Os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 têm nova data definida. Após o adiamento devido à pandemia do novo coronavírus, o torneio acontecerá entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021.
A mudança foi anunciada na manhã desta segunda-feira pelo comitê organizador do evento, após reunião com o Comitê Olímpico Internacional (COI), o Comitê Paraolímpico Internacional (CPI) e autoridades japonesas.
Se para os atletas adiar a Olimpíada de Tóquio significa rever todo o planejamento de treinos, seletivas e competições até a nova data, no que diz respeito aos bilhões investidos e que as marcas esperam de retorno com os jogos a ordem é: percam o menos dinheiro possível com a mudança.
Uma das formas de perder menos dinheiro, trabalho, divulgação e produtos, é a opção de manter o nome dos jogos como Tóquio-2020 mesmo com a competição sendo em 2021.
O ano ao lado da cidade-sede é mais que uma referência temporal, é uma marca que está sendo usada desde que o local foi escolhido para sediar o evento, em 2013.
“Tóquio-2020, como Rio-2016 é uma marca que é patenteada, licenciada, com muito dinheiro e vem sendo usado por patrocinadores e licenciados há anos. O 2020, embora representasse o ano que os jogos fossem organizados, é maior que a referência ao tempo. É licenciada com contratos de patrocínios, todos os produtos licenciados e a mídia todos fazem referência. A marca é vendida e não dá para que no meio mudem para 2021. O ano vai mudar, mas marca não pode mudar.”, explicou José Colagrossi, diretor-executivo do Ibope Repucom, empresa de pesquisa de marketing esportivo e retorno de exposição das marcas em mídia.
Para Colagrossi, no final todos entenderam que a realização em 2020 causaria mais problemas ainda. “No final, se fossem realizados em 2020, a marca perderia, os jogos perderiam, o prestígio seria arranhado. Teríamos competições sem países, por exemplo.”