Experiência de Marca

Ao infinito e além...

Depois de oito semanas falando sobre 8 agências em que tive o prazer em trabalhar e conhecer incríveis pessoas, sou obrigado a pegar emprestado do número 8 o símbolo do infinito e que dá título a este texto.

 

Depois de oito semanas falando sobre 8 agências em que tive o prazer em trabalhar e conhecer incríveis pessoas, sou obrigado a pegar emprestado do número 8 o símbolo do infinito e que dá título a este texto.

Afinal, é ele que mostra não só os ciclos, mas também os padrões repetitivos que aparecem na nossa vida, além da força de retomar e dar a velha “volta por cima”. E isso tem tudo a ver com este último relato autobiográfico, afinal logo depois da Samba eu

começava uma nova fase na minha vida. Sem o impacto e a responsabilidade em fazer parte de uma equipe e de uma agência, sem a segurança do salário ao final do mês, sem a certeza da agenda do dia a dia, mas a firme intenção de buscar um respiro e o apoio incondicional da minha esposa Lully que fez me abrir para novas possibilidades, inclusive a de poder ver o mercado com um outro olhar: mais aberto, sem julgamentos e enxergando os players que normalmente não via. Foi uma fase muito rica em conhecer novos negócios, novos formatos, novos clientes e principalmente novas pessoas.

Cabe aqui também um flashback para lembrar ainda mais do começo e antes ainda desta sequência de agências incríveis: lembrando de experiências que foram impontantíssimas para a construção do profissional que naquele momento não decidia pendurar as chuteiras, mas olhar o campo pelo lado de fora. E é mais do que justo eu começar a coluna de hoje com um #MTT (MondayToThank) Itautec (onde “cresci” ao lado de seres humanos e profissionais fantásticos, comandandos por Ari, Minoru, Mauro, Lourenço e onde pude conhecer o caminho que posteriormente decidi seguir), #MTT Paragon (um pequeno escritório de design liderado pela Regiane onde pude começar a ter mais de perto a experiência da criação), #MTT Efeito Visual (grande inspiração do começo da carreira e na companhia dos queridas Lene, Nete e do Reinaldo), #MTT WSMG do Simon (onde puder trabalhar muitos os conceitos de didática, dinâmica e apresentações) e já no universo Promocional, #MTT Rocha Azevedo (depois The Marketing Store), onde por um curto período tive um contato real com profissionais queridos do mercado e que me ensinaram muito como Martins, Paty, Lenira, Zé, Naun, Marcão, Selma e tantos outros, antecipando com um tapete dourado minha definitiva entrada no mercado. Muito obrigado à todos vocês!

Sair do mundo das agências teve como primeiro impacto muito mais café para lidar com curiosidade dos que queriam saber do porque da minha decisão do que realmente acenar com alguma proposta, e eu acabei tendo uma oportunidade de fazer primeiro projeto for a de agências para a Blow! e aqui cabe um #MTT muito especial à Monique por este primeiro movimento num caminho que segui fortemente nos anos seguintes e até hoje.

Foi ao me conectar com outras agências, entendê-las, atendê-las nas suas necessidades e nos projetos desafiadores que tinham, que eu pude realmente conhecer o mercado em que atuo, mixando o conhecimento de todas as agências onde trabalhei com todas essas outras onde me conectei para diversos projetos.

E minha gratidão imensa e #MTT Avangarde, Blow!, Case (hoje Voqin), XYZ, Entreposto, Fullbar, Mill Publicitá (hoje Mill Ideas), FanClub, D2, GPJ, MS MKT, We Live, Gude, TV1, Copyright, Opening, Limonada, TACC88, A Cuca, ABC da Comunicação, Qlarck, Conceito, Lostres, Done, Etc&Tal, Promo, Link, Fresh Design, Choice, Abbud, S7even, entre outras tantas empresas, agências e profissionais que neste período me permitiram uma visão além do alcance daquela que o mundo indoor das agências me permitiam.

