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Apex-Brasil planeja participar de novas feiras árabes

A informação é do presidente da entidade, David Barioni Neto, que concedeu entrevista coletiva no dia 12 e dezembro, na Capital paulista, para falar dos resultados de 2015 e das metas da agência para 2016.

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) planeja levar empresas brasileiras a três novas feiras no mundo árabe em 2016. A informação é do presidente da entidade, David Barioni Neto, que concedeu entrevista coletiva no dia 12 e dezembro, na Capital paulista, para falar dos resultados de 2015 e das metas da agência para 2016.

“Devemos acrescentar três feiras para o ano que vem, no setor de alimentos, construção civil e no setor tecnológico.”, afirmou o executivo sobre o planejamento de eventos no mundo árabe. Barioni não quis revelar os nomes das feiras, pois disse que o calendário de 2016 seria fechado em uma reunião ainda nesta quinta.

Foto: Aurea Santos.

“O mercado árabe é extremamente importante. Eu mesmo estive lá com a Câmara Árabe e várias outras delegações.”, destacou o presidente.

“O mundo árabe tem algo muito importante para nós que é a simpatia e o conhecimento do produto brasileiro. Eles têm muita necessidade de alimentos, produtos para construção civil, produtos médicos e odontológicos, metais-mecânicos, peças de automóveis e energias renováveis. Este (2016) será um ano em que nós vamos nos aproximar muito do mundo árabe.”, afirmou Barioni.

Um dos assuntos da entrevista foram os países selecionados como mercados-alvo no novo Plano Nacional de Exportações (PNE), lançado em junho. São 32 nações prioritárias para as ações de promoção dos produtos brasileiros, entre as quais Argélia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

“Eles significam 75% da economia mundial, eles têm 60% da população [do planeta] e eles são 60% das importações do mundo. Estes países têm um peso bastante grande para a economia mundial. E mesmo naqueles onde temos uma participação comercial pequena, nós queremos aumentar muito.”, apontou o executivo sobre os países que integram o plano.

Entre os árabes, a Argélia é a nação que apresenta a menor demanda de produtos brasileiros. Para Barioni, apesar de o Brasil não estar muito presente entre as importações argelinas, o país do Norte da África tem uma alta demanda por importações em geral, o que significa uma oportunidade para o Brasil.

“O PNE é um desafio para todos do governo, para os ministérios, para a Apex, dizendo: os mercados estão lá, vão buscar.”, ressaltou Barioni.

O presidente da Apex-Brasil destacou ainda três novas frentes de ação da agência para 2016: a capacitação de mulheres para a área de exportação; a formação de uma cultura exportadora entre os jovens universitários e o investimento nas vendas externas do setor de tecnologia assistiva, que inclui a produção de aparelhos como próteses, armações de óculos e aparelhos para facilitar a acessibilidade, entre outros.

Neste setor, a agência pretende investir R$ 2 milhões para promover as exportações e focar nas vendas nos mercados dos Estados Unidos, Argentina, México, Colômbia, Coréia do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

“Todos os compradores [de produtos de tecnologia assistiva do Oriente Médio] se dirigem à Arábia Saudita e Emirados Árabes, que viraram polo [do setor]. É muito importante a gente investir aí porque naquela região do mundo, se a gente quer vender produtos de tecnologia assistiva, os compradores estão ali”, apontou Barioni.

Vale destacar que das mais de 30 empresas existentes no Brasil deste setor, apenas duas vendem ao mercado externo atualmente.

O presidente da Apex-Brasil também ressaltou a importância do trabalho do escritório da agência nos Emirados Árabes. “O escritório em Dubai é importantíssimo no sentido de mapear em todos aqueles países [do Oriente Médio e Norte da África] as feiras importantes e de fechar contato das empresas brasileiras com as empresas locais”, afirmou.

Outro ponto destacado por Barioni é a necessidade de o Brasil mudar sua imagem no exterior para alavancar as vendas de produtos de valor agregado.

“O Brasil precisa ser associado à tecnologia, a uma sociedade sofisticada, a uma sociedade de cultura, de artes. Vamos fazer praticamente em todos os eventos da Apex um local para cultura do Brasil, mostrando livros, cinema, prêmios, artes. Se você não vende sua sociedade sofisticada com tecnologia, você não sai [das vendas] das commodities.”, disse o executivo.

Em 2015, a Apex apoiou 12.212 empresas, 14,8% a mais que em 2014.

Entre os 218 mercados compradores dos produtos das empresas brasileiras apoiadas pela agência, dez destinos totalizaram US$ 29,9 bilhões, o que representa 54,3% das exportações destas companhias.

Entre estes mercados, a Arábia Saudita ocupa o quinto lugar, com importações de US$ 1,89 bilhão, e o Egito ocupa a décima colocação, com compras de US$ 1,25 bilhão em produtos brasileiros das empresas apoiadas pela Apex-Brasil.