Experiência de Marca

É preciso temer o que vem por aí na nova Ampro?

Não vou comentar a divisão de atribuições, nem especular como será esse novo formato. Me faltam a bola de cristal e o desejo de fazê-lo. Mesmo porque me bastam os dois nomes para ter fé no que virá.

Ontem foi o dia do início de um novo tempo na Ampro. Depois de duas gestões, que revolucionaram o mercado, e a própria Ampro, Kito Mansano sai, deixando uma Instituição forte e respeitada e um legado de vida: o live marketing.

Um novo formato de diretoria se delineia na nova gestão 2016/2017, e temos Wilson Ferreira Junior como presidente, dividindo com o Celio Aschar, este na figura de chairman, o comando da Ampro.

Não vou comentar a divisão de atribuições, nem especular como será esse novo formato. Me faltam a bola de cristal e o desejo de fazê-lo. Mesmo porque me bastam os dois nomes para ter fé no que virá.

Além disso, a nova estrutura traz, num cargo à altura, um legítimo representante das Regionais da Ampro, portanto do Brasil.

Milton Santana representará na nova diretoria mais que o Nordeste, de onde sai da presidência do Capítulo, deixando o não menos competente Marcio Viana.

Só essa escolha de Milton já mostra uma mudança profunda , semeada pelo Kito, na Ampro, que é demonstração de que a entidade é muito mais que São Paulo, é Brasil.

Valoriza uma questão fundamental que pode nos diferenciar de todas as outras Instituições representativas do mercado de Comunicação, que é uma visão menor de que só o que São Paulo e Rio fazem é o que interessa.

O Brasil, na era do digital e das promoções de rua, dos PDVs como os espaços mais valorizados do País, está mais para o Nordeste e Centro-Oeste do que para o Sudeste as grandes soluções de Comunicação, pois é nesses lugares que se aprende a fazer muito com pouco dinheiro, realidade total nos dias de hoje.

Quem, ou o que, deve temer a nova diretoria e suas mudanças? Eis a questão.

Devem temer a nova diretoria, certamente, os piratas do nosso mercado. Isso porque, com Wilson no comando da Instituição, fica claro que as Agências de Valor ganham força.

Portanto, os armadores de plantão, as agências fantasmas de fundo de quintal, os negociantes de eventos com os amigos da empresa, os maus pagadores de fornecedores, aqueles que se aproveitam deles para ganhar o dinheiro que disseram para o cliente que dariam como desconto, ou seja, os caras que não são profissionais de mercado mas barganhadores de segunda, devem temer.

Devem temer, também, os clientes sem valor, porque, com Agências de Valor, eles vão precisar repensar o que fazem. 

As ‘Ambevs’ da vida, dos pagamentos de 180 dias, vão ter muita dificuldade (já tem por sinal, porque não existe agência alguma hoje que, em meio à crise, possa esperar tanto para receber sem quebrar) em encontrar uma agência disposta a esse tipo de absurdo.

Claro, vão encontrar piratas e esses vão afundar o naviozinho dos corsários de Marketing da empresa. Por que será que cervejarias pequenas têm tido grandes ações e subido no share dos consumidores? Será porque as ideias boas estão indo para elas?

Devem temer os maus profissionais. Aqueles que ganham muito fazendo nada. Que recebem títulos e cargos com nomes bonitos, mas só atrapalham a vida dos verdadeiros profissionais que são comparados a eles.

Devem temer os maus fornecedores, enganadores, que se tornam concorrentes nos cantos, em conversas com o cliente do evento para o qual foi chamado, e pago, para trabalhar pela agência parceira que acreditou na sua expertise, ética e trabalho.

Devem temer os inimigos do Live, da lisura, da ética e da transparência. Os que acham que “esqueminhas” valem mais que nosso talento, trabalho, técnica e planejamento.

Isso já tem se mostrado temerário para empreiteiros, políticos e lobistas, imaginem para esses carinhas.

Já os que têm valor e acreditam que juntos faremos a diferença devem se sentir felizes.

Wilson, Célio e Milton não são homens de palavra apenas, são de ação, e já provaram isso em suas agências. Eles vão fazer o que propõem e vão levar a Ampro a um degrau acima.

Quem precisar de conteúdo, vai ter. Quem precisar de apoio, vai ter. Quem precisar de caminhos, terá. O GEA ressurgirá com a devida força e o Comitê de Relações Sustentáveis irá angariar mais Agências e Clientes de Valor.

O Congresso Brasileiro de Live Marketing vai crescer e se tornar mais significativo e desejado por quem quer entender a força do Live. 

Surgirá o Festival de Criatividade e Planejamento para valorizar duas áreas fundamentais do nosso negócio, estratégicos que somos. A busca pela autorregulamentação se intensifica.

Além disso, como grande Instituição que somos, nossa representatividade e abrangência vai crescer, anotem, com a atuação do chairman. Mais que isso, vamos nos tornar nacionais de vez com a atuação mais abrangente das Regionais e do nosso VP Nacional.

Vamos ganhar espaço, e o espaço, que nos é devido na Comunicação Integrada. Portanto, a resposta ao que meu título propõe é:

Sim e não!

Se você está na Ampro, mas ainda não entendeu que não somos apenas uma sigla de “5” letrinhas e sim uma Instituição séria de defesa dos interesses de um mercado emergente, deve temer ou participar mais.

Se não está na Ampro, tema por sua presença no mercado, num momento em que todos, inclusive as antigas agências de publicidade, querem fazer o que fazemos, e estar à margem é estar literalmente fora, e por fora.

Mas, se você está conosco, já na Ampro, ou prestes a entrar porque se viu no espelho que construímos de um valor tácito de gente profissional e especial e de agências que sabem o fazem, não tema: chegou a sua, a nossa hora.

Deixe o temor para outras Instituições que sempre nos viram pelo retrovisor, e, agora, vão ter que correr atrás, adotar nossa atividade, sem os pseudônimos de “360, total, full etc”, como opção de uma Comunicação de verdade, ao vivo, e, em cores.

O medo sempre vai estar do lado de quem não acredita na união. Nós acreditamos. Estamos juntos…

Sem medo, bem-vindo 2016. 

Somos a Ampro!