São empresas que aceitaram um profissional de fora de seus quadros para trabalhar em conjunto em novos projetos, buscando assim novos approuchs, uma troca saudável de experiências ou no mínimo uma visão de fora. Elas se anteciparam à forte tendência atual de trabalhar remotamente, utilizando profissionais que decidiram não atuar mais agências. Aliás, quando comecei eram poucos, e hoje são muitos que se adaptaram a esta nova forma de oferecer serviços ao mercado. São empresas que merecem meu mais incondicional respeito e em especial eu agradeço muito ao Carlos, Sérgio, Fábio, Lú, Tati, Chris, Ronaldo, Claudia, Juliana, Jorge, Gabriel, Claudio, Cris, Camila, Rodrigo, Luiz, Waguerê, Thais, Ricardo, Djanira, Letícia, Alê, Roberto, Gian, Adriana, Ken, Tati, Anne, Tadeu, Alex, Hebert, Fabi, Tony, Paty, Cid, Will, Milena, Marina, Renata, Camila, Pedro, Luciano, Claudinho, Gio, Paty, Pedrinho, Jr., Gabriella, Danielle, Flávio, Gisele, Milton, Dadai, Sérgio, Célio, Wilson, Kito, Adriano, Beatrice, Luciana, Fausto e mais um monte de gente que teve uma visão aberta e que até hoje acredita numa parceria de verdade. Obrigado também pelos imensos aprendizados, inclusive pela oportunidade da sociedade em uma delas e a experiência e vivência gigantescos que isso me trouxe.

E não seria justo também deixar de agradecer aos inúmeros clientes atendidos neste processo, inclusive um bom número deles que atendi pessoalmente e também viram na prestação de serviços diretamente com um profissional de mercado, a mesma qualidade de entrega de agências, também antecipando um formato que cada vez mais cresce no país. 

Ao final desta sequência de 8 semanas, o #MTT (MondayToThank) se transformou numa verdadeira terapia pessoal: me trazendo o prazer em agradecer de forma legítima e aberta à todas essas empresas e pessoas que me ajudaram à construir a minha carreira e o profissional que eu sou. É lógico que tudo isso envolve momentos dos mais diferentes, nem tudo é um mar de rosas, mas é impossível não aprender, mesmo quando as lições são mais difícies de aceitar ou entender. Agradecer à este grande contigente de pessoas serve como uma maneira de reconhecer a importância de todas elas, à dar o verdadeiro e justo crédito e de buscar o prazer e a sensação boa de poder expressar tudo isso de maneira clara, límpida e transparente.

Não, aqui não é e não foi o lugar para eu citar problemas ou conflitos. Claro que eles existiram, mas quando a gente se libera de ressentimentos, abrimos espaço para novas coisas. É como deletar arquivos que não precisamos do nosso HD, abrindo espaço para coisas novas.

Coincidentemente, hoje também é o dia do Congresso Anual da Ampro, uma oportunidade única para que uma vez por ano as agências se reunam em torno de um evento que prevê uma discussão saudável sobre o mercado, expondo os pontos chaves, propondo soluções e trabalhando por um futuro melhor para todas as empresas e principalmente para os profissionais que trabalham nelas.

Uma vez ao ano é pouco para abordarmos tantas coisas importantes, apesar de importante talvez o próprio formato não permita o nível de discussão necessário para um mercado que pouco conversa para sanar seus problemas, suas dores e as mudanças necessárias que infelizmente ainda encontram um estranho silêncio em seu entorno.

Quando postei os #MTTs das últimas semanas, pude relembrar de cada pessoa e de cada agência, mas pude também ver com felicidade como muitos se manifestaram falando de uma época tão importante de suas vidas e de como estas empresas foram fundamentais para sua formação como profissionais e pessoas. E é realmente uma pena sentir como uma saudade de um tempo que não volta mais, quando apesar de muitos discursos a gente sabe que o mais importante nem sempre é o material humano, mas a meta, o bônus e o resultado financeiro, mesmo que se “moa gente” – como em muitos lugares ainda se faz.

