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CCXP Worlds anuncia 'Artists’ Valley' com mais de 680 artistas

Dividida entre as 536 mesas virtuais e conteúdo exclusivo com 146 quadrinistas, área traduz a diversidade do festival.


Os Artists’ Alley é conhecido como o coração da CCXP. E na CCXP Worlds não será diferente. 

Na edição especial do maior festival de cultura pop do planeta, o Artists’ Alley se torna Artists’ Valley e vai oferecer ao público duas experiências diferentes. 

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Será possível navegar por 536 mesas virtuais para interagir com artistas de 11 países e fazer compras ou acompanhar a programação do palco que vai reunir 146 quadrinistas de peso como Art Spiegelman, Jeff Lemire, Gerry Conway, Trina Robbins, Scott Snyder e Garth Ennis. 

Entre os conteúdos, estão entrevistas exclusivas que prometem grandes revelações, batalhas de desenhos e muito entretenimento para os fãs. 

Este ano, a credencial usada pelos artistas confirmados será uma homenagem aos 50 anos de carreira de Angeli. 

Em 2020, a CCXP acontece de forma totalmente virtual nos dias 4, 5 e 6 de dezembro. As mesas virtuais podem ser conferidas aqui

A diversidade, uma das grandes marcas do festival, se reflete principalmente no Artists’ Valley. Com um número crescente de mulheres nas mesas a cada edição, este ano elas representam 36,4% dos selecionados (contra 33% na última edição) para o line-up, que traz ainda artistas que se identificam como transgêneros, travestis e não binários. 

A representatividade também se faz presente nos temas. Os quadrinhos com temática LGBTQIA+ são 4,3% dos trabalhos, enquanto os de super-heróis, por exemplo, são 5,1%. 

Quem passar pelo espaço poderá conferir também obras dos mais variados gêneros como ficção-científica, jornalismo, mangá, adaptação literária, erótico, terror e aventura, entre outros. 

Para o curador do Artists’ Valley, Ivan Costa, a CCXP oferece uma oportunidade única de expandir o próprio repertório. “Minha recomendação é que as pessoas não se atenham ao conteúdo que elas já conhecem ou aos seus artistas preferidos. É a ocasião perfeita para descobrir novos criadores, gêneros e outros tipos de produção. Nosso objetivo sempre é transformar o Artists’ Valley em um grande catálogo de tudo o que faz parte do universo dos quadrinhos e o formato virtual contribuiu muito para isso.”, conta. 

As funcionalidades da plataforma da CCXP Worlds vão facilitar esta busca por conteúdo. Os artistas poderão taguear suas obras para que o público consiga selecionar, não só pelo nome do quadrinista, mas também por temas, personagens, gênero etc. 

A interatividade será outro ponto alto do Artists’ Valley. Cada artista terá uma página onde será possível conversar com o fã por chat e abrir a câmera para realizar sua própria live. 

A venda de materiais será possível por meio de uma vitrine disponibilizada na plataforma que se conecta à loja online de cada. Todas as mesas virtuais foram disponibilizadas gratuitamente para os artistas selecionados, reforçando o compromisso da CCXP com o mercado de quadrinhos especialmente neste período de pandemia. 

Já o palco do Artists’ Valley terá conteúdo exclusivo ao longo dos três dias de festival. Em uma variada programação de entretenimento e informação, o público poderá acompanhar desde demonstrações de técnicas de trabalho e entrevistas até quadros mais descontraídos – com quadrinistas mostrando seus animais de estimação, duelando entre si e falando sobre a primeira experiência na CCXP, entre muitos outros. 

O conteúdo do Artists’ Valley conta com artistas convidados e painéis das principais editoras do Brasil e do mundo. 

Em 2020, a credencial dos artistas é uma homenagem aos 50 anos de carreira do cartunista Angeli. A credencial traz um desenho inédito e muito contemporâneo de uma faceta autobiográfica e remete à fase do seu trabalho chamada de “Angeli em Crise”. 

Com uma produção variada e significativa, o artista é conhecido por debochar da vida na cidade grande, não poupando críticas a ninguém, principalmente a si mesmo. Nascido em São Paulo em 1956, com apenas 14 anos o artista publicou seu primeiro desenho na revista ‘Senhor’. 

Três anos depois, começou a assinar artes para a Folha de São Paulo, jornal que até hoje publica diariamente seus trabalhos. Para o veículo, criou a tira “Chiclete com Banana”, que acabou virando uma revista independente anos depois, com inquestionável influência no mercado editorial. Angeli é autor de vários livros e participou de diversos festivais de comics na Europa. 

Teve seus trabalhos publicados pelas revistas Linus, de Milão; El Vibora, de Barcelona; Humor, de Buenos Aires, e no jornal Diário de Notícias, de Lisboa.