Experiência de Marca

Principais nomes das agências especializadas comentam a crise do setor

Veja o que pensam os agentes do mercado sobre este momento de crise.

A pesquisa realizada pelo Promoview gerou reações imediatas. Além do número recorde de respondentes, 386, esta ação recebeu uma quantidade expressiva de opiniões. 

Reunimos os principais trechos destas conversas e trouxemos um resumo para você avaliar e refletir sobre o que dizem nomes importantes do mercado, sediados em todas as regiões do país. 

Para receber o resultado da pesquisa entre em contato.

Marcelo Spencer
COO – F/Malta – São Paulo
“A situação em que o mercado se encontra não é reflexo de um ou dois itens, é um acumulado de medidas e práticas ultrapassadas que não se encaixam no cenário atual. Não existe um lado certo ou errado, todos nós agências, fornecedores e clientes, temos nosso papel e responsabilidade em propor algo mais coerente e inteligente, para construirmos um mercado mais sustentável. Os modelos de concorrência precisam sim, ser urgentemente revistos, as agências precisam adotar regras de participação e segui-las ao invés de esperarem isso vir do cliente. Quanto se investe para participar de uma concorrência que, muitas vezes, nem retorno temos do porquê o projeto não foi o escolhido, ou quantas alterações.” 

João Mattos
CEO da DMattos – São Paulo
“Este é o momento para mudar, e tem que mudar, ter outro posicionamento, comprometimento e principalmente: “SER ÉTICO, SER HONESTO E SER TRANSPARENTE” em nosso mercado de live marketing. A relação Cliente x Agência x Fornecedores tem que focar nestes pilares. A palavra pra isso tudo que falamos aqui é resiliência, que vem do latim significa “voltar atrás”, então nós sempre, nestes momentos, temos que dar 2 passos pra trás para dar 3 pra frente. Ao longo da minha trajetória, desde 1980, já passei por vários desafios e não será este que irá me derrubar, muito pelo contrário, tenho muita lenha para queimar ainda e superar este momento que estamos vivendo que, com certeza, vai nos tonar seres humanos melhores em todos os sentidos. Valorize as pequenas coisas desta vida tão linda que foi lhe dado, seja humilde. E acredite em você, tenha sempre um pensamento positivo e atuante.”

Eduardo Costa
Agência NMais – São Paulo
“O material me pareceu bem legal com uma visualização fácil. A abordagem foi bem precisa e o ideal seria que isso gerasse uma ação real entre agências, clientes, entidades e governo. Dá pra ver que muitas agências e profissionais têm dado um jeito de sobreviver, mas o setor precisa de força para aguentar a retomada. E isso só será possível se tivermos uma organização maior entre todo setor. Temos que usar essa pesquisa para definir as regras que vamos adotar, os pedidos que faremos ao governo e ninguém soltar a mão de ninguém. Entre as novas práticas que devem surgir após a crise eu considero fundamental as agências serem remuneradas pela participação em concorrências”

Fabiana Schaeffer
Sócia da Netza e COO da Circle Aceleradora – São Paulo
“Olha, apesar de entender que o nosso mercado aqui em volta não vai mudar imediatamente, acredito que, na sequência, teremos mudanças que serão ainda maiores, inclusive, com algumas orientações e decisões que teremos que definir. Mas acho que só conseguiremos ver tudo isso de forma mais ampla no início de 2021, quando estivermos mais distantes deste momento. Percebemos o esforço de todos para ultrapassar a situação atual, mas precisamos pensar como isso pode alterar a estrutura mercadológica.” 

Fernando Melo
Diretor-executivo da MKT House – São Paulo
A pesquisa foi uma boa iniciativa do Promoview. O engajamento e a busca por saídas com um olhar mais coletivo e sincero são mais um reflexo de um novo momento, mais participativo e humano do mercado e da sociedade. Diante de tantos modelos e alternativas criativas surgindo, o aumento de divulgações de cases de boas práticas de gestão no enfrentamento da crise podem ser uma forma interessante de continuar o tema.”

Dilma Campos
Diretora – Outra Praia – São Paulo
“Se todas as agências se recusarem a formatos injustos, as regras serão outras. Assim, poderemos nos reestruturar com mais velocidade. Agora é hora de reconstruir de forma justa. Por isso job entregue job pago.”

