Experiência de Marca

Chover no molhado. Mas eu preciso tentar

Ao dar boas-vindas a todos, fico imaginando, como será o mercado de marketing de conteúdo, ou de experiências criativas, ou de eventos e assemelhados.

Bem-vindos a um novo ano.

E ao dar boas-vindas a todos, fico imaginando como será o mercado de marketing de conteúdo, ou de experiências criativas, ou de eventos e assemelhados.

A minha curiosidade é grande, na medida em que antes da pandemia, estávamos numa corrida desenfreada, e com um sério problema de sustentabilidade.

Explico; aliás antes de explicar, vou logo colocando uma ressalva muito importante, pois não desejo ser apontado, como um generalista sem conhecimento, que atira para todos os lados.

Minha abordagem, é em relação a parte de nosso mercado, e suas práticas.

Voltando ao aspecto da curiosidade: estamos começando a cogitar a possibilidade de voltar a produzir os conteúdos, as experiências, os eventos.

Depois de quase dois anos, de total asfixia, onde grande parte dos profissionais da área, foram procurar atividades alternativas para conseguirem sobreviver, começam os movimentos em busca destas atividades.

As empresas que se servem destes serviços, começam a colocar seus briefings no mercado.

É preciso então, começar a entender como será o comportamento de clientes e agências.

Estou falando, é claro, das concorrências que certamente já estão rolando no mercado.

Sera-que depois do vírus da covid 19 ou do h2n3, aquela contaminação vai voltar a cena?

Estou me referindo aquelas regras que colocam 10 empresas para concorrer, impõem uma taxa de administração de 3%, e salve-se quem puder.

Da mesma forma que isso acontece, as empresas fornecedoras vão atrás das soluções mais baratas, negociam todos os tipos possíveis de bv (acho que todos sabem bem o que significa) e num determinado dia, marca-se uma agenda com as 10 concorrentes, para apresentarem suas ideias, com um tempo apertado, onde se for ultrapassado, simplesmente a apresentação se encerra naquele ponto, e no final ou se escolhem 3 para uma nova rodada, e a agonia continua, ou alguém é declarado vencedor.

Hoje, bem no início do ano, estava zapeando a televisão e vi uma senhora cheia de energia, que desenvolveu uma cooperativa no norte de nosso Brasil, onde a comunidade inteira, ribeirinha, é contemplada com os ganhos dos produtos produzidos e comercializados pela cooperativa, dizer o seguinte ensinamento: “Não é uma questão de eu, é uma questão de nós”.

Sem querer me aprofundar mais, neste círculo vicioso de imbecialização (palavra a ser criada) de nossa atividade, e sem apontar dedo para ninguém, fico me perguntando como viemos parar neste purgatório?

Sim, pois vivemos um mundo de “Alice”, onde tem o lado que acha que pode apertar os fornecedores de todas as formas, e o reverso, que acaba sucateando cada vez mais as propostas apresentadas.

Nesse jogo de estica e puxa, ninguém sai muito satisfeito, sempre.

Existem empresas que querem pagar os fornecedores em 120 dias; existem agências que cobram uma série de itens, que na verdade muitas vezes não existem, mas servem para financiar o caixa até receberem. Já me deparei com uma grande empresa, se oferecendo para financiar o montante que a agência ia adiantar, por 60 dias, mediante ao pagamento de juros de mercado.

É impressionante onde chegamos.

E aí eu me pergunto: de que valem as lindas declarações de sustentabilidade, ou dos códigos de ética extremamente sofisticados, se numa simples contratação de serviços, o jogo se dá com regras abusivas.

Ou, por outro lado, aqueles belos discursos das agências, apresentando seus diferenciais de mercado, fantásticos, com preços competitivos, se na composição das planilhas estão contemplados bvs e outros ingredientes.

Quantas não foram as vezes, em que recebi orçamentos, que dariam para por exemplo renovar toda a frota de veículos da companhia, ou comprar um belo apartamento na praia de Ipanema.

Por conta disso é que resolvi escrever este artigo, com zero de novidades, mas com um clamor enorme, para que possamos, na medida em que formos voltando ao normal, clientes e fornecedores possam se relacionar de uma forma ética, de alto nível, e sabendo principalmente que, dos dois lados da mesa, existem pessoas, que ao longo da vida, podem ir trocando de lado, na medida em que o tempo passe.

Ninguém é mais ou menos experto.

Por isso, deveríamos adotar uma posição mais transparente, nesta relação tão difícil, e cheia de meandros.

Pensem em cobrar o preço justo, orçado realmente, para benefício do cliente.

Empresas, comportem-se como grandes, realmente, trazendo para o mercado práticas menos selvagens.

Não vamos, no momento em que, estamos superando a pandemia, voltar a fazer do mercado um pandemônio.

Feliz novo ano.