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Abril no Rio recebe Laís Souza para debate

A ex ginasta relatou e conversou sobre a sua trajetória no esporte, desde o início da ginástica até o acidente sofrido nas montanhas dos Estados Unidos. A atleta revelou otimismo quando questionada sobre recuperação.

Com Laís Souza como convidada especial, o segundo debate Abril no Rio foi realizado no dia 11 de agosto, em São Paulo.

Com forte carga emocional, a ex ginasta e esquiadora fez um relato e conversou abertamente com o público durante duas horas sobre sua carreira esportiva, seu acidente e o seu futuro – na vida e no esporte.

Na mesa ao lado dos jornalistas Sérgio Xavier, coordenador editorial do projeto, e Fábio Altman, redator-chefe de Veja, Laís debateu sobre o tema “Buscando o que parece impossível.”

Fotos: Flavio Santana.lais souza abril no rio

Ela contou sua trajetória esportiva, do início na ginástica aos quatro anos de idade, passando pela mudança para os esportes de inverno, até a aposentadoria precoce por conta de um acidente de esqui nas montanhas nos Estados Unidos.

“Essa foi uma palestra absolutamente diferente de todas, porque por mais que a gente fale de superação, ninguém vai poder falar com tanta propriedade sobre ao assunto quanto a Laís Souza. Se você olhar o tipo de acidente que ela sofreu e suas consequências, era para não ter sobrevivido. Ela voltou, superou todas as dificuldades e tem profunda esperança de que vai recuperar os movimentos, quem sabe até voltar a andar. Algo que hoje a ciência diz que não é possível, mas ela está desafiando.”, afirmou Sérgio Xavier. 

“Neste ciclo de debates nós teremos atletas olímpicos e paralímpicos, medalhistas ou não. Mas o que a Laís falou foi imbatível. Ela não foi uma atleta que subiu no lugar mais alto do pódio olímpico, mas eu digo que é imbatível o que ela tem para contar. Como ela mesma disse, sua rotina hoje é mais difícil do que nos tempos de atleta. Do ponto de vista do ensinamento, o que tivemos aqui hoje foi extraordinário.”, ressalta Fábio Altman.

“O que nos define é a forma como levantamos depois da queda. Coloquei uma meta e uma data em mente: quero entrar nas Olimpíadas andando. Parece distante, mas várias pessoas já me disseram que sonharam com isso. Então por que não?”, revelou Laís.

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Laís Souza.

Questionada por internautas por meio do Twitter da Veja se ela se considera um exemplo para as demais pessoas em situação parecida e se sua história viraria um livro, Laís foi enfática: “Acredito que vou me recuperar, nem que seja apenas um dedinho. E penso que posso servir sim de exemplo e inspiração. Isso tudo ainda é muito novo para mim, o ‘mundo das rodas’, como eu chamo. Tenho muito que aprender e tem que ser agora. Minha história ainda tem muito para acontecer e então depois disso eu pretendo sim contar tudo em um livro. Mas para fazer diferente, as pessoas têm de sair de casa, se mostrar.”, concluiu Laís Souza.