Experiência de Marca

Síndrome de Jon Snow

Caindo numa sonora gargalhada, o amigo, defensor incansável do mercado Promocional (Live Marketing) e cara e coração do Promoview, Júlio Feijó, se divertiu com a surpresa da frase que acabava de ouvir: <em>“o nosso mercado padece de uma síndrome de Jon Snow. Parece um filho bastardo que vive há anos a esperança de ser reconhecido pelo pai (a Publicidade)….</em>

Caindo numa sonora gargalhada, o amigo, defensor incansável do mercado Promocional (Live Marketing) e cara e coração do Promoview, Júlio Feijó, se divertiu com a surpresa da frase que acabava de ouvir: “o nosso mercado padece de uma síndrome de Jon Snow. Parece um filho bastardo que vive há anos a esperança de ser reconhecido pelo pai (a Publicidade)….”

Tomando um café há alguns anos, logo em seguida refletimos juntos e realmente podíamos ver o quanto isso tinha de verdade, afinal quantas reuniões, oportunidades, eventos e entrevistas deixavam entrever esta necessidade nos últimos tempos. Havia ali quase um grito para que “o pai (ou mãe) de todas as ferramentas da comunicação” pudesse reconhecer no seu filho menor, mas muito esforçado, o seu próprio DNA. Foram anos de mudanças de nomes e conceitos, da construção de novas defesas, de divulgação de números, exposição da importância e de um profundo orgulho de propagar a essência de uma nova forma de ver o mundo da comunicação e sua conexão com o consumidor. E quer saber? O caminho estava certo, mas mesmo que um exame de DNA confirmasse a paternidade, ninguém poderia obrigar alguém a assumir um papel de pai e era esse exatamente o caso.

E passados muitos anos, vemos de um lado a maturidade que deu ao mercado mais respiro, mais liberdade e um ar mais independente, enquanto que para “outros irmãos” o peso continuou grande e o “trauma da orfandade” continuou a se manifestar de maneira incontrável. Seja através da baixa auto estima, por uma forma desconexa de aceitar regras que não lhe beneficiem ou por não se inspirar no “pai” e continuar desunido e se mantendo abaixo de alguma linha, coisa que de forma violenta o mercado se negou a se posicionado e isso já há muito tempo.

Falando ainda em premiações, são poucas onde as agências de Live se prontificam à participar, muitas ainda com a ancestral desculpa de que seu melhor prêmio é o cliente contente. As premiações mais conhecidas do mundo da comunicação então, são uma história: poucos se inscrevem e mesmo assim se mantendendo resistentes ao fato de entenderem as regras do jogo e que nem sempre viver a realidade como ela é, significa ganhá-lo.

Infelizmente nem sempre os melhores cases concorrem, muitos clientes se negam a permissão que sejam inscritos, outros negam informações importantes para defendê-los e o que se faz? Há anos vemos prêmios profissionais se concentrando regionalmente e mesmo que haja um óbvio mérito na qualificação de quem ganhou, se mantém uma escrita que respeita regulamentos, mas contraria a estatística, retirando do Olimpo do mercado profissionais que trabalham no seu maior mercado e já há muito tempo.

Para quem por muito tempo buscou a confirmação do seu DNA em outro mercado pautado por mérito, prêmios e foco nestes resultados, me parece um paradoxo ser tão diferente, inclusive na onipresente forma “low profile” de não dar o devido spot aos seus profissionais e de não entender que sim, faz parte do negócio dizer a que veio, construindo novas prateleiras pra encher de troféus e de reconhecimento, porque isso também faz parte.

Vemos como custo um investimento importante para a nossa própria auto imagem, e mesmo criticando nem sempre veladamente o ego enaltecido dos criativos do “mercado pai”, as vezes resolvemos abrir mão do caminho criativo, focando o mercado numa execução criteriosa e de alto nível, mas que em pouco tempo se tornou um padrão de “alto sarrafo”, mas compartilhado igualmente por todos os players. Então onde ficam as necessárias diferenças?

