Live Marketing

Gestão e Live marketing

Atenção, prontidão e tensão são os principais sentidos que têm que estar à flor da pele de quem está no comando de um evento.

 Ações de live marketing e eventos, no final do dia, são acontecimentos, que quando se iniciam, não temos mais muitas oportunidades de corrigir qualquer engano ou detalhe que tenha sido cometido nas fases anteriores de criação, planejamento, preparação e outras, ou que tenhamos deixado passar.

É ao VIVO.

É ali. É agora.

Não tem replay. Nem árbitro de vídeo.

Costumo dizer que, quando te chamam no rádio durante um evento, certamente a notícia não é das melhores.

Certa-vez entrou uma voz macia no rádio e com um tom todo delicado disse: Luiz, você poderia vir aqui no banheiro das mulheres!!!

Em nossa área, seja qual for a natureza da ação, existem quatro tipos de papeis; o dono (aquele que está pagando), os convidados (aqueles que estão aproveitando), os protagonistas (aqueles que estão estrelando) e os profissionais (aqueles que estão trabalhando).

Até aqui, nada demais.

Mas, nesta última turma, temos os mais diversos tipos de profissionais, de garçons a técnicos, de brigadistas a recepcionistas, de seguranças a diretores artísticos, enfim muita gente, muito diferente.

Neste grupo, encontram-se também, os caras que têm que fazer acontecer, e têm a responsabilidade de tocar todas as paradas.

Talvez este, seja um quinto grupo, pois se der algum tipo de problema, quem apanha sempre, é este time.

Atenção, prontidão e tensão são os principais sentidos que têm que estar à flor da pele de quem está no comando de qualquer atividade, por mais simples que seja.

Desta forma, vai adiantar muito pouco, ou será mesmo impossível desfazer, o mal feito ali, ao vivo e a cores.

Para dar certo, precisa ser como uma orquestra, onde todos têm que estar afinados, no mesmo compasso e no mesmo tom, confiando que os instrumentos líderes e o maestro, sabem o que estão fazendo.

Em live marketing, os problemas surgem de todos os lados, e, muitas vezes, de onde você menos espera.

Estamos mexendo com comida, bebida, som, luz, ar-condicionado, pessoas pessimamente remuneradas, convidados das mais diferentes espécies; são ingredientes suficientes para gerar uma explosão, quando expostos no mesmo ambiente.

Lembrando ainda que todas as equipes de trabalho estão ali para servir, e, colocar isto na cabeça de todos, é um enorme desafio.

Um último ponto sobre este assunto.

Existe uma última característica muito importante; ações de live marketing, só estão prontas, quando terminam. E terminar significa: Espaço devolvido limpo e sem nada destruído, por exemplo; todos em casa; e a vida voltando à sua rotina.

Lembre-se, só acaba quando termina.

Como eu faço gestão?

Primeiro, conhecer quem são os atores desta “Magical Mistery Tour”.

Entender os objetivos e tentar saber quais os resultados que realmente precisam ser atingidos.

Em segundo lugar, decorar o briefing, o que foi pedido. O que é para fazer.

Depois, quem são as pessoas mais adequadas para formar este time.

Atenção para os egos.

Humildade e resiliência são características fundamentais.

Em minhas vivências nas agências, percebi neste ponto, uma dificuldade muito grande.

Os egos costumam ser enormes.

E quando a coisa desanda fica muito difícil.

A equipe tem de trocar ideias, experiências, saber o que está acontecendo, estar focada, é crucial. Prontidão, lembra?

Eu gosto de montar minhas equipes.

Em determinado projeto, onde ainda não me conheciam direito, depois de uma última reunião com os ‘fodões’, onde cagaram um monte de regras de como fazer, e se mandaram, reuni a equipe e fui muito claro; agora é do meu jeito. 

Tem hora de trabalho, tem hora de descanso, para comer, para dormir, para curtir. A turma arregalou um olho, e eu completei: Se der zebra, a culpa é minha. Mas me deem a chance de fazer deste jeito.

Líder está com a cabeça a prêmio. Sempre.

Nas oportunidades em que eu era o gestor, fiz com que minha equipe soubesse, em detalhes, como as coisas iam acontecer.

Principalmente os meus líderes.

Deveriam estar prontos para substituir um ao outro.

Já tive gente que quebrou o pé durante o evento; que um parente faleceu; que o marido ficou doente; E aí como faz para substituir?

Também tenho o hábito, de fazer muitas reuniões de checklist e avaliação do dia.

Por vezes tive times, com mais de 100 pessoas, sem contar os caras de serviços.

Pois pelo menos uma vez, fizemos um encontro de todo o time, e, a partir daí, reuniões com os principais líderes.

Tenho o hábito de chegar com antecedência no local onde a coisa vai acontecer.

Preciso saber onde fica o que, e fazer toda a equipe visitar e conhecer.

Gerir ações desta natureza, é um passo para a loucura total se não nos prepararmos adequadamente.

Quando se está na liderança, precisamos ter a autoridade de poder decidir, e fazer com que as coisas aconteçam, e, mais que isso, que o time confie que a decisão tomada é a mais correta.

Para terminar, sempre peço ao meu time para se divertir.

Divertir, no sentido de estar fazendo parte, e vendo tudo aquilo que trabalhamos tanto, acontecer. Ver a obra realizada é muito bom.

Quando tudo termina, precisamos comemorar com todos.

Muitos acreditam que se tudo deu certo, ninguém fez mais que a obrigação.

Para mim, foda-se quem acha isso.

Eu preciso comemorar com minha equipe, sempre.

Ah, e mais uma coisa, jamais subestime um evento ou projeto.

Nada é simples demais que não mereça atenção. Não dar atenção significa que problemas vão acontecer.

Certamente.

Se quiser aprofundar a conversa, entra em contato.

Será ótimo compartilhar.