Boa Vista Junina começa agitada em Roraima

Animação, música e alegria marcaram a abertura do Boa Vista Junina, realizada em 15/06. O destaque da festa é a diversidade cultural de Roraima que atraiu um público de aproximadamente 20 mil pessoas. O arraial acontece na Praça do Centro Cívico até dia 23/06.

A primeira noite do evento teve como destaque o concurso de Rei Matuto e Rainha Caipira. Ao todo, 19 candidatas e 18 candidatos subiram ao tablado para defender suas quadrilhas e tentar conquistar o título de realeza do melhor arraial da Amazônia.

Os casais fizeram apresentações com objetivo de conquistar a atenção e simpatia dos jurados. Foram analisados critérios como animação, traje típico, criatividade, simpatia e desenvoltura.

A concorrência foi acirrada. Houve empate do primeiro lugar nas categorias. Para consagrar o campeão, foi utilizado o critério de idade. Os mais velhos obtiveram maior pontuação.

O título de Rei Matuto 2013, pela terceira vez, foi para Daniel Mangabeira e Gracielly Mangabeira foi eleita a Rainha Caipira do Boa Vista Junina 2013, que já recebeu o título em 2011.

Os vencedores ganharam premiação de R$ 3 mil cada, além da faixa de Rainha e o selo de Rei Matuto. Eles irão acompanhar as nove noites de arraial e representarão o Boa Vista Junina, durante um ano, nos eventos oficiais realizados pela Prefeitura.

Ainda, uma surpresa durante a festa. O casal quadrilheiro Francisco Araújo (Shéu) e Daniele Pimentel oficializou a união de nove anos no tablado do Boa Vista Junina. A cerimônia foi acompanhada pelos familiares, autoridades e pelo público do arraial.

Ritual das Araras

A rivalidade entre os grupos Arara Azul e Arara Vermelha terminou em festa. No Ritual das Araras, os grupos trazem personagens com nomes indígenas na língua macuxi.

Em Roraima, o Pajé virou Piasãn, a Cunhã Poranga é Emanon, Porta-Estandarte é chamada de Iurî Eponen e a Rainha do Folclóre é Kari Tepusen. Os grupos estavam há mais de três anos sem fazer apresentação no arraial.

“Estamos muito felizes em retornar para o Boa Vista Junina. É a oportunidade que temos de mostrar nossa cultura e despertar o interesse para que as pessoas participem do Festival e apoiem o nosso trabalho”, disse Marcos Demarans, presidente da Arara Vermelha.

Ao som da toada e danças, o Grupo Arara Vermelha com 20 integrantes, apresentou a Lenda da Boiúna. O mito de origem indígena fala de uma cobra imensa que ataca as embarcações.

A Arara Azul trouxe outra lenda amazônica, contando a história da Iara, um ser de voz e beleza encantadora, metade mulher, metade peixe, que seduz os ribeirinhos. O grupo subiu no tablado também com 20 integrantes.