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Empresa critica COI e Fifa por taxas a patrocinadores

Um dos maiores patrocinadores de eventos esportivos do mundo e da própria CBF, a gigante AB InBev alerta: se a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional (COI) continuarem a elevar suas taxas para a participação de patrocinadores na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos, simplesmente ficarão sem recursos.

Um dos maiores patrocinadores de eventos esportivos do mundo e da própria CBF, a gigante AB InBev alerta: se a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional (COI) continuarem a elevar suas taxas para a participação de patrocinadores na Copa do Mundo e nos Jogos Olímpicos, simplesmente ficarão sem recursos.

O aviso fez reviver uma preocupação existente no mercado, sobre a capacidade do Brasil de conseguir atrair parceiros suficientes para bancar as obras da Copa das Confederações em 13, da Copa de 14, da Copa América de 15 e da Olimpíada de 16.

Em entrevista publicada na semana passada em uma revista especializada em marketing esportivo, o diretor mundial da divisão de eventos e esporte na AB InBev, Eelco van der Noll, advertiu que o ritmo de aumento dos custos cobrados pela Fifa e pelo COI é insustentável. A empresa é a maior cervejaria do mundo, controla a AmBev no Brasil e é uma das gigantes em patrocínio de eventos esportivos.

“Nesse momento, há um risco significativo de que esses eventos se coloquem fora do mercado”, afirmou o executivo à revista SportBusiness International. “Os atuais níveis de preços dos principais eventos são simplesmente astronômicos”, alertou.

Nos bastidores, outras multinacionais já haviam se queixado da inflação promovida pela Fifa e pelo COI. “As taxas para a Copa do Mundo, por exemplo, aumentaram em 100% entre 2006 e 2010. Essas altas são muito difíceis de se justificarem””, afirmou Der Noll.

A percepção de que o preço estaria sendo exagerado foi reforçada por levantamento com mil torcedores ingleses depois da Copa: Coca-Cola, Adidas e McDonald’s foram marcas lembradas, mas as restantes passaram desapercebidas.

Para 2014, a Fifa espera fechar acordos com patrocinadores no valor de pelo menos US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 2,75 bilhões), 30% superior ao obtido na Copa de 2010. Isso contribuiria para arrecadação recorde com o Mundial, chegando a US$ 3,8 bilhões.

No caso da Olimpíada de 16, no Rio de Janeiro, membros do COI já haviam alertado que um dos riscos de dar o evento ao Brasil era a eventual fatiga dos patrocinadores em colocar sua marca mais uma vez em exposição no mesmo mercado. Para o período entre 2012 e 2016, o COI superou pela primeira vez US$ 1 bilhão em contratos com seus patrocinadores principais. Mas em seu relatório preliminar sobre as candidatas para 2016, a entidade chegou a mencionar que atrair parceiros seria “um desafio importante”.

Fonte: Jamil Chade – Agência Estado.