Experiência de Marca

O Home e o Office

Quando todos fomos “direcionados” aos nossos home offices a tecnologia já estava disponível, e aqueles com a conexão correta conseguiram trabalhar das suas casas.

Eventos são encontros de comunidades. Serão híbridos em breve. 

Este “hibridismo” vai oferecer possibilidades de expansão das audiências e não será um substituto aos eventos presenciais. Será um complemento tecnológico muito útil.

Falando em tecnologia é importante salientarmos como ela foi uma aliada extremamente importante nestes tempos de pandemia. Quando todos fomos “direcionados” aos nossos home offices a tecnologia já estava disponível, e aqueles com a conexão correta conseguiram trabalhar das suas casas. 

Em recente pesquisa da PWC com gestores de grandes multinacionais o home office teve aceitação de 80%. Funcionou! Não houve muita disfunção nos negócios que conseguiram usar o home office. Os escritórios sobreviveram!

Mas se a tecnologia ajudou, temos que analisar o componente humano nesta equação

Recentemente a revista The Economist (adoro!) produziu um dos seus excelentes “special reports” sobre o tema “O futuro do Trabalho”. E nesta reportagem especial existia um artigo que focava exatamente o Home Office. Vou usar este artigo como base para as minhas reflexões sobre a eficácia ou não da utilização do Home Office.

Vamos começar com os pontos negativos 

Existe um problema de saúde mental advindo do uso extensivo desta prática (home office) ainda não dimensionada pelos psicólogos e neurocientistas. Saúde mental então é uma preocupação de todos. Com certeza a falta de sociabilidade do escritório é um fator mencionado por muitos. Somos gregários e a colaboração é a nossa praia!

O uso extensivo desta tecnologia (10/12 horas por dia, durante vários meses) ainda não teve o seu impacto no nosso cérebro devidamente dimensionado. Não estamos preparados para ficar em “extreme close up” (50 cm da tela) por tanto tempo.

A reportagem da The Economist menciona como se fosse uma síndrome de estarmos o tempo todo “dentro de elevadores olhando uns nas caras dos outros”. Engraçado, mas preocupante!

Outro ponto mencionado é que usando o home office temos a tendencia de falarmos mais alto do que normalmente falaríamos ao vivo/presencialmente. Quase como um subterfúgio para eliminarmos os problemas de conexão que todos enfrentamos. Ou seja, além de mais perto, mais alto. Realmente não era o nosso normal antes da pandemia.

Mas o ponto mais interessante da reportagem se refere a “sinalizadores de status”. Explico:

Quando estamos participando de um evento presencial (um jantar da firma por exemplo) existe a oportunidade de os convidados aprofundarem as suas relações sociais, sentar ao lado do chefe e trocar uma ideia com ele, por exemplo. No físico isso acontece com alguns. 

Mas no digital não acontece com ninguém. Somos todos pequenas telas do mesmo tamanho lado a lado uma das outras. E quem define quem vai ficar ao lado do chefe é o Zoom!

Já os pontos positivos…

Como já mencionei, não foi um desafio tecnológico. Foi um aprendizado tecnológico para a maioria de nós. Gastamos menos tempo nos locomovendo de casa aos escritórios. Fato!

Ficar nas nossas casas trabalhando (aqueles que podem) tem um lado sustentável do ponto de vista energético inegável. Mas existem benefícios pessoais também. Alguns conseguiram ficar mais produtivos. Mais focados. Nas pequenas telas do zoom/teams existe uma sensação de democracia maior. Parecemos todos iguais na tela. A telinha do chefe não é maior do que a de ninguém da equipe.

Aliás os chefes ficaram mais comunicativos. Vários CEOs apareceram mais para as suas equipes do que qualquer outro tempo pré pandemia. É mais fácil e mais rápido um encontro virtual toda semana do que uma reunião presencial no auditório.

Ficamos mais próximos do topo das organizações. E ficamos mais humanos também! Atire a primeira pedra que não tece um filho(a) cônjuge, parceiro ou pet aparecendo na tela durante alguma reunião. Alguém da sua empresa já tinha estado na sua intimidade antes? A tecnologia permitiu isso, sendo considerado uma “gafe” ou não ficamos mais humanizados com certeza.

Resumindo: Ainda não sabemos todos os reflexos da extensiva utilização forçada de home office que alguns de nós fomos forçados a experimentar.

Existem pontos positivos e negativos fica com cada um a análise final. Eu acho que agora é uma decisão do CFO (redução de custos e riscos). Mas logo será uma decisão individual. Para mim o home office foi positivo e tenho certeza irá perdurar por mais tempo que a pandemia no meu caso. E no seu caso?

A tecnologia vai ajudar nessa sua angústia com certeza, pode apostar! e para deixar bem claro…

Somos Gregários, #eventospresenciaisforever, #colaboraçãoéanossapraia

Afinal o live marketing não é para os fracos!

Foto: Reprodução.