Avaliação sensorial

Review de produto, só que sem o produto: como funciona a nova estratégia de O Boticário

Nova fragrância da marca pode ser avaliada com kits que trazem experiências sensoriais, mas não o perfume em si

o boticário review egeo cogu
O Boticário investe em novo conceito de review de produto, popularizado pela geração Z (Imagem: O Boticário/Divulgação)

“Review” é um termo comum a jornalistas, referindo-se a análise crítica de determinados produtos. A marca O Boticário pretende inovar essa premissa, ao disponibilizar uma experiência de review inusitada: a fim de avaliar a recepção da nova fragrância EGEO Cogu, quem tiver a oportunidade de testá-la verá tudo, menos o perfume em si.

A ideia, ao contrário do tradicional, é disponibilizar kits com mini experiências sensoriais para que, nas palavras da empresa, elas possam “despertar memórias e emoções conectadas a imaginação do cheiro que o produto tem”.

Review sem produto de O Boticário vem de estudos de neurociência e o conceito de shifting

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O Boticário investe em novo conceito de review de produto, popularizado pela geração Z (Imagem: O Boticário/Divulgação)

A nova ideia de O Boticário não é exatamente inédita, embora seja bem incomum: o tal “review do produto sem o produto” vem com base em uma série de estudos neurocientíficos do instituto NeuroSenses, que avaliam a percepção de um estímulo — digamos, um cheiro — às reações cerebrais dos seus usuários.

A premissa vem de uma tendência conhecida como shifting, no qual consumidores (majoritariamente, isso se vê na geração Z) usam elementos gráficos para despertar a imaginação a partir de experiências imersivas dos seus cinco sentidos.

Com isso, O Boticário pretende promover a EGEO Cogu, que tem em seu principal componente “um cogumelo exclusivo” (a marca não comentou “qual” cogumelo) e traz uma fragrância frutal amadeirada ambarada.

“Um lançamento tão ousado quanto uma fragrância de cogumelo pede uma campanha igualmente inusitada. Enviar um kit sem nenhum produto e convidar o consumidor a imaginar um cheiro com a gente é a nossa forma de reinventar como os envios orgânicos de beleza são feitos no Brasil. Com muita pesquisa e tecnologia a favor de uma tendência de comportamento emergente – o shifting –, elevamos o sensorial e a inovação olfativa de EGEO Cogu a um novo patamar. E esse é apenas o início de uma campanha nunca antes vista e que promete surpreender ainda mais”, comenta Carolina Carrasco, diretora de Branding & Comunicação do Boticário.

A campanha de O Boticário vai distribuir os kits com os estímulos imersivos de EGEO Cogu — mas não o perfume: lembre-se de que isso se trata de um “review sem produto”, afinal — a criadores de conteúdo e outros formadores de opinião. Eles vão acessar o sistema por meio da tecnologia de Comunicação de Campo Próximo (NFC) dos smartphones para usar o material.

Após a leitura da tag, o público que receber o kit acessará o filme sensorial desenvolvido em parceria com o time do Núcleo de Inteligência Olfativa do Grupo Boticário. Em seguida, suas reações serão compartilhadas nas redes sociais — deles e de O Boticário.

Ao final do vídeo imersivo, os participantes verão a revelação do novo EGEO Cogu. Em edição limitada, a novidade chega às lojas de O Boticário no dia 12 de maio, com vendas focadas no e-commerce e lojas selecionadas por todo o Brasil. Após o lançamento, os participantes que receberam os kits shifting, receberão uma versão com a novidade da perfumaria.

Rafael Arbulu

Redator

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.