Paulo Farnese
Socio e Head EAI!? – São Paulo
“Acredito que o tema das relações com nossos clientes, que precisam melhorar muito, deva ser olhado com mais cuidado, mas não agora. Não vou fugir da resposta e entendo que dois pontos, se fossem olhados com profundidade por quem nos contrata, iriam contribuir muito para um mercado mais saudável:  concorrência com três agências, nem mais nem menos. E este prazo insano de devolutiva dos projetos que nos é imposto e que não tem lógica.  Com relação a esta enorme crise, aprenderemos muito, mas estamos no início desse processo. Até aqui, o que posso dizer é que uma gestão financeira atuante e conservadora é fundamental para qualquer crise.”

Madelon Tedesco
Diretora de Operações da TED on Demand – São Paulo
Achei a sondagem interessante e oportuna. Inclusive essa pesquisa deveria ser recorrente e abordar diversos temas difíceis da nossa área.”

Ronaldo Ferreira Jr.
CEO – um.a – São Paulo
É hora de refundarmos um mercado mais organizado, saudável e justo. Ali, os profissionais, agências e fornecedores poderão gerar melhores soluções ao cliente. Pode anotar: a conta será menor! Por isso Job entregue, job pago!

Claudio Romano
CEO – Dream Factory – Rio de Janeiro
“Precisamos realmente do apoio das marcas nesse momento. A grande maioria do nosso mercado não vai ter qualquer faturamento nos próximos meses. Com isso, muitas agências vão quebrar e milhares de pessoas vão ficar desempregadas. É fundamental mudar o processo de concorrências, que demandam uma equipe inteira trabalhando de graça para criar uma campanha ou um projeto, que, na maioria das vezes, é jogado fora.  Muitas vezes, a ideia é trocada por uma negociação do fee.  Dinâmicas que consomem diversos recursos das agências, sem qualquer remuneração. Com as equipes reduzidas devido à crise e sem faturamento, o processo atual não é sustentável. Isso envolve a concorrência em si e também os prazos de pagamentos atuais, que giram em 90 ou 120 dias. Minha sugestão é para que os clientes realizem análises técnicas das empresas por meio do seu histórico. E, naturalmente, estabeleçam uma negociação em cima de uma proposta comercial que foque nas receitas das agências e não nos custos de terceiros”.

Bernardo Dinardi 
CEO da TM1 – São Paulo
“Como profissionais de brand experience, lidamos diariamente com os riscos diversos, já que nosso negócio é baseado no que existe de mais precioso, que é a aproximação de pessoas e marcas – e isto é algo que não deixará de acontecer, indo além de somente realizar eventos. Tivemos alguns eventos postergados, o que gerou impacto, mas continuamos com os demais projetos, trabalhando com nossos clientes, e, portanto, é muito cedo para falarmos sobre qualquer percentual de queda. Continuamos trabalhando a todo vapor, desenvolvendo campanhas eficazes usando dados, neurociência, storytelling e experiências de imersão de marca, já de olho no novo cenário, garantindo assim que brand experience – fonte essencial de conexão emocional com as marcas – continue sendo grande triunfo em qualquer cenário.”

Fernando Elkis
Fundador da Elkis 18 – São Paulo
Acredito que as agências precisam sempre de parceiros que nos unam neste momento. Fundamental entendermos e ajudarmos uns aos outros. Espero que o Promoview continue a nos representar seja na comunicação ou com informações úteis. Assim conseguiremos entender nosso mercado e atender nossos clientes da melhor forma.”

Bazinho Ferraz
B&Partners.CO & President & Founder BFerraz – São Paulo
“Entendo que o caminho é a certificação das agências com adesão dos anunciantes.

Rafaella Santos
Diretora da Agência Live Mkt  – São Paulo
“A sondagem com gestores da área é muito importante nesse momento tão incerto, pois nos ajuda na tomada de decisões. Ter um panorama amplo dos nossos parceiros de trabalho nos faz ter um empenho maior em batalhar por medidas que possam minimizar os danos do nosso setor. Passado o susto inicial dessa pandemia que nos atingiu em cheio, é hora da gente se reinventar, principalmente nós que respiramos live marketing. É hora de trabalhar com mais criatividade e produtividade do que nunca. Acreditar na capacidade do nosso time em participar ativamente desse novo planejamento da agência em 2020. É hora de mergulhar no nosso pool de serviços e reavaliar o foco de cada um.”

