A Associação Brasileira das Agências de Viagem – Abav, comemorou, no final da última sexta-feira (22/10) os resultados da Feira das Américas 2010, encerrada no Rio Centro. O número de expositores subiu de 702 para 735 entre 2009 e 2010 e recebeu 23.651 visitantes nesta edição, contra 21.117 no ano passado – com destaque para 61% de agentes e 19% de operadores. O especialista em Feiras & Estandes do Promoview, Andres Acera, esteve lá e traz as melhores imagens para você, inaugurando o nosso Canal M.I.C.E.
Do total de expositores, 48 eram internacionais (seis a mais do que na edição anterior), entre escritórios de turismo, operadores e companhias aéreas. Destinos tão diversos quanto Dinamarca, Áustria, Emirados Árabes Unidos, Ilhas Virgens Britânicas e Rússia fizeram sua estreia no evento.
Ao longo de três dias, o Riocentro recebeu 23.651 visitantes (um aumento de 12% com relação a 2009) e o evento movimentou R$ 26 milhões na economia do Rio de Janeiro. Cerca de 90% vieram com objetivo de fazer negócio. Tanto os produtos quanto os destinos de interesse foram muito pulverizados. A hospedagem é o serviço mais procurado, enquanto Brasil, América do Norte e Europa se destacam entre os destinos.
Neste ano a feira apresentou uma série de alterações. Uma delas foi a transferência dos expositores do Brasil para o Pavilhão 2. “Neste espaço os estandes foram organizados em forma de labirinto para favorecer o expositor”, explica Carlos Alberto Amorim Ferreira, o Kaká.
Outra alteração de ordem especial foi deixar os corredores mais largos. “Muitos alegaram que fizemos isso para maquiar uma suposta redução no número de estandes, mas nosso objetivo foi apenas trazer mais conforto ao visitante. Essa melhor distribuição otimiza até o funcionamento do ar-condicionado, sobre o qual reclamamos muito com o Riocentro. A área de exposição, segundo o executivo da Abav, subiu de 15.952 m² em 2008 para 17.090 m² em 2010 e os estandes foram padronizados em quatro opções (25, 50, 75 e 100 m²).
Para Marly Parra, diretora de Eventos da Reed Exhibitions Alcantara Machado, promotora do evento “O Brasil está em situação muito boa com a nova classe média que fortalece o turismo interno, com a Classe A viajando mais para o exterior e com cada vez mais turistas querendo vir para cá”, comenta.
Durante a 38ª edição da Feira das Américas 2010, nove seminários diários e simultâneos foram realizados nas nomeadas “Salas Temáticas”.
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Leia abaixo as opiniões de alguns expositores.
“Para nós a participação foi excelente. A visitação foi muito boa”, Ágatha Abrahão, diretora de Marketing do Grupo Águia.
“Foi a melhor Abav de muitos anos. Fechamos negócios com novos clientes”, Estela Farina, diretora da Firstar.
“O público do evento foi menor, principalmente na quarta (dia 20). A organização está ótima, mas, definitivamente, o número de visitantes deixou a desejar. Além disso, apesar do público de agentes ter se mostrado qualificado, não fizemos muitos negócios.” – Roberto Garbin, gerente de Vendas da Ancoradouro
“O estande da CVC não parou. Ficou sempre lotado”, Gustavo Hahn, gerente da CVC.
“A feira manteve a mesma linha de sempre. Trata-se de um evento importante para encontrar os principais players do mercado. Dificilmente fechamos negócios, porém deixamos acordos ‘engatilhados’. No entanto, acho que a Abav deveria repensar fatores como o número de dias, o local, a estrutura. Além disso, o número de visitantes não está à altura do nosso preparo e investimento.” – Fernando Gagliardi, gerente nacional de Vendas da Sol Meliá
“Para nós foi excelente. Falei com muitos hoteleiros e esse era o meu foco. O movimento no estande foi bom”, Fernanda Mangini, do Sabre
“Nosso Business Center, em parceria com a Abav, esteve muito movimentado e com público de qualidade, decision makers e líderes do setor”, Heloisa Prass, diretora de Marketing da PANROTAS.
“A feira está um pouco devagar e meio vazia. No último ano, o evento parecia melhor. Ontem (quinta, dia 21), os corredores estavam mais cheios. Além disso, só fechamos negócios com pessoas conhecidas, mas não com pessoas de fora. Vale destacar também que a organização foi muito boa.” – Rafael Sacomani, gerente de Contas da Royal Caribbean
“A Abav está excelente. E grande parte deste grande movimento foi impulsionada pelo bom momento econômico do País, o que motiva os agentes a comprarem e venderem ainda mais. Com isso, fechamos vários negócios durante o evento, que teve um público muito qualificado. Além disso, ouvir pelos corredores que houve um crescimento de público.” – José Ricardo Peterle, diretor da Keith Prowse
“O movimento diminuiu. E acredito que isto tenha ocorrido por causa de uma mudança de comportamento, visto que, cada vez mais, a feira está focada em relacionamento. Além disso, acredito que a internet possa ter contribuído para a queda de público, principalmente porque lá os agentes encontram informações atualizadas sobre os produtos e, com isso, não sentem necessidade de ir ao evento.” – Ricardo Aly, diretor de Vendas e Marketing da Bourbon
“A feira está dando conta do recado de acordo com sua proposta, que é reunir o trade. Além disso, o encontro é uma excelente oportunidade para firmar novos negócios, como ocorreu com a Trip. Neste ano, observei que os estandes estão maiores e mais suntuosos. Definitivamente, as empresas ligadas ao turismo não podem ficar fora da Abav.” – Antonio Augusto Gomes do Santos, presidente da Trip Linhas Aéreas
“A feira foi fraca, pior do que a edição do último ano. O agente está cansado do mesmo formato e, além disso, gasta muito para ir ao evento, visto que o Rio não é barato, principalmente por causa da hotelaria. O Rio precisa ser ‘provocado’ com o retorno
ao formato itinerante do evento. Esta é uma maneira de melhorar a feira.” – Renato Carone, diretor da Turnet
“A feira melhorou em relação ao último ano. Acredito que essa melhora comprova a pujança econômica do Brasil. Enquanto diversos países estão com os negócios ‘enforcados’, o Brasil mostra muita força. Enfim, o evento excedeu minhas expectativas, tanto em relação ao número de visitantes quanto aos negócios gerados.” – Rui Faria Paulo de Almeida, vice-presidente do Grupo Omni, que controla a Whitejets
“Sempre acreditamos muito na Feira da Abav e investimos alto –
mais de R$ 130.000 – todos os anos. Sinceramente, não sei onde estavam essas 23,6 mil pessoas. Não no pavilhão 4. A localização de nosso estande era privilegiada, com 100 m², fizemos um sorteio e divulgamos muito antes e durante o evento. O número de agentes que passou no nosso estande nos três dias não chegou a 500. Algo não funcionou.” – Newton Vieira, diretor da South Marketing International
“A cada ano, a feira está melhor. Acredito que os agentes estão bem mais profissionais. Uma prova disso é que, neste ano, os profissionais aproveitaram a visita ao estande para conseguir informações para poder vender ainda mais os produtos. Além disso, acho que o público também cresceu.” – Patrick Yvars, gerente de Vendas da Disney