Enquanto estávamos em Cannes, cobrindo a sexagésima edição do Festival de Cannes para o Promoview, vimos o Brasil crescer muito no Festival, ganhar grandeza e espaço de time de primeira, por intermédio de agências, criativos e empresários.
Em todos os shortlists das categorias estavam presentes cases brasileiros maravilhosos e especiais, não raro, na lista seguinte, como vencedores de Leões de Ouro ou como Grand Prix. Ou seja, estamos na vanguarda da comunicação e somos vistos como adversários a serem batidos.
As agências de live marketing estavam lá representadas no shortlist pela NewStyle. Pra quem acha pouco, foi um avanço fantástico para quem só atuava como coadjuvante.
Ganhamos espaço sim. Saímos de lá convictos de que precisamos apenas inscrever mais cases, porque talento e capacidade de estarmos na lista e ganharmos Leões temos.
Conversamos muito com jurados, com o CEO do prêmio e sabemos agora alguns caminhos das pedras que, ao longo de nossos textos em breve, daremos, como, por exemplo, quem pode fazer filmes para inscrever no Prêmio.
Vimos que a linha que separa as categorias, em razão da nova configuração da comunicação, do alinhamento das ferramentas e da comunicação integrada ficou tênue e já não se sabe o que cabe onde, daí vermos gente ganhando Ouro em Direct, PR e P&A com o mesmo case, e até o Grand Prix em dois deles.
Como tenho dito aqui, isso é natural e vai acontecer porque não temos também uma separação clara de que agência faz o quê, hoje.
Na palestra que proferimos em Lisboa, a convite do Iade, falando sobre live marketing, a Ampro, o Congresso e o Promoview. Percebemos o quanto nossas ideias são bem-vindas e o quanto há de acerto na escolha do live marketing como nosso caminho.
Saímos de lá com novo convite para voltarmos em breve, uma parceria de intercâmbio e um número enorme de seguidores no FB e no Promocitários. Gente que escolheu nossas palavras como mote de uma comunicação moderna a unir os dois continentes.
Mas, durante todo esse tempo que estivemos fora, nossos olhos e corações estavam no Brasil. Não, não pensávamos na Copa das Confederações nem nos jogos do Brasil. A gente estava atento ao caminho das ruas que a massa, os brasileiros, estava seguindo.
Vimos um espaço que muitos relegam a segundo plano como mídia mostrar a força de quem vende ideias, desejos e aspirações. Confirmamos que, por intermédio dele, juntamos gente, passamos emoções conjuntas e damos gritos comuns. Tudo isso AO VIVO, em tempo real, juntos.
Nunca o orgulho de ser brasileiro foi tão grande. Nunca a certeza de que a comunicação não pode prescindir das redes sociais foi tão evidente. Nunca a convicção de que nossos chamados aqui à união de todos contra clientes desonestos, arbitrariedades de áreas de compras e suprimentos, desmandos e atitudes antiéticas ficaram tão claros como os caminhos a seguir.
Nós podemos mudar sim. Podemos e vamos mudar. Mesmo porque as mudanças são a única constante no mundo.
Enquanto nós, em Cannes, estávamos representando o Brasil e fazendo valer nossa expertise, o Brasil, nas ruas, nos representava e clamava, deixando marcas que a história há de saber contar de maneira clara, porque não se baseará em livros de uma única voz, mas em milhões de vozes em redes sociais.
Voltamos. Estamos aqui. Mas mesmo na distância evidente do corpo, nossa alma gritava com milhões de outras na busca de um novo momento. Que ele chegue para o Brasil pela via democrática das escolhas, em 2014, e que chegue para nós do mercado nos dias 29 e 30/07, quando vozes e escolhas nos levarão à posição que merecemos.
Primeiro, no mercado, em seguida, no cliente para, quem sabe, em Cannes no próximo ano, mais uma vez, a bandeira tremule verde e amarela, viva, especializada, com a logo do live marketing.