Fernando Figueiredo
Fundador da Bullet – São Paulo
“Este mercado que escolhemos para trabalhar e desenvolver nossos negócios sempre viveu no limite. Com achatamento das margens, diminuição de verbas e aumento de demandas por parte do cliente, sempre tivemos pouca margem de manobra. 
Então, a mudança que vinha acontecendo vai se acelerar agora. As gordas verbas de mídia e pacotes da Globo sempre deram às ATLs um respiro maior para manobras. Certamente, agora eles já enfrentam mais problemas do que o normal.
Na outra ponta, as que vivem de fazer material de ponto de venda e promotoras na rua, sofrerão mais. Se puder arriscar, eu digo que o futuro será daqueles que desenvolvem ideia, estratégia e solução para fazer o ponteiro do cliente se mover para cima.”

Ricardo Franken
CCO da Integer – São Paulo 
 “Quanto a medidas que nós estamos tomando, qualquer pessoa que trabalhe e que sinta qualquer desconforto faça home office ou que solicite fazer home office também vai fazer, alguns já estão fazendo, os que são mais fáceis. A gente já deixou todos os computadores prontos para acessar a rede remotamente, então se for necessário toda equipe consegue trabalhar home office, e a gente tá se preparando também com orientações. O problema não é só o cancelamento dos eventos imediatos. Essa não é a nossa receita mais importante, o grande problema são os cancelamentos como Libertadores, Olimpíadas. Champions. Tem promoções ligadas a isso, ativações ligadas a isso, então é um ponto que preocupa a gente.  Como uma das nossas principais atividades é o e-commerce, as pessoas vão ficar muito sem sair de casa, muitos às vezes em isolamento, em confinamento, às vezes saindo menos até por precaução, então é uma boa oportunidade pro e-commerce e estamos desenvolvendo algumas coisas.

Renan Vilasboas
Socio diretor de Atendimento da Wepad – São Paulo
“Antes da pandemia o mercado já sofria mudança constante. Só que era a curva da jornada digital que estava achatada. O surto intensificou e acelerou as coisas. Quem dizia que pretendia realizar certas mudanças nos próximos 5 anos, teve que fazer muitas delas em 2 semanas. Aqui na agência, por exemplo, geramos várias concorrências remotamente, cada área trabalhando e compondo as propostas da sua casa, apresentamos pro cliente via vídeo conferência e os resultados ficaram bem satisfatórios. Isso indica, por exemplo, que o cliente estará mais propenso a fazer menos reuniões presenciais, os empresários terão menos pessoas de tempo integral alocadas, as pessoas estarão mais habituadas ao home office, lideranças estarão mais abertas a novos modelos de negócio, novas perspectivas se abriram. Aprendemos a trabalhar, a se manter e a nos divertir de casa. Está sendo difícil? Claro! Mas, de alguma forma eu vejo com otimismo certos aspectos dessa fase difícil. As coisas nunca mais serão as mesmas.”

Julio Maciel
Sócio Fundador da IOIO– Recife
“Todos sabem que a capacidade de uma grande empresa superar a crise é muito maior que uma agência, um fornecedor de live marketing, especialmente aqueles que atuam também fora de SP. O que propomos é uma conversa franca, serena com os clientes, no sentido de fazê-los enxergar que o mercado precisa das agências criativas e empresas de serviços, que, por usa vez, precisam de relações mais saudáveis com os clientes. Estamos vivendo o capitalismo consciente em que empresas tem que pensar mais em seus fornecedores, no bem de todos os stake holders”.

Eliete Santana
Diretora da Marprom – Porto Alegre
Aqui no Sul percebemos o segmento muito afetado e não prevejo qualquer nova movimentação antes de quatro meses. Na minha opinião, agora é hora de realizarmos cursos on-line para orientar as agências na negociação com os clientes, que servirá também de conscientização. De resto, faço coro com o que vem sendo publicado. Fim dos verdadeiros leilões que se tornaram a execução dos jobs e remuneração free para este sistema job a job.”

Paulo Alencastro Veiga
Diretor-executivo Pave Comunicação – Goiânia
“Gostei da pesquisa, participei e acho que os resultados estão bem inseridos no contexto atual. Senti falta de algumas perguntas voltadas especificamente para agências e profissionais MEI que trabalham com marketing, comunicação, publicidade e design de uma forma geral. Seria bom ter uma perspectiva de mercado sobre esta realidade.”

