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Brenda Lee é homenageada com Doodle do Google

Mulher trans é homenageada por ativismo em defesa dos direitos da comunidade LGBT.

Mulher trans é homenageada por ativismo em defesa dos direitos da comunidade LGBT.

Brenda Lee ganhou uma homenagem do Google na terça-feira (29/01).

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O logo do buscador foi substituído por um Doodle que ilustra a ativista brasileira de direitos LGBT, celebrando o Dia da Visibilidade Trans.

Brenda Lee ficou conhecida por seu trabalho de assistência a portadores de AIDS nos anos 1980 e deixou um legado na luta pelos direitos da comunidade LGBT em São Paulo.

Em comemoração ao Dia da Visibilidade Trans, o Google também promoveu a hashtag #ConviverTransforma no Twitter, convocando usuários a conferirem dados quanto ao risco e preconceitos sofridos pelas pessoas trans no Brasil.

Brenda Lee nasceu em Pernambuco, sob o nome Cícero Caetano Leonardo. Desde criança sofreu bullying por sua aparência diferenciada, e se mudou para São Paulo quando tinha 14 anos. Lá, ficou conhecida pelo nome que escolheu para si, e adquiriu uma construção na rua Major Diogo, número 779, a fim de gerenciar uma pensão como forma de fonte de renda.

A pensão logo se tornou um abrigo para pessoas rejeitadas, como integrantes da comunidade LGBT, pessoas carentes e portadores de AIDS. Ela oferecia assistência e cuidava dos necessitados, dando origem ao “Palácio das Princesas” por acolher majoritariamente pessoas trans.

Até hoje funciona um abrigo no endereço da antiga residência de Brenda Lee, chamado, em sua homenagem, Casa de Apoio Brenda Lee.

Brenda Lee foi assassinada a tiros aos 48 anos, em maio de 1996. Segundo dados do IBGE, a expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil é de apenas 35 anos — metade da estimativa de 70 anos para o resto da população.

Dia Nacional da Visibilidade Trans

29 de janeiro foi instituído no Brasil como o Dia da Visibilidade Trans em homenagem à primeira campanha nacional elaborada e promovida pela própria comunidade trans.

Em 2004, pessoas trans foram ao Congresso Nacional, em Brasília, para lançar a campanha “Travesti e Respeito”, com o objetivo de combater a transfobia e lutar por direitos iguais. Desde então, a data é lembrada e comemorada com seminários, passeatas e movimentos em defesa das vidas trans.