ESG

Estação Preço de Fábrica troca produtos recicláveis por dinheiro

Projeto idealizado pela Green Mining, Ibema e Grupo Boticário promove contribuições para o ambiente e para a sociedade.


Quando empresas se unem em prol de ações socioambientais, é certo que os resultados serão positivos e promissores, exatamente como tem acontecido no projeto Estação Preço de Fábrica, que acaba de abrir uma nova unidade na cidade de Embu das Artes, São Paulo. 

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O projeto desenvolvido pela startup Green Mining, pela fabricante de papel-cartão Ibema e em parceria com o Grupo Boticário visa lidar com a reciclagem de uma forma revolucionária. Os resíduos de vidro, papelão, papel branco e papel cartão entregues na Estação, serão comprados e destinados de maneira ambientalmente correta. Desta maneira, há contribuições para o meio ambiente e para a sociedade, com uma fonte de renda para as pessoas que levarem os materiais até a Estação.

Inaugurado dia 19 de Outubro, dentro da fábrica da Ibema, o contêiner construído por blocos de plástico reciclado pela empresa Fuplastic, receberá resíduos em troca de valores equivalentes aos que são pagos pelas usinas de reciclagem. Todos os materiais de papelão ou papel branco serão reciclados para a produção de papelcartão Ritagli, produto da Ibema que entrega uma embalagem com conteúdo pós-consumo rastreado por meio da tecnologia blockchain.

Com início no município de Carapicuíba/SP em novembro de 2021, o projeto que já coletou e enviou para reciclagem mais de 320 toneladas de vidro e colaborou com a renda de mais de 900 famílias da região, a partir de agora, também passa a comprar papelão e papel branco, além do vidro.

“Para nós, ver em expansão o primeiro projeto de reciclagem inclusiva do país, que possibilita uma geração de renda para qualquer pessoa, é uma honra e motivo de grande orgulho. Estamos democratizando o acesso ao valor real do material, principalmente para aqueles que dependem da venda dos recicláveis para o seu sustento”, afirma Rodrigo Oliveira, presidente da Green Mining.

Para o Grupo Boticário, a expansão desse projeto é mais uma possibilidade de continuar impactando positivamente a vida das pessoas, além de ser um importante passo em direção ao compromisso assumido pelo GB de mapear e solucionar 150% dos resíduos sólidos gerados pela cadeia. 

“Está na nossa essência buscar soluções que colaborem na construção de um futuro melhor para todo o nosso ecossistema. Ampliar a Estação Preço de Fábrica é uma forma de continuarmos contribuindo para a redução de resíduos sólidos e de desigualdade social, a partir da incrementação da renda de catadores, cooperativas e toda a população da região que levar os materiais para a estação”, explica Mariana Cavanha, Gerente de Sustentabilidade do Grupo Boticário.

O contêiner funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h e, aos sábados, das 8h às 12h. Para receber pelos resíduos coletados, é necessário baixar o aplicativo gratuito da Green Mining, disponível nas plataformas da App Store e Google Play, preencher um breve cadastro e indicar o material que está sendo entregue em um dos pontos de coleta, onde tudo será pesado e classificado. A partir daí, um recibo é gerado e, quando completar 10, reais o valor será depositado semanalmente, às sextas-feiras, na conta da pessoa por meio de PIX. A expectativa é que, em breve, outras formas de pagamento estejam disponíveis.

“Essa ação faz parte de um esforço maior da Ibema com relação à reciclagem”, destaca o diretor comercial da Ibema, Júlio Guimarães. “Os resíduos são um dos grandes problemas da sociedade global, tanto pelo descarte incorreto quanto pela ausência de uma cadeia estruturada que coloque em prática a economia circular por meio do reuso. Temos nos posicionado como recicladores e investido tempo e recursos em ações estruturantes que promovam o engajamento de diversos agentes de nossa cadeia em um movimento que traga resultados efetivos tanto no âmbito ambiental como social, e isso tem engajado, motivado e materializado para o nosso time o alinhamento com nosso propósito de embalar o futuro!”.

O projeto conta com a parceria e colaboração da Prefeitura de Embu das Artes, o CONISUD (Consórcio intermunicipal do sudeste de São Paulo) e a Associação comercial de Embu das Artes.