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Futebol feminino estreia nas Olimpíadas com goleada

A Seleção Brasileira fez cinco gols contra a Seleção da China e o próximo adversário é a Holanda.

Pia Sundhage repete com frequência: é importante todas estarem na mesma página. Assim foi o começo da participação do Brasil nos Jogos Olímpicos

A goleada de 5×0 diante da China mostrou que um trabalho em conjunto traz mais frutos do que somente com individualidades. Ponto, aliás, também ressaltado por Marta na zona mista depois da estreia. Mas o trabalho apresentado nesta quarta-feira não se resume a um fator apenas. São alguns pontos.

O primeiro e mais evidente tem relação direta com o Brasileiro feminino. No total, são 9 jogadoras que vinham jogando na disputa nacional – Formiga foi contratada pelo São Paulo, mas ainda não atuou nesta edição da competição. 

Seleção-Brasileira Feminina em festa com a goleada sobre a China (Foto: Sam Robles/CBF).

Do time titular em campo nesta quarta, foram sete. O nível técnico em que a disputa alcançou evidencia o crescimento também da Seleção. Líder de assistências e goleadora da competição, Bia Zaneratto chegou em alto nível físico e técnico a Tóquio, e, diante das chinesas, foi determinante para a goleada. 

Chegou no ataque à frente das marcadoras, supriu as companheiras no setor ofensivo e ainda marcou o seu gol. Se estivesse em um torneio deficitário, o Brasil perderia ali uma grande peça de sua engrenagem.

A confiança que Pia passa às jogadoras é outro fator. A todo momento elas comentam sobre como a técnica sabe evidenciar o melhor em cada uma. 

Assim salientou Debinha na coletiva depois da partida de estreia. Mas já haviam falado outras. Ludmila comentou em uma entrevista recente que precisava melhorar a finalização, mas que as conversas com a treinadora davam tranquilidade para que ela corresse atrás disso. Acreditar. A técnica sueca faz isso. Cobra muito, mas entende que dar o suporte também é essencial.

Agora, a missão fica um pouco mais difícil. Se a Holanda teve problemas defensivos contra a fraca Zâmbia ao sofrer três gols, marcou 10 e provou o que já se sabia: Tem um setor ofensivo muito perigoso. E mora aí a orientação que Pia terá que conduzir para o segundo jogo, sábado, às 8h (de Brasília). 

Como ela sempre salienta, quer um time por 90 minutos e não por 35. Uma lição que deve ser reforçada para que a Seleção não dependa da sorte diante de bolas na trave, como hoje ocorreu diante da China. 

Aposentar de vez o famoso popcorn time é a missão diante das comandadas de Sarina Wiegman para que Miedema, Martens e companhia sejam apenas coadjuvantes e não mais protagonistas.