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Alison dos Santos conquista Bronze nos 400m com barreiras

Brincalhão, Alison deu um show de irreverência em sua primeira participação olímpica.

Ele tem apenas 21 anos e já é medalhista olímpico no atletismo. Conhecido no meio esportivo como “Piu”, Alison Brendom dos Santos conquistou o Bronze nos 400m com barreiras da Olimpíada de Tóquio ao cravar o tempo de 47s31 na final da prova, na madrugada desta quarta-feira. 

Brincalhão, Alison deu um show de irreverência em sua primeira participação olímpica, com direito a dancinha de funk na sua prova de estreia. 

Apesar do carisma, Alison carrega consigo as marcas de um acidente doméstico na infância, o qual mudou a sua aparência para o resto da vida. 

Alisson-dos Santos (Foto: Wander Roberto/COB).

“A gente tenta levar na maior leveza possível para não deixar o nervosismo bater. Sempre ouvi música, com ritmos que gosto bastante, para me tranquilizar. Gosto de escutar rap e sertanejo, um pouco de tudo, sou bem aleatório. O nome da minha playlist é “Olympic Games.”, disse Alison antes da final desta quarta-feira.

A origem das cicatrizes

Nascido em São Joaquim da Barra, Interior de São Paulo, o corredor chama a atenção à primeira vista por carregar consigo uma grande cicatriz na cabeça e outras um pouco menores no peito e no braço esquerdo. As marcas são o resultado de um acidente doméstico com uma panela de óleo quente aos 10 meses de idade.

Por conta do problema, Alison ficou internado em um hospital por mais de dois meses antes de receber alta. Devido à cicatriz na cabeça, o paulista possui uma falha no cabelo, que o dá uma aparência de bem mais velho.

Na adolescência, Alison recebeu o apelido pelo qual é conhecido no meio do atletismo: Piu. O motivo é a semelhança com outro “Piu” da sua cidade natal.

Evolução rápida no atletismo

Histórias de vida à parte, Piu teve uma ascensão rápida no atletismo, esporte que começou a praticar ainda novo. Aos 16 anos, ele já competia entre adultos nos 400m com barreira e nos 400m rasos. A partir de 2018, Alison estendeu o seu talento para provas internacionais.

Em 2019, aos 19 anos, o atleta confirmou o bom momento ao conquistar o ouro dos 400m com barreira nos Jogos Pan-Americanos de Lima com o tempo de 48s45. O melhor, porém, ainda estaria por vir. Em Doha, Alison foi à final da mesma prova, terminando na sétima colocação com o tempo de 48s15.

Veio o ano de 2020, e a pandemia deixou Alison um bom tempo sem competir. Após o adiamento da Olimpíada de Tóquio, o paulista voltou a participar de eventos internacionais a partir do segundo semestre do ano passado.

Desde então, Alison vem evoluindo em seus tempos, até conseguir 48s15 em abril deste ano. O tempo, obtido no Torneio Drake Relays, em Des Moines, nos Estados Unidos, foi a melhor marca dos 400m com barreira até então, o que o colocou como um dos candidatos ao pódio em Tóquio.

Nesta quarta, Alison tratou de provar ao mundo o seu valor ao entrar para a seleta galeria de medalhistas olímpicos. Que seja só o início de uma trajetória vitoriosa.