É pena lembrar que num passado cinza, empresas decidiam steps salariais em conjunto, traçando acordos em não contratarem profissionais uma das outras. Era ali que viámos surgir este lado que escondeu por tanto tempo os melhores profissionais, talvez até por medo de perdê-los. Afinal, você sabe o nome de quem são os melhores profissionais do mercado? Eles estão por aí, por muitas vezes escondidos e garanto que muitos deles sequer ainda foram reconhecidos por isso!

Para quem buscava tanto a paternidade, soa estranho perceber como assumimos uma personalidade tão diversa, nos fechando em copas numa forma de ser, pensar e agir, que mais nos distanciou do tão sonhado reconhecimento e nos fez viver um mundo nosso, muitas vezes só nosso.

Se isso é uma forma de falar de uma passado recente com reflexos inoportunos no nosso presente e que já nos leva a grandes questionamentos futuros, inclusive para a saúde e longevidade de inúmeras agências, vale a pena ressaltar hoje o quanto algumas pessoas e empresas estão contrariando a tudo isso, mostrando uma maneira mais solta, mais aberta e mais livre para se expressar. Como netos distantes de Jon Snow, eles têm uma geração de distância dos seus “pais”, estes sim cheios de grandes dilemas, crenças e carências…

Não estão “nem aí” para este passado ou por um reconhecimento tardio e constroem hoje um novo presente, extremamente focado num grande futuro. Têm um ar de novidade, ousadia e sabem como poucos usar um não quando ele é a melhor e oportuna resposta.

Hoje é dia de manifestar um profundo agradecimento à muitos destes players do mercado, à estes profissionais – mesmo que alguns ainda estejam mais ou menos conectados com antigas práticas – que definitivamente buscam construir um novo cenário e longe de qualquer sentimento que os façam se sentir alijados de qualquer sistema, criam o seu próprio com independência, com senso de propósito e desejo firmemente que possam se unir num futuro bem próximo, trazendo talvez aquilo que mais falte nesta história toda: uma “reunião familiar” que possa de fato dar sentido à um consenso de auto confiança, que busque auto defesas, saiba ser auto crítico e que possa ver no “avô” uma inspiração do que é ou não é bom, mesmo porque hoje, passados tantos anos, este parente distante e mais velho nem tá assim tão bom das pernas…

Hoje é um dia de eu não falar do passado, apesar de honrá-lo e respeitá-lo, mas mencionar o presente e de como ele me inspira para o futuro. Quero falar de algumas agências e empresas que admiro. Nem conheço muitas delas mais intimamente, com algumas nunca trabalhei e com outras tive e tenho a honra e o prazer de conviver.

Aqui finalizo esta coluna com traços de “Game of Thrones”, para dizer que é importante para o mundo possuir suas dinastias mais históricas, mas que ele se alimenta e se reconstrói com a chegada de novos reinos, trazendo novos reis e rainhas junto de novos lords, seres mágicos e muita magia e encantamento que possam trazer sangue novo e bom para esta história que a gente ajuda a escrever todos os dias. Então:

#MTT (MondayToThank) Ronaldo e Claudia e a Agência um.a, por ensinar ao mercado como é buscar no meio de tudo isso um sentido e um propósito.

#MTT Dilma, Tony e a agência Outra Praia, por nos trazer outras reflexões e papéis, nos abrindo um mundo de novos sons, sabores e cores.

#MTT Marcelo e a agência Hands, por mostrar um novo approuch na conexão da experiência de marcas e clientes com o universo urbano, transformando a cidade num grande cenário.

#MTT Alines e a agência Marcativa, por desviar nosso olhar para a qualidade e consistência do quem vem sendo feito longe dos grandes centros.

#MTT Danilo e a agência Phocus, que soube mostrar como criar cases com DNA competitivo e ter espírito winner nos grandes prêmios do mercado.

