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Diversidade e inclusão nas empresas. O que vem por aí em 2022?

Estamos assistindo a um ativo e crescente movimento de conscientização de empresas e profissionais que têm conseguido transformar a cultura de muitas corporações.

*Por Ronaldo Bias Ferreira Jr. 

Embora ainda com avanços tímidos em termos de resultados para a inclusão de mulheres, negros, pessoas LGBTQIA+, PcD e Multigerações na estratégia dos negócios, o ano de 2021 foi muito positivo na formação, no engajamento e na ampliação da base de profissionais na rede de apoio à Diversidade e Inclusão no mundo corporativo. 

Estamos assistindo a um ativo e crescente movimento de conscientização de empresas e profissionais que têm conseguido transformar a cultura de muitas corporações – que pressionadas por seus colaboradores, clientes ou pelo clamor das redes sociais – iniciaram a jornada de capacitação de seus times. 

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E todo esse sucesso na ampliação dessa grande rede de apoio se deve ao trabalho colaborativo e compartilhado pelas empresas, pelos profissionais especialistas e pelo grande exército de aliados que têm se formado em torno do tema. 

Outro-fator que tem impulsionado a adesão de novas empresas ao movimento é a percepção imediata dos ganhos possíveis, logo no início do processo. Ao trazer o tema para as rodas de conversa formais e informais de uma companhia, observa-se uma identificação imediata dos colaboradores, que em suas individualidades são diversos, e passam a se sentir representados e convidados a participar de forma legítima no processo. 

Um jogo ganha-ganha. 

O primeiro ganho, então, é a humanização do espaço corporativo. O clima organizacional melhora muito quando um empregador se posiciona, valoriza e celebra as diferenças no ambiente de trabalho. Quando criamos ambientes seguros para que todos possam dedicar sua energia ao trabalho, interrompe-se um modelo opressor que promove adoecimentos, medo e tensão constantes, e incentiva-se a união dos grupos para superar os desafios coletivos que alavancam a produtividade de toda a empresa. 

Além disso, um time consciente das abundantes possibilidades que a diversidade traz, reconhece seus privilégios e, a partir deles, trabalha para gerar mais oportunidade e inclusão para todos. Há um reajuste nos papéis, o exercício da escuta ativa passa a ser espontâneo, o lugar de fala se torna consciente e natural. 

Os grupos exercitam a empatia, há um esforço consciente de escutar o próximo. Assim, de forma orgânica, nos papos de corredor, no café ou nas reuniões do dia a dia, há menos interrupções, e mais apoio às falas de pessoas antes inviabilizadas, e o apoio se amplia atingindo grupos antes nem percebidos e importantes no ecossistema como familiares das pessoas colaboradoras, fornecedores e parceiros comerciais. 

Há um entendimento de que bons conflitos são bem-vindos e que protegem as decisões. Há mais consciência sobre os processos de identificação, seleção, contratação e retenção das pessoas diversas. 

Criando pontes, evitando polêmicas. 

Ao passo que as empresas vão letrando, informando e mostrando para seus colaboradores os benefícios da criação de times diversos, elas criam seus exércitos de aliados – colaboradores conscientes e preparados para lidar com as pessoas como de fato elas são, para entender e aceitar as pessoas diversas que trabalham ao seu lado. 

Para que percebam que os clientes e consumidores são tão diversos quanto eles. E que essas conexões e esse saber melhoram nossa comunicação, nossa tomada de decisão e, consequentemente, nossos negócios. 

Quando todos os colaboradores estão alertas, protegendo seus projetos com a diversidade, as empresas chegam mais rápido às soluções e economizam muitos recursos, mitigando erros e prejuízos. 

Acreditando que o Conhecimento transforma. 

Esses são conhecimentos que as empresas adquirem quando começam suas jornadas em prol da diversidade e inclusão no ambiente e na estratégia da organização; quando promovem vivências, criam planos de comunicação, campanhas e calendários anuais promocionais sobre o tema; quando desenvolvem workshops personalizados de letramento e trilhas de conhecimento para promover gestão de mudança e transformação da cultura organizacional ou quando criam módulos educacionais para suas universidades corporativas e programas para a integração de seus novos colaboradores. 

E a boa nova é que neste ano de 2022, esse exército de aliados, composto por pessoas, empresas, instituições e comunidades, está maior e mais capacitado para transformar mais empresas em espaços seguros, diversos e inclusivos para as pessoas. E juntos, com o apoio dos protagonistas e especialistas, garantirão que a riqueza da pluralidade esteja presente e bem representada no mundo corporativo.