Experiência de Marca

Ativando marca em eventos esportivos

Espaço para ações de live marketing existe, profissionais e agências especializados e capazes de criar uma ação diferente. O que falta são as marcas acreditarem um pouco mais nesse excelente nicho de mercado.

Ativando marca em eventos esportivos

Muito utilizada nos Estados Unidos, no Brasil, as ativações de marca durante intervalo de jogos ainda é pouco explorada.

Voltando um pouco no tempo, em 2017, no jogo válido pela Superliga Feminina de Vôlei, no Ginásio José Liberatti, em Osasco (SP), o time da cidade patrocinado pela Nestlé promoveu uma série de ações de live marketing.

As pessoas que foram ao jogo puderam acompanhar a exibição do videoclipe “O Rolê É Nosso” em um telão, cantar em um “Karolokê”, ganhar camiseta, card e copo de pipoca especial do projeto, personalizara a camiseta e participaram de ações de grafite e stencil em painéis.

Quem mais ganhou com isso? A Nestlé. Lógico que a emissora de televisão que transmitiu o jogo não mostrou, afinal, ela não recebe nada da marca. Mas, a questão aqui não é se tem patrocínio à mídia tradicional ou não, e, sim, que ações como essa incentivam a ida do público aos ginásios para acompanhar os jogos, e, principalmente, incentiva a prática esportiva.

Ação de live marketing da Nestlé em 2017 durante jogo da Superliga Feminina de Vôlei (Foto: Reprodução).

A Sadia é outra marca que por um certo período levou o seu mascote a diversos eventos esportivos para animar a torcida e distribuir brindes. Infelizmente, faz tempo que ele não mostra a sua cara, e evento é o que não falta nesse País, mas, o esporte amador ainda não tem a divulgação que merece.

O mascote da Sadia durante muito tempo encantou torcidas pelo Brasil afora no intervalo dos jogos (Foto: Reprodução).

Ok! Não precisamos ficar focados só nos esportes amadores, mas, por que não realizar mais ações de live marketing em partidas de futebol? Se esse é o esporte preferido dos brasileiros, que lugar melhor para uma ativação de marca?

Mesmo que a ação não seja divulgada pela mídia tradicional, é preciso levar em conta que, em determinados jogos, seja de basquete, vôlei, futebol ou outra modalidade qualquer, sempre há um grande público, e, será esse mesmo público que irá espalhar a notícia de que tal marca realizou uma determinada ativação de marca, e, com as redes sociais em alta, a garantia de mídia espontânea está garantida.

Cheerleaders

Quem acompanha esportes americanos, principalmente NFL (Liga de Futebol Americano) e NBA (Liga de Basquete), sabe que existem as famosas cheerleaders – ou, em tradução livre no bom português, líder de torcida -, que embelezam as partidas e ainda enchem os olhos do público com danças e acrobacias. E são muitas as meninas que são adeptas ao estilo, que é praticamente um esporte nos Estados Unidos.

A modalidade no Brasil não vingou e é difundida apenas em alguns Estados. No ano passado, chegou a ser realizado um campeonato brasileiro de cheerleaders com a presença de vários times, já que a prática foi introduzida por aqui oficialmente em 2008, pela Comissão Paulista de Cheerleading. No entanto, elas continuam longe dos gramados.

Isso mostra que o nosso País está muito atrasado no que diz respeito a ativação de marca em eventos esportivos. Não podemos mais ficar focados apenas em Olimpíadas e Copa do Mundo de Futebol, ou na distribuição de batecos e camisetas em alguns jogos que será transmitidos pela televisão.

Talvez o problema no Brasil em relação à realização de ações de live marketing em intervalos de jogo seja o imediatismo, ou seja, querem fazer uma ativação e já ter um retorno do investimento de forma imediata. Não é assim que as coisas acontecem.

O público precisa se acostumar com a ideia, acreditar que o patrocínio de determinada marca ao evento não seja apenas um oportunismo, mas sim, que ela está realmente ao lado do seu time, que é o caso da Nestlé com o time de vôlei de Osasco e o da Sada com o time do Cruzeiro.

A SKY, recentemente, investiu em uma ação de live marketing durante um jogo da Superliga Feminina de Vôlei. A marca colocou um sofá no estádio para receber clientes que assistiram ao jogo em um local exclusivo. Veja o post completo aqui.

Espaço para ações de live marketing existe, profissionais e agências especializados e capazes de criar uma ação diferente. O que falta são as marcas acreditarem um pouco mais nesse excelente nicho de mercado.