#MTT Thomaz e a agência TracyLocke, mostrando o desenho de um novo e contemporâneo negócio, unindo universos complementares da comunicação com foco muito direcionado ao consumidor.

#MTT Fernando, Fabiana e a Netza, construindo uma história incrível de crescimento e ainda se abrindo para o futuro de novos negócios e startups.

#MTT Neto, Aldo, Edu, César, Rubão e Júlia da Bullet, por uma trajetória marcada por incríveis cases, mas por um constante DNA settado em não ter medo de mudar e se manter jovem.

#MTT Thiago e Vivian da Go!, que diretamente do ABC paulista, surpreendem e encantam por uma busca incessante pela essência mais pura de buscar criatividade em tudo.

E um #MTT mais amplo, geral e irrestrito que envolve todas as agências citadas nestas últimas semanas, todas acima citadas e mais um número grande de outras que nos dão aquela inveja branca à cada projeto incrível que fazem, que nos instigam em cada concorrência e nos inspiram com seu trabalho e o nível dos profissionais que ali estão. São empresas que mesmo de longe e as vezes sem conhecê-las, eu sou muito agradecido, pois nos dão um cheiro de presente e de futuro, dão vontade da gente continuar acreditando e nos fazem olhar para todos os lados, procurando saber onde estão. Estejam elas inovando ou mantendo suas histórias, surgindo ou reconstruindo, crescendo ou se mantendo, surpreendendo ou sendo consistentes, não importa… que continuem no mínimo fazendo o seu trabalho, do jeito que a elas compete ser feito, mas sem nenhuma questão pendente de paternidade: apenas trabalhando para construir o seu próprio futuro a partir deste presente, e quem sabe o do próprio mercado. Aqui estão algumas delas:

#MTT Almap, Ampla, Área 23, Átomo, Attach, Batuque, Bem+, BFerraz, Cheil, Design Absoluto, DMattos, Dream Factory, DuoVozz, Eai, Etna, FinoTrato, Flap, Flex, FMalta, Haute, Hub, Innova, Lâmpada, Live Team, Malagueta, Mandala, MarkUp, Mkt House, MCI, Mercado Jovem, Mood, Momentum, Motivare, Mullen Lowe, 96, Onze, OutPromo, People, Plural, Popi, Red Door, Renase, Sallero, Sampa, ScoreGroup, Sherpa42, The Group, Tif, TLC, Toledo, Tribal, Tupiniquim, V3A, Wunderman e muitas outras…

Só por existirem em um mercado tão competitivo e cheio de nuances, a gente deveria não só agradecer, mas aplaudir de pé estas agências do mercado de Comunicação, Brand Activation, Promoção, Eventos ou simplesmente LiveMarketing.

Incluo neste agradecimento também e vale um sonoro e grande…

#MTT AMPRO do Célio, Wilson, Patrícia, sua equipe e todos aqueles que doam seu tempo em torno desta causa em comum como Elza, Beato, Raphael, Tony, Igor, Cristiano, Moisés, Bazinho, Maurício, Márcio, Alexa, Débora, Andrea, Líbia, Luciano, João e tantos outros.

#MTT ao Promoview dos queridos Júlio + a nova e intensa energia bem-vinda da Cindy.

E à outros meios de divulgação do mercado: #MTT Revista Live Marketing, Meio&Mensagem, LiveMkt Insights, Fórum Eventos e o Prêmio Caio dos queridos Sérgio Junqueira pai e filho.

Finalizando: este é um convite para se ancorar nestas grandes e outras tantas inspirações, exemplos, empresas, pessoas e cases a nos guiar, pois caso contrário, vou citar novamente nosso amigo Jon Snow: “Winter is Coming”, se é que ele já não chegou.

O mundo realmente é feito de grandes histórias e que saibamos buscar as melhores para nos inspirar a construir a nossa, senão o que nos resta é ficar puto, vivendo do passado, chorando no presente e apenas tristemente pensando em como seria o futuro: um  “puturo”!

(Semana que vem falarei de futuro e que futuro: Let’s play the game!)