A Brazil ArtFair, primeira feira dedicada à arte contemporânea e ao design brasileiros, foi um sucesso na imprensa mundial, de 04 a 08/12, em Miami.
A feira de negócios reuniu 15 galerias de arte, totalizando mais de 100 artistas. Das obras expostas, avaliadas em US$ 2 milhões, 30% foram comercializadas durante os cinco dias de evento.
Na avaliação do idealizador da feira, o empreendedor brasileiro, Michel Serebrinsky, “Normalmente as galerias vendem entre 10% e 15% do que levam para uma feira como essas e algumas chegaram a vender 70%. A Brazil ArtFair concluiu seu debut na Semana de Arte de Miami, com saldo bastante positivo. Os expositores brasileiros se destacaram num cenário em que a ArtBasel domina e onde existem outras vinte feiras satélites, além de exposições exclusivas e coleções privadas”, avalia.
A Brazil ArtFair foi notícia nos principais veículos dos EUA e foi visitada pelos principais editores de tendências e artes do mundo. O evento ganhou destaque num artigo da CoolHunting, numa resenha da editora executiva de Robin Cembalest do Artnewspaper e capa da Artinfo, todos destacando a BrazilArtFair como “A feira de arte da semana que deve ser visitada”.
Artistas com currículos importantes no Brasil, como Nino Cais e o escultor Yutaka Toyota, foram adquiridos por grandes colecionadores internacionais. Os artistas de grafitti como Toz, Binho Ribeiro e Sesper também foram negociados, mostrando que a cena de street art brasileira tem forte presença internacional.
Várias galerias saíram do evento com contatos importantes para negociar seus artistas posteriormente. A galeria Artur Fidalgo iniciou negociação com um colecionador para toda a obra de Khalil Charif e a HAP bateu o recorde de visitas em seu estande, que apresentava Claudia Jaguaribe e Claudia Melli. Mercedes Viegas teve um excelente retorno na venda das obras do artista Julio Villani e a galeria Mezanino com os trabalhos de Francisco Maringelli.
A exposição dos designers de móveis brasileiros surpreendeu os visitantes. O Estúdio Marton vendeu quase todos os seus objetos de arte.
Outro ponto alto da feira foi a exposição Tempo Suspenso, curada por Luisa Duarte. O espaço, no formato da bandeira do Brasil, projetava internamente a obra “Quarta Feira de Cinzas”, de Rivane Neuenschwander e Cao Hamburger, adquirida recentemente pelo PAMM, museu de arte de Miami, também inaugurado durante a Semana de Arte.
A mensagem forte de um povo brasileiro que espera urgente por mudanças foi transmitida por intermédio do olhar dos artistas que participam da mostra. Como a artista Clarissa Tossin, que mostra em vídeo a fachada do Supremo Tribunal sendo lavada todos os dias, enquanto a injustiça continua a imperar no Brasil.
“Recebemos elogios dos galeristas, do governo brasileiro – representado pelo Itamaraty -, da Apex, dos visitantes e principalmente da imprensa internacional. Agora é hora de divulgar os resultados no Brasil, elaborar o projeto do próximo ano e atrair ainda mais colecionadores, curadores e críticos para a edição 2014”, conclui Serebrinsky.