Mercado

Setor de exposições apresenta protocolo ao governo de SP

Protocolo e documento destacam similaridade com malls para sensibilizar autoridades para retomada do setor.


Logo após o anúncio do plano de “retomada consciente” para a reabertura no Estado de São Paulo, as entidades representativas deste setor se reuniram com o secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Vinicius Lummertz, para ressaltar a importância da volta das feiras comerciais para a reativação da economia.

Representantes da União Brasileira dos Promotores de Feiras (Ubrafe), Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc),a Associação Brasileira de Cenografia e Estandes (Abrace) e o Sindicato das Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do Estado de São Paulo (Sindiprom SP) reivindicaram a inclusão do setor de feiras e eventos no plano, uma vez que estas atividades não estavam contempladas no projeto. 

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A expectativa era de que fossem incluídas ao menos na Fase 5, definida como a última de todas com a retomada da rotina normal das cidades, o que não aconteceu.

Apesar deste documento ser ajustado posteriormente com a inclusão das atividades na última fase, as associações, em conjunto com os centros de exposições Transamérica Expo Center, São Paulo Expo, Anhembi, Frei Caneca, Expo Center Norte, Rebouças, WTC Events Center e Pro Magno, propuseram a retomada das feiras e eventos de negócios na Fase 2.

Para isso, estabeleceram um novo protocolo, específico para o setor em três etapas distintas, a exemplo de outros setores, conforme estabelece o plano de governo.

Desde o início das tratativas, os representantes do setor alinham a atividade da realização de feiras comerciais com a dos shopping center, destacando que a maioria dos pontos obrigatórios nos protocolos já são atendidos há muitos anos nos eventos deste segmento.

Setor de exposições e feiras de negócios negocia reabertura e volta dos eventos  com Governo de SP.

Além do protocolo estruturado, as entidades enviaram um documento destacando a similaridade entre venues e malls.

Estandes

Feiras de negócios: Módulos arejados, número de pessoas atendendo as normas de distanciamento com uso de máscaras e álcool gel, sem entrega de produtos promocionais e venda de alimentos;

Shopping centers: Lojas com tetos fechados, algumas com portas e ar-condicionado, restrição de quantidade de pessoas, manipulação de produtos entre vendedor e compradores, venda de alimento embalado ou não, como por exemplo cafezinhos e doces em quiosques, utilização de provadores de roupas e prova de sapatos entre outros.

Visitantes

Feiras de negócios: Com restrição de quantidade de pessoas, com monitoramento em até 30 dias do grupo de visitantes, com medição de temperatura e tapete desinfectante na entrada (entrada única), entre outros app para acompanhamento dos visitantes, expositores, fornecedores e outros;

Shopping centers: Igualmente.

Área de alimentação

Feiras de negócios: Atendem aos protocolos sanitários de A/B e política de distanciamento.

Shopping centers: Igualmente.

Espaços

Feiras de negócios: Ocupam um espaço fechado (centros de eventos/salas para eventos M.I.C.E)

Shopping centers: Igualmente.

Sanitários

Feiras de negócios: Maior facilidade de higienização e distanciamento de pessoas, por serem adultos.

Shopping centers: Maior DIFICULDADE de higienização e distanciamento de pessoas, por ter acesso a crianças e fraldários.

Fornecedores

Feiras de negócios: Atende aos protocolos sanitários e têm maior controle dos serviços e colaboradores por serem contratados para um ÚNICO evento.

Shopping centers: Atende aos protocolos sanitários, tem maior DIFICULDADE para o controle de colaboradores, prestadores de serviço por terem no mesmo local, DIVERSOS contratantes.

Estacionamento/Vallets:

Feiras de negócios: Atende aos protocolos sanitários estabelecidos.

Shopping centers: Igualmente.

Corredores

Feiras de negócios: Maior facilidade de regra para a utilização de corredores de sentido único.

Shopping centers: Maior DIFICULDADE na utilização de regra para sentido único nos corredores.

O documento finaliza destacando os cuidados e a responsabilidade do setor para volta das atividades garantindo que produzirá em curto prazo uma grande recuperação econômica e de trabalho por meio de uma extensa cadeira produtiva, colaborando para a recuperação das receitas para cidade de São Paulo.

Confira o protocolo completo aqui.