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Bienal do Livro Rio terá curadoria coletiva este ano

Maior festival de cultura do país acontecerá em dezembro, com programação plural e diversa, seguindo todos os protocolos de segurança.

Anote no calendário: A Bienal do Livro Rio acontece em dezembro, com o propósito de virar a página de um período conturbado para o setor de eventos no país, convidando o público a escrever um novo momento da história. 

Depois de 18 meses sem eventos culturais, encontros e espaços para diálogos olho no olho, o festival marcará esse recomeço tão aguardado. 

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A Bienal será repleta de trocas de ideias, reflexões e discussões necessárias nos dias de hoje, promovendo uma experiência que desperta possibilidades de construir novos futuros, além de celebrar, é claro, tudo o que a cultura pode proporcionar às pessoas.

O-maior festival de cultura e literatura do Brasil acontece entre os dias 3 e 12 de dezembro, no Riocentro, na Barra da Tijuca, de forma híbrida. 

Em sua 20ª edição, o mesmo ambiente plural e democrático estará rigorosamente adaptado aos tempos atuais, seguindo todos os protocolos sanitários necessários para um evento seguro, prezando pelo bem-estar de todos. 

A Bienal é realizada pela multinacional francesa GL events, uma das líderes mundiais no mercado de eventos, e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), que há 80 anos representa a classe editorial no país. 

A grande novidade este ano é a criação de um coletivo curador, responsável por desenhar uma programação comprometida com a diversidade, e voltada para todos os públicos. Integram este grupo a cineasta, produtora e diretora Rosane Svartman; a escritora e cineasta Letícia Pires; a escritora, jornalista e atriz Bianca Ramoneda; o jornalista Edu Carvalho; a escritora, jornalista e apresentadora Ana Paula Lisboa; o ator, roteirista, dramaturgo e escritor Felipe Cabral; a escritora e diretora Claudia Sardinha; o escritor e diretor Julio Ludemir, a jornalista Fátima Sá; a pesquisadora e consultora artística Raphaela Leite; e a escritora, roteirista e jornalista Eliana Alves Cruz.

Para discutir o que as pessoas têm vivido em tempos desafiadores e com um cenário tão polarizado, a Bienal quer valorizar o poder transformador da escuta e traz uma provocação: “Que histórias a gente precisa contar agora?”. 

Para apoiar na construção dessas novas narrativas, o festival lança nesta edição a Estação Plural, espaço que vai reunir autores, artistas e formadores de opinião que transitam no ecossistema literário – literatura, poesia, narrativa, atualidades, cultura pop, diversidade, ficção e não-ficção –, para debater com o público as diferentes perspectivas sobre “Quem éramos, quem somos, e o que vamos ser daqui para frente neste novo horizonte que nos aguarda.” Todos esses painéis serão transmitidos ao vivo no site da Bienal.

“O coletivo curador foi idealizado para permitir que o conteúdo, a programação da Bienal, sempre atual e representativa, seja pensada por todas as perspectivas, para todos os públicos. E a criação da Estação Plural surge alinhada com esse novo momento da curadoria, para enriquecer nossos olhares, trocas de conhecimento e nos desafiar através da cultura e da imaginação.”, explica Tatiana Zaccaro, diretora da GL events, responsável pela Bienal.

O evento vai se apropriar de uma área total de 100.000m² no Riocentro, com metade do espaço de área livre, seguindo todos os protocolos definidos pelas autoridades competentes:

– Para o acesso à Bienal, será necessária a apresentação do comprovante de vacinação para os maiores de 12 anos;
– As vendas dos ingressos serão exclusivamente online;
– Distanciamento obrigatório entre os visitantes: as ‘avenidas’ ficaram mais largas e foi ampliado o espaçamento entre os estandes;
– O uso uso máscaras é obrigatório;
– Totens com álcool em gel estarão disponíveis em todo o espaço;
– A Bienal receberá 50% da sua capacidade em dez dias, e o público será dividido em turnos, com limite de vendas de ingressos por período.

“Neste ponto, estamos explorando o conhecimento e a expertise que a GL events tem, como um dos principais players do mercado de eventos do mundo. Nossa companhia está presente em 27 países e administra mais de 50 centros de convenções pelo mundo, inclusive na Europa e na Ásia, onde já começou uma retomada segura dos eventos presenciais. Aqui no Brasil, com o avanço da vacinação, a perspectiva é positiva e nós faremos tudo com prudência e responsabilidade.”, reforça Tatiana.

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), Marcos da Veiga Pereira, o evento marcará um novo momento para o mercado editorial. 

“Além de ser um dos eventos mais importantes da cidade e o maior da indústria do livro no Brasil, a Bienal deste ano representará a materialização dos bons encontros que as histórias proporcionam. Neste caso, um (re)encontro muito esperado: com os livros, com autores, com outros leitores, com personalidades e agentes da cadeia livreira que tornam esse universo tão enriquecedor.”, diz.

Marcos destaca ainda a relação próxima das editoras com os leitores. “Para as editoras, o evento sempre trouxe uma exposição extraordinária para as obras e uma troca direta com o público, que é um dos grandes diferenciais de quem trabalha com livros e por eles. A nossa expectativa é de que o retorno dessa visibilidade e do aquecimento das vendas, que acontece de forma singular durante a Bienal, possa marcar um novo capítulo para o mercado editorial e a validação dos nossos esforços para atravessarmos esse período.”, afirma.

Bienal 360°

Todas as sessões deste ano serão transmitidas pela plataforma Bienal 360°, um hub de conteúdo diário hospedado no site do evento, que traz informações multimídia sobre cultura, sociedade, atualidades e mercado literário. 

Lançada em janeiro de 2021, a plataforma era um sonho para ampliar o alcance do conhecimento gerado na Bienal, que passa a estar presente, de forma constante na vida do público interessado em obras e narrativas, entrevistas, encontros e debates com autores, indicações e análises de livros, filmes e séries que se conectam com o universo da literatura.

Além disso, em parceria com o Submarino, e-commerce oficial da plataforma, é possível comprar livros e encontrar os grandes lançamentos do mercado.

Este novo formato surgiu com o Canal Bienal, permitindo que o público pudesse assistir na íntegra todos os painéis da última edição do evento, em 2019. 

A Bienal também promoveu o Festival Conexões, cujo conteúdo se encontra disponível na plataforma. A partir de agora, todas as próximas edições seguirão neste modelo, on-line e off-line.

 

Foto: Reprodução.