Experiência de Marca

Trolls 2 mostra que a dinâmica de grandes lançamentos do cinema pode mudar

Grandes estúdios não querem perder o charme das exibições em grandes telas mas terão que responder aos acionistas pelas novas oportunidades para rentabilizar produções.

Trolls 2, o filme da DreamWorks Animation se tornou a melhor estreia digital de todos os tempos, provocando incômodo nos donos das tradicionais salas e redes de cinemas.

No “antigo normal”, os proprietários das telonas eram sócios dos estúdios de Hollywood nas grandes estreias e ficavam com 50% da receita. No caso de Trolls 2 a Universal Pictures, que já estava com a produção finalizada e altos gastos comprometidos divulgação e marketing em parceria com marcas como  McDonald’s, teve que seguir em frente mesmo sem contar com seus sócios. Salas de cinema estão fechadas há 60 dias no mundo inteiro.

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A saída, além de cancelar quase uma dezena de estreias para 2021, foi realizar o lançamento de Trolls 2 pelos canais de streaming cobrando US $ 20 por download. Como resultado arrecadou cerca de US $ 100 milhões.

O resultado acendeu uma luz vermelha em empresas como Cinemark. O CEO da, Mark Zorad  procurou minimizar o fato  explicando que a rede está trabalhando próximo aos estúdios para administrar a crise e que está positivo quanto à ideia de reabrir suas salas a partir da primeira semana de julho.

O que acontece é que na sociedade com as plataformas de streaming os estúdios ficam com 80% da receita. Zorad, que administra a terceira maior cadeia de cinema dos EUA, acredita que o caso de Trolls 2 não deve mudar as relações.

Mas já existem movimentações de todos os demais estúdios para ampliar a quantidade de lançamentos nas telinhas. Eles não querem perder o charme das exibições em grandes telas mas terão que responder aos acionistas frente a esta nova oportunidade para aumento da rentabilidade das grandes produções americanas.