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Arena da Baixada reverte naming rights por atraso de pagamento

Estádio que serve de casa para o Athletico Paranaense havia recebido o nome de empresa de telecomunicações local em 2023

O Athlético Paranaense, que tem na Arena da Baixada a sua “casa”, reverteu a cessão de naming rights do estádio devido à inadimplência “milionária” da empresa de telecomunicações Ligga Telecom.

Segundo apurou o LANCE!, o time levou a questão à Justiça, questionando os atrasos nos pagamentos mensais pela nomeação do estádio — originalmente, a cessão havia sido concedida em 2023, em um acordo que duraria 15 anos.

Briga pela Arena da Baixada foi a Justiça agora, mas começou há algum tempo

arena da baixada
Imagem: Arena da Baixada/Athlético Paranaense/Reprodução

Os atritos entre o Athlético Paranaense e a Ligga Telecom não são exatamente recentes. Em maio deste ano, o clube, que ocupa a série B do Campeonato Brasileiro, havia anunciado mudanças na identidade visual da Arena da Baixada, revertendo alterações impostas pela Ligga Telecom e agradando torcedores, que viram as cores do time voltarem a contemplar a área externa da estrutura.

De acordo com o clube, a dívida de valores não pagos pelos naming rights da Arena da Baixada já está na de R$ 50 milhões. No começo de junho, o Athlético Paranaense rompeu oficialmente com a Ligga Telecom, e agora, ambas as partes estão na justiça local para tratar do caso. A empresa, que já foi a estatal de energia do estado antes de sua privatização em março de 2022 (à época, ela ainda se chamava “Copel”), confirmou o fim da parceria.

Inclusive, peças de comunicação como o site oficial do estádio, redes sociais e até identificadores no mobiliário da arena já refletem a mudança para o formato antigo. De acordo com o Athletico Paranaense, outras alterações já estão em curso, embora o clube não as tenha detalhado. A URL (endereço de internet) do site, no entanto, ainda é “liggaarena.com.br”.

Ainda segundo o LANCE!, os problemas até chegaram a ser discutidos amistosamente, com a Ligga pedindo pela redução do valor das parcelas do acordo em virtude do Athlético Paranaense ter sido rebaixado à Série B na temporada passada.

O contrato original de cessão de naming rights estava avaliado em um total de R$ 200 milhões, sendo R$ 13,3 milhões por temporada, até 2038. Era o sexto maior contrato do tipo no país, atrás da Neo Química Arena (o “Itaquerão” do Corinthians), Allianz Parque (Palmeiras), Morumbis (São Paulo), Vila Viva Sorte (Santos) e, finalmente, Mercado Livre Arena Pacaembu.

Apesar do imbróglio na justiça paranaense, o caso não impacta o calendário esportivo do Athlético Paranaense: inclusive, o “Furacão” já tem um compromisso marcado na Arena da Baixada contra o Paysandu, em 3 de agosto.

Rafael Arbulu

Redator

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.

Jornalista há (quase) 20 anos, passeando por editorias como entretenimento, tecnologia e negócios, sempre com um olhar crítico e praticamente nostálgico. Por toda a sua carreira, sempre buscou detalhar desde as tendências mais disruptivas do mercado até as curiosidades culturais que desafiam a lógica do "só porque é novo, é melhor". Fã de vinis, cervejas especiais e grandes sagas literárias, ele traz para os textos doses generosas de referências pop – mas sem esquecer que, no universo corporativo, até o lado B precisa fazer sentido.