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Abetar quer atenção aos aeroportos regionais

O estudo completo da Abetar, com a necessidade de cada aeroporto, será encaminhado pela entidade ao Ministério do Turismo, em Brasília, no próximo mês.

A Copa do Mundo de 14 está chegando e testando a cada dia o planejamento das autoridades brasileiras, que a todo o momento precisam justificar atrasos em várias obras. Os aeroportos das 12 cidades-sede são um caso à parte e um estudo do Ipea serviu para tirar o pouco de sossego que havia no setor.

O que poucos falam, entretanto, é sobre os aeroportos regionais, de cidades menores que não receberão jogos do torneio de futebol mais importante do mundo.

Aeroporto Marechal Cândido Rondon em Cuiabá.

De olho neste gargalo logístico, a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar) realizou um minucioso levantamento, onde apontou que são necessários investimentos de pelo menos R$ 2,4 bilhões em 174 aeroportos de pequeno e médio porte para que seja garantida a mobilidade de turistas durante a Copa do Mundo.

O representante da associação, Anderson Correia, fal ou sobre a gravidade da situação. “Estão se esquecendo dos aeroportos regionais e isso é perigoso. Um turista que for para ver jogos em Cuiabá não ficará 15 dias naquela cidade, ele quer conhecer as outras belezas do Mato Grosso, visitar outros municípios e não terá nem como fazer isso. Um Estado do porte de Mato Grosso, por exemplo, não pode ter um aeroporto como o Juara, onde nem no Google Earth se acha a pista. É inadmissível. O sistema aéreo brasileiro está no limite”.

O estudo completo da Abetar, com a necessidade de cada aeroporto, será encaminhado pela entidade ao Ministério do Turismo, em Brasília, no próximo mês.

Anderson Correia disse que o documento contempla aeroportos municipais e estaduais, em sua maioria, mas também conta com aeroportos administrados pela Infraero e localidades onde a estatal decidiu não investir, ao menos por enquanto.

“A situação vai além da Copa do Mundo. O dia-a-dia do brasileiro já é afetado com a falta de i nvestimentos”.

Fonte: Bruno Rios/Portogente.