A gente assistiu nos últimos anos, agências e amigos morrerem, outros adoeceram, surtarem, fugiram do mercado, se revoltaram com tudo ou ainda sairam do país, do estado ou da cidade. Muitos foram substituídos de forma deselegante e uma boa parte deixou bem claro que não querem mais trabalhar no ambiente tóxico de algumas empresas, optando pela liberdade de oferecer remotamente toda a qualidade do seu trabalho, mas sem o contato com muitos ambientes nocivos e contaminados.

O que se faz a respeito disto? Pouco ou quase nada! É só trocar o surtado, repor o que teve síndrome de pânico, substituir o que está com burn out, colocar um jovem entrante no lugar do experiente, não pagar o salário devido, propor a metade do cachê ou não cumprir com o que foi combinado. Claro, a culpa não é só da empresa, a pessoa também tem sua parcela, pois aceita tudo isso como se tivesse a síndrome de Estocolmo e estivesse apaixonada pelo seu sequestrador.

Quero terminar este longo texto, quase infinito rs, para não só agradecer mais uma vez, mas honrar e homenagear à todas as empresas e principalmente as pessoas que fizeram e fazem de tudo para que tenhamos um mercado digno, principalmente pela ótica vigente de pensar sobre o prisma humano. Ainda vivemos com visões contrárias, mas o tempo é cruel e quem não entender que o mundo é B2H (Business to Humans) e principalmente H2H (Humans to Humans), certamente estará em grandes dificuldades.

Um brinde, um abraço e uma reverência à você, que mesmo trabalhando muitas vezes em terreno hostil e ambiente insalubre, deu a sua energia para reunir pessoas em torno de um ideal, de um job, de um prazo a ser cumprido ou ao menos pelo desejo de fazer seu trabalho bem feito.

O #MTT continua, mas era importante eu trazer o relato de uma história que eu sentia que precisava ser devidamente contada e ser agradecida. Convido vocês a fazerem to mesmo ambém. Ligue para seu primeiro chefe, retome o contato com sua antiga dupla, mande uma mensagem para seus ex-companheiros, mas fiquem com o exemplo de todos os super amigos que continuam ainda se sentindo com super poderes, lembrem-se dos que carregam para sempre o nome das agências em que trabalharam em seus CVs e as vezes até como uma forma de sobrenome e vale ainda lembrar de todas aquelas pessoas que sintetizam a experiência que tanto proclamamos como a base do nosso mercado, muitas vezes defendendo muito mais as cores e a camisa de suas empresas do que seus líderes, comendo pizza cortada com estilete na madruga e ainda assim se achando no melhor lugar do mundo, fazendo o trabalho que mais gostam e felizes porque estavam com as pessoas que eles realmente queriam estar junto.

Fica aqui a esperança de dias melhores, de discussões proativas, de encontros que sirvam para uma resignificação do papel das empresas do setor e principalmente como uma forma de trazermos à discussão tudo o que acontece no mundo em termos de novos formatos de gestão, de condução e de construir um trabalho em equipe.

E espero que os líderes, gestores e influenciadores do mercado de LiveMarketing ou Brand Experience reconheçam e saibam de fato o que é uma lágrima emocionada de um profissional da área quando ganha uma concorrência ou termina um evento. Mais do que o alívio por uma vitória ou término de um job, ele deixam claro um traço de emoção e sentimento que vem fazendo falta e talvez tenha passada a hora de retomarmos essa sensação ou pelo menos expressar sua gratidão, pois o mundo é cíclico, as pessoas e o mercado estão mudando e não dá pra querer ir ao INFINITO E ALÉM sem ter gente boa ao seu lado.