem vinda. Bastava eu chegar no aeroporto, que depois o resto seria tudo com eles”, se diverte lembrando Naira Jobim, patroa de um dos piquetes do parque.

O patrão de CTG, Enedir Pimental, no entanto, conta que quem contava com o retorno financeiro, não teve as expectativas alcançadas. “A experiência financeira foi fraca, mas culturalmente foi muito grande pro CTG e pro pessoal. Nós tivemos muitas visitas que vieram ao nosso CTG aqui, isso gratifica a gente. Precisamos de dinheiro para viver, mas também precisamos mostrar a cultura da nossa tradição”, avalia ele.