Elaine Moro Costa
Cofounder da MC4 Brand Experience – Curitiba
Achei a iniciativa do Promoview muito válida, agora mais do que nunca precisamos repensar o nosso mercado, deixar ele mais saudável e ver por meio de números e pesquisas qual o caminho a seguir. Estamos passando por um momento de incerteza não sabemos ainda o que fazer. Minha sugestão é fazer pautas com as agências de âmbito nacional, não só as grandes, mas a de pequeno e médio porte, que empregam muita gente e muitas famílias dependem delas. Como estão reagindo com a crise, fazer algo para que depois que passar tudo a relação cliente e agência mude, não vamos conseguir trabalhar com prazo de pagamento abusivo (180 dias) não teremos caixa para bancar jobs, precisamos que os clientes participem deste movimento de sustentabilidade, pagando no máximo em 30 dias e fazendo concorrências justas com agências que já atende, e, de do mínimo 03 agências… Precisamos mudar, senão teremos dificuldades extremas.”

Roberto Gonçalves
Diretor da Atabaq – Salvador
“É sempre importante a obtenção dos registros reais e o sentimento de quem vive o momento pesquisado, em seu ambiente, portanto, considero a pesquisa absolutamente cabível e oportuna. Servirá como registro do momento histórico e suas consequências, bem como ferramenta para prováveis e possíveis iniciativas e inovações para minimizar os impactos  do atual cenário. O nosso segmento já vinha em pleno declínio durante 2019, onde as empresas já sinalizavam e vinham pondo em pratica a redução dos investimentos nestas atividades. Com a presente crise, o delivery e o takeaway passaram a ser a opção de futuro, pois entendemos que nada será mais como dantes. O consumo de produtos e serviços em casa  pode ser uma tendência irreversível. O modelo atual dará lugar a formatos tecnológicos mais avançados, entretenimento e trabalhos mais voltados para consumo no lar e as preocupações em se viver em grandes aglomerações pode passar por uma releitura radical onde as preocupações com novas pandemias passarão a ser consideradas como grande fonte de  preocupação. A religiosidade deverá ser mais evidenciada e os cuidados com o meio ambiente, higienização, convívio familiar, saudabilidade e informação poderão ocupar grandes porções do aspiracional do consumidor do futuro. As crises também oferecem oportunidades.”

Christiano de Azevedo Marques
Sócio-diretor da Adviser Eventos – Rio de Janeiro
“Gostei bastante da pesquisa. Ajudou a entender como o mercado está se comportando nesse momento devido à pandemia. Continuem enviando informações relevantes sobre as ações desenvolvidas pelas agências e empresas para fazer um grande brainstoming no intuito de ajudar a todos se reinventarem.”

Martins Aleluia
Diretor da J&M Promoções e Eventos – Aracaju/SE
“O Promoview está de Parabéns pela iniciativa. Além de atuar com clientes locais, a J&M atua como coligada de dezenas de agências de SP, RJ, PE, BA, e, para nossa surpresa, no ano de 2019 fomos eleitos pelas Agências de SP por meritocracia a Agência Número 1 do Brasil por meio da Liga Brasil Promo. Longe de vaidade e soberba, isso nos encheu de orgulho e satisfação, nos fez entender que estamos no caminho certo.”

Jacoy Alves
CEO da Mangata – São Paulo
Considero necessária uma tratativa de valorização dos terceiros envolvidos nos eventos de forma humana e responsável. No meio de agências onde as filosofias são diferentes a união da classe seria negativa devido a possibilidade formação de parcerias e acordos particulares que não beneficiariam em nada os clientes.

Fernando Guntovich
CEO – The Group – São Paulo
“Com relação ao relacionamento de agências e fornecedores com os clientes bem, nossos atos fizeram o mercado ficar assim. Quando um não quer, dois não fazem. Chegou a hora de reavaliarmos isso. No que diz respeito às estratégias de comunicação, entendo que o desafio será decifrar quais serão os novos valores para as pessoas.”

Silvio Piroli
Fundador da Welcome Mkt – São Paulo
No momento sugiro que o Promoview use a sua força para recomendar aos clientes que continuem trabalhando nos projetos/campanhas junto às suas agências de modo a avançar ainda que de uma forma mais lenta.”

Carlos Ortali
Fundador da Mikson – São Paulo
“Nossa atividade não é banco, nós não somos área financeira, nós não ganhamos dinheiro com esse financiamento e temos limites nesse financiamento, então acho que seria saudável rediscutir essa relação. O fim do financiamento em 90 é um anseio de todo o nosso mercado. Imagine, as grandes empresas podem se autofinanciar de alguma forma ou de outra ou terem formas de financiamento a custo reduzido que nós agencias não temos, não temos o porte de nossos clientes primeiro pra conseguir a quantidade de crédito pra bancar todos os projetos em 90 dias e segundo, não com as taxas que eles poderiam obter. Como estamos há tantos anos nesse mercado, chegamos antes que todos, há 49 anos, quase 50 anos, a gente de alguma forma construiu esse mercado, a gente viu a evolução dele e a dificuldade também, porque 30 dias você consegue, 60 já é complicado, 90 é muito difícil e isso acaba voltando para o cliente. Não vamos nos enganar que acaba voltando para o cliente.”

