Experiência de Marca

Mais do que falar, fazer

Diversidade, inclusão e equidade vieram para mudar e para ficar.


Entramos em novembro, Mês da Consciência Negra, e, nesse ano de 2020, este mês tem, de fato, ares especiais.

Ano de pandemia pelo Covid-19.

Ano de Black Lives Matter.

Ano de eleições presidenciais nos Estados Unidos.

E Trump perdeu para o voto feminino.

Ano onde um a cada quatro programas Roda Viva, da TV Cultura, falaram sobre o tema racial, ou geraram alguma polêmica.

Cristina Junqueira, CEO do Nubank, também sabe disso.

Ano para olhar de forma diferente o futuro, que está mais próximo do que imaginávamos.

Como-podemos ver, 2020 ainda não acabou e o assunto extrapolou toda e qualquer bolha existente.

Vieses inconscientes de comportamento de grupo foram quebrados.

Se você ainda não olhou o ano por esse prisma, é hora de olhar.

Diversidade, inclusão e equidade vieram para mudar e para ficar. Reparem que não falo apenas diversidade e inclusão, mas também de equidade.

Magazine Luiza é prova disso com as ações mais valorizadas.

Após 388 anos de escravidão algumas pessoas ainda questionam as ações reparativas como as cotas, ou afirmativas como o Programa de Trainee da Basf e Magazine Luiza. 

Parecem desconhecer a história de seu próprio país, assim como o fato de que já se vão 132 anos desde o final da abolição da escravidão no Brasil.

Sempre, em minha vida profissional, me empenhei muito em falar sobre a inserção de pessoas negras nas agências de comunicação e sigo lutando por isso.

Quando eleita para o conselho da Associação de Marketing, entendi a importância de estar na entidade e falar sobre os temas de diversidade, inclusão e equidade.

E temos dados passos importantes.

Pela primeira vez em sua história no Brasil, a premiação Globes Awards tem em seu regulamento a obrigação da equidade de gêneros e a inserção de 10% de profissionais negros para este primeiro ano, sinalizando uma mudança dos tempos.

Esta ação afirmativa deve ser muito aplaudida e comemorada, pois pela primeira vez incluímos estas pessoas de forma significativa.

São clientes, jornalistas, diretores, profissionais de planejamento e criação e produtores.

Todas as vezes que questionamos o porquê de não haver pessoas negras em um júri ou em um line-up de palestrantes, ouvimos que não se consegue achar profissionais negros.

Entretanto, desta vez nós os achamos para o júri da Associação e que lista linda conseguimos formar!

Ações afirmativas como essas são necessárias e fundamentais para a construção de um mundo mais igualitário.

Como diz minha amiga Cris Gutierrez, colunista do Uol, “Pare de esperar o dia 20 de novembro para postar o vídeo do Morgan Freeman.”

E se quiser fazer uma ação afirmativa, poste o vídeo “O meu lugar no mundo” das minhas amigas, Kelly Castilho da Confeitaria Filmes e Maria Gal da Maria Produções.

Eu desejo para este dia que mais ações afirmativas sejam colocadas em prática, desejo mais diversidade, inclusão e equidade nas equipes de trabalho; um mundo mais acolhedor das diferenças e mais aberto ao diálogo.

Um ambiente onde nos sintamos representados em todos os cargos, com chances iguais para alcançarmos qualquer lugar que sonhamos, onde possamos estar em qualquer lugar sem receber nenhuma espécie de olhar “estranho” e inquisidor.

Eu desejo um dia não mais sentir a dor do racismo.

Como sempre digo: Crie uma ação afirmativa, que mesmo sendo pequena, pode mudar tudo.

Feliz Dia da Consciência Negra.

 

Imagem: Sarah Lee.