Você já parou para pensar que cada copinho que você usou e jogou fora demora mais de 400 anos para sumir do planeta?
Provavelmente não, mas segundo estudos da fundação da velejadora britânica Ellen MacArthur, em parceria com a consultoria McKinsey, caso os hábitos não mudem, só nos oceanos, em 2050 haverá mais plástico do que peixes.
Em homenagem ao Dia Mundial da Água, foi comemorado nesta terça-feira, 22, o movimento Menos 1 Lixo aproveitou esse mote para conscientizar, de um jeito divertido, a população da necessidade de evitar o consumo de descartáveis.
Entrou no ar hoje de manhã a ação Trashtag, criada pela Agência3, que se apropria do recurso de marcação de fotos do Facebook para provocar reflexão nos internautas.
A agência criou um perfil do Copinho Plástico, que ao encontrar fotos de pessoas usando um copinho, se marca e comenta nas fotos, lembrando que apesar de ter sido jogado fora, ele ainda está longe de sumir do planeta.
Com a brincadeira, as fotos marcadas voltam para a timeline das pessoas, promovendo, assim, uma discussão sobre o consumo consciente de descartáveis. Para arrematar a ação, a página do próprio Menos 1 Lixo também está comentando nas fotos, divulgando a sua causa e apresentando uma alternativa sustentável para os copinhos descartáveis. O bloger e ator Felipe Neto e o ator Hugo Bonemer já entraram na brincadeira.
Para Fernanda Cortez, criadora do projeto Menos 1 Lixo, a Trashtag é uma forma bem humorada de lembrar as pessoas que o fato delas não conviverem com seu lixo, não significa que ele não existe.
“O lixo não só existe, como existirá por um período muito mais longo que as nossas próprias vidas. Eu fiquei um ano usando meu copinho sustentável e contei 1.618 copos de plástico a menos nos lixos”, disse ela.
Vice-Presidente de criação da Agência3, Paulo Castro, disse que a ideia foi criar uma ação divertida e que ao mesmo tempo conscientizasse para os cuidados com o meio ambiente.
“O Trashtag é uma forma inteligente de usar um recurso do próprio Facebook para trazer à tona um assunto tão sério quanto o lixo nos oceanos.”, afirmou.