Marcus Hoenen
VP-executivo da TOV | Grupo RAI – São Paulo
“Creio que a pesquisa aconteceu num momento de grande importância para o setor. Estamos passando por uma crise nunca vista antes. Como sabemos, fomos os primeiros a parar e seremos um dos últimos a voltar, se não o último. Não vejo, nos próximos meses, nossos clientes colocando 500, 1.000 pessoas dentro de uma sala plenária, o risco ainda é grande e como faremos para transmitir segurança aos participantes de um evento? Pesquiso incessantemente métodos de descontaminação de locais, de pessoas, de objetos para num futuro, próximo espero, implementar em nossas produções. Somamos a tudo isso, a cadeia de profissionais envolvidos do planejamento à execução de um evento, é incalculável a rede de profissionais que estão sem apoio nessa crise. Hoje, não vejo sinalização de retomada, estamos sim planejando ações promocionais, campanhas de incentivo, mas longe de executarmos um evento reunindo centenas ou milhares de pessoas num curto espaço de tempo. Outro ponto muito importante, e onde creio que o Promowiew poderia nos ajudar, é unir o mercado para acabar ou minimizar com o custeio das ações por parte das agências, atualmente prazos de 90, 100 e até 120 dias para recebermos se tornaram práticas comuns, por mais fluxo de caixa que as agências tenham, nossos parceiros e fornecedores, em sua maioria, não se solidarizam com tal prática, nos obrigando a financiar 90% dos projetos. Cito, ainda, a iniciativa do Célio Aschar com o movimento Job entregue. Job Pago!, isso deve ganhar força, devemos juntar os departamentos de compras dos clientes junto com representantes das agências e tornar isso definitivo. Na minha opinião, agora é hora de realizarmos cursos on-line para orientar as agências na negociação com os clientes, que servirá também de conscientização. De resto, faço coro com o que vem sendo publicado. Fim dos verdadeiros leilões que se tornaram a execução dos jobs e remuneração free para este sistema job a job.”

Celio Ashcar Jr. 
CEO & Partner Aktuellmix – São Paulo
“Temos que ter a consciência da realidade que estamos enfrentando. Pessoas perdendo emprego e sem perspectivas de oportunidades. Toda a cadeia econômica tem que se unir agora para sairmos desta crise. Em nosso mercado, temos que diminuir concorrências, antecipar briefings com budget bem definido e acabar de vez com esta verdadeira insanidade que são os prazos de pagamento. Só temos uma saída: União com responsabilidade. Agora é a hora de ver realmente quem está disposto a fazer diferente e o correto. Não adianta as marcas ficarem anunciando plataformas de diversidade, empoderamento, igualdade e não respeitar as agências que trabalham para elas. Temos de separar as crianças dos adultos. Acabou a fase de brincar. Estamos falando em salvar vidas e empregos. Pra começar, temos que acabar com essa péssima prática de pagamentos além de 30 dias. Isso é um desrespeito com o fornecedor. É desumano. Quando fazemos compra numa loja, pagamos no dinheiro ou cartão de crédito. Quando vamos em um médico, pagamos consulta no ato. Quando pegamos empréstimo no Banco, começamos a pagar juros no dia seguinte e não depois de 30 dias. Por que as agências têm que receber depois de 30 dias?? Existem empresas pagando em 120 dias.”

