Marcos Hiller
Quando se pensa em futebol, qual país vem à cabeça? Brasil. Quando se pensa em bons vinhos, qual país vem à cabeça? França. E quando se pensa em marketing, qual país? Se você pensou em Estados Unidos, acertou! Eles são hoje a nação que melhor representa o conceito, pelo simples fato do termo ter sido inventado pelos americanos, e os maiores craques e as melhores escolas da área serem de lá.
Quando visitamos os Estados Unidos, tudo isso fica muito evidente. Basta um passeio por lojas, postos de gasolina, shoppings, ou simplesmente pelas ruas, que se percebe o quanto os profissionais de marketing norte-americanos entendem do assunto e como sabem calibrar as variáveis mercadológicas no sentido dos clientes comprarem mais e mais.
Durante o final de 2011 e início deste ano, passei minhas férias na Califórnia, em quatro cidades da Costa Oeste dos Estados Unidos. Visitei inúmeras lojas, supermercados e shoppings. Conforme ia conhecendo os locais, procurei observar tudo com olhos de um pesquisador do processo de branding e consumo.
O ponto de venda é colocado por diversos autores como a “Hora da verdade”, ou seja, por mais que o consumidor saia de casa com a intenção de comprar o produto A, é lá que ele toma sua decisão de compra pelo produto A, B ou C. E em matéria de ponto de venda, pode-se observar a entrega da promessa de marca, na qual o produto é impactado pelo tato do consumidor pela primeira vez.
Tirei diversas fotos que entendo evidenciarem tendências do processo de comunicação de marketing no ponto de venda que são observados hoje nos Estados Unidos, e que certamente, ao longo dos próximos meses e anos, veremos aqui no Brasil e em outras partes do mundo.
As extensões de marca estão mais fortes do que nunca. A onda “retrô” está com tudo na terra do Tio Sam, e aqui no Brasil também. Embalagens cada vez menores e portabilidade são tendências que vieram para ficar.
A mascote, com cada vez mais força no processo de conexão da marca com o consumidor. A própria embalagem, ou a “roupa da marca”, continua sendo um dos mais poderosos pontos de contato da marca com o consumidor.
Os alinhamentos globais de marca são decisões sensatas e que ajudam na redução de custo, mas é um desafio implantar isso frente às culturas locais. Lojas com layout simples, clean e com processo de compra descomplicado são a bola da vez. Museus com lojas belíssimas são muito bem explorados lá fora; aqui, nem tanto.
Na verdade, muitas dessas técnicas já vemos aqui no Brasil, mas nos Estados Unidos é onde podemos observá-las de um modo mais sublime. Parece que lá a coisa é mais bem feita, mais bem planejada, mais bela.
Por meio desse levantamento, meu único objetivo é compartilhar conhecimento e municiar profissionais, professores, estudantes e pesquisadores em geral com esse material rico e atualizado. Viva o consumo!