A partir do próximo ano, o programa Allgarve entra num novo formato, o Allgarve Nations, pensado para atrair turistas estrangeiros por intermédio de eventos dedicados a cada um dos mercados externos. O Reino Unido, por ser o principal, será o primeiro mercado abrangido.
“Pensamos que seria importante transformar o Allgarve num programa que fosse mais próximo dos nossos mercados emissores e que, por intermédio dele, conseguíssemos dinamizar melhor a promoção do destino”, resumiu Nuno Aires, presidente do Turismo do Algarve, durante a apresentação do novo conceito, em Faro.
De acordo com o responsável, o Turismo do Algarve está desenvolvendo “acordos e parcerias com diversas entidades do Reino Unido”, com o objetivo de criar comunicação em território britânico e passar conteúdos sobre o Algarve.
“É isso que nos interessa, promover o Algarve junto do nosso principal mercado emissor e com um cartaz suficientemente atrativo para fazer com que os ingleses continuem a visitar a região e continuem a ser o mercado mais importante”, afirmou.
O Reino Unido foi o mercado escolhido para o arranque do novo conceito por ser justamente o mercado com maior expressão na região algarvia, com Nuno Aires considerando que é necessário “fazer um push maior neste mercado”, ainda que a ideia para o futuro é que “cada ano seja dedicado a um mercado”.
Na prática, como explica Augusto Miranda, coordenador do programa, o cartaz do Allgarve Nations, em 2011, vai contar com eventos mistos, com participação de protagonistas portugueses e britânicos, e com conteúdos que sejam capazes de atrair também turistas ingleses.
Quanto ao financiamento disponível, o montante coparticipado pelo Turismo de Portugal mantém-se, rondando os 2,5 milhões de euros, ainda que Nuno Aires admita que, “sobretudo por parte dos municípios e dos privados, exista algum ‘desinvestimento’, alguma incapacidade de investimento”.
Ainda assim, o presidente do Turismo do Algarve garante que uma eventual quebra no financiamento autárquico e por parte dos privados não afetará a qualidade do programa, mesmo que possa significar um menor número de eventos.
“Não queremos que a qualidade sofra com isso, podemos eventualmente ter que fazer menos eventos do que este ano mas, não queremos beliscar, sobretudo, a qualidade do programa”, garantiu.
Quanto à edição de 2010, o balanço feito, tanto pelo secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, como por Nuno Aires ou Augusto Miranda, não poderia ser mais positivo, já que o público dos eventos triplicou desde a primeira edição, registando este ano um aumento de 55% face a 2009, bem como a realização de mais 30 eventos.