Thommy Ricardo
FR7 – São Paulo 
“Considero interessante saber como o mercado de live e as agências estão se comportando durante este período. Sobre os resultados percebo muita dúvida sobre como será o pós Covid-19 se elas conseguiram passar por este momento sem grandes cortes de funcionários e também percebo que estamos um pouco à ‘deriva’, já que não temos muitos a quem recorrermos para nos ajudar neste momento, estamos por conta própria. Mesmo nosso setor representando quase 13% do PIB total, não temos apoio do governo, algumas entidades que nos representam fazem o que podem para ajudar o setor, mas não consigo visualizar alguma medida relevante para as agências de pequeno e médio porte, logo, quem serão os beneficiados pós Coronavírus serão as grandes e já conhecidas e velhas agências que conseguirão passar por este momento de turbulência. As medidas tomadas pelo governo como prorrogação de impostos, reduções salariais e dentre outras, não ajudam muito o pequeno empresário mas o Executivo, Judiciário e Legislativo estão mais interessados em apoiar instituições bancárias, grandes empresas do setor de construção civil e outros setores que eles julgam ser interessantes para o benefício próprio. Hoje, a publicidade emprega direta e indiretamente milhares de pessoas todos os dias e todos serão afetados. Nosso setor foi um dos primeiros a ser afetado e será um dos últimos a reaquecer, levando em consideração que não conseguimos fazer eventos, seja ele de qualquer segmento, sem pessoas, sem multidões, afinal, a base da publicidade é gerar emoções entre pessoas e marca. O on-line nos ajuda neste momento, mas acredito ser apenas soluções temporárias, as pessoas e as marcas precisam de eventos off-line. Sobre o que o Promoview pode fazer, bem, gostaria muito de ter esta resposta pronta, mas acho que infelizmente estamos todos, agências, hubs, terceirizados sem ter uma direção muito assertiva, como todos os setores, sem exceção, dependemos do governo para ajudar a atravessar esta crise. Talvez uma opção para ajudar algumas agências seria gerar conteúdos de como elas podem sair do off-line e ir mais para o on-line neste momento, já que no cenário atual é o único recurso que temos. Ou como poderiam fazer parcerias entre elas, como troca de informações, etc.”

Natália Ferreira
Agencia Kiron – São Paulo   
“Sinceramente, lembro que no momento de preencher, achei que a ordem de perguntas pudesse ter sido melhor estruturada. Por ter iniciado com uma pergunta de eventos, deu a impressão que seria voltada a esse setor. E senti falta de abordar outras categorias, como vendas on-line, por exemplo. Mas, em linhas gerais, os resultados apresentados foram super-relevantes para que pudéssemos nos localizar no mercado e entender os principais desdobramentos do momento. Tenho recebido diversos materiais interessantes de análises de números relevantes (como esse aqui sobre o comportamento do consumidor, por exemplo). Acredito que o Promoview poderia disponibilizar dados que ajudem as agências a tomarem decisões em projetos, ou até tornar-se um hub para compartilhamento e intercâmbio de ideias criativas que possam salvar certos clientes – e até as próprias agências – no momento!”

Milena Jang
Socia diretora da Filé Criativo – São Paulo
“Pra gente aqui a questão de eventos foi muito  expressiva. Praticamente todos foram canceladas, alguns postergaram até 2021 e outros sem datas, sem previsão de volta. Isso representou então uns 60%/70% da nossa receita, o que é muito expressivo porque era um ano que a gente estava muito otimista, muito feliz com o crescimento da agencia em geral, e o ano de 2019 foi muito positivo e em 2020 a gente tinha uma promessa muito melhor.
A gente trabalha muito com a parte de comunicação visual, então a gente estava pra ganhar umas concorrências bem legais como inauguração de loja foram todas postergadas porque eles também não viam sentido nenhum em abrir uma loja agora sendo que eles não estão podendo atender o público, então isso pra gente foi muito representativo, bem triste a situação.
Sobre o futuro pós pandemia eu acho que não vai mudar tanto, até porque experiência é diferente né, não adianta a gente comparar uma live na internet com um evento ao vivo né. Aquele calor humano, aquela coisa pessoal de troca de energia, isso a gente só tem ao vivo. Então isso eu acho que vai ser uma coisa boa para gerar novos negócios com alternativas de orçamento, alternativas de abrangência né, as vezes a gente consegue realizar num local que não consegue atingir o Brasil inteiro e isso vai ser uma coisa, ta sendo na verdade que ta abrindo o olho para novos negócios mas não vai mudar na relação de grandes eventos, feiras e exposições, aquele network pessoal que faz toda a diferença, então aposto que todo esse período vai abrir um leque de oportunidades mas não vai excluir o que já existe, isso pra gente é muito positivo.

Hebert Lacava
CEO da A Cuca – São Paulo
O nosso mercado de live mkt, com o formato de concorrências, estava se tornando insustentável. Precisamos aproveitar esse momento, para nos conscientizar que esse formato tem que mudar. Ser mais justo, limitar no máximo 3 agencias para projetos maiores, informar budget, dar o feedback adequado nas devolutivas…talvez esse seja o melhor momento para colocarmos em prática!”