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IA na rotina: libertação estratégica ou só mais ruído?

A IA está otimizando sua rotina ou apenas empilhando tarefas? Entenda como transformar automação em espaço real para pensar e gerar valor

Inteligência artificial Otimifica
Imagem: Divulgação/ Otimifica

As conversas sobre inteligência artificial deixaram de ser tendência para se tornarem rotina e, em muitas empresas, já monopolizam as reuniões estratégicas. A cada nova ferramenta, o entusiasmo vem acompanhado de dúvidas legítimas: até onde essa tecnologia pode ir? O que muda no nosso trabalho? Como aproveitá-la sem se perder? E essas perguntas fazem todo sentido.

O estudo “The economic potential of generative AI: The next productivity frontier”,  publicado em 2023 pela consultoria McKinsey, indicava que, com os avanços da época, a IA tinha potencial para absorver as atividades responsáveis por consumir cerca de 60% a 70% do tempo de trabalho dos funcionários. E, considerando que essas estimativas são de 2023, em 2025, esse potencial é provavelmente muito maior. O cenário muda rápido e exige que a gente pare, pense e decida como quer ocupar o tempo que sobra.

A IA tem, sim, um papel revolucionário. Mas como toda ferramenta, o impacto que ela gera depende da forma como usamos. Se aplicamos para fazer mais do mesmo, só que mais rápido, ela só acelera a esteira. Agora, se usamos para tirar o peso do operacional e redirecionar a energia para o que realmente importa (pensar melhor, planejar melhor, comunicar melhor), aí ela vira aliada de verdade.

Vejo isso todos os dias em times de marketing e comunicação: profissionais talentosos afogados em cotações, planilhas, follow-ups, relatórios intermináveis e tantas outras atividades operacionais. E a verdade é que, hoje, a IA pode automatizar tudo isso (ou quase!). Pode gerar relatórios interativos em tempo real, montar roteiros de eventos, organizar dashboards de engajamento, disparar follow-ups com personalização e eficiência. O problema é que, muitas vezes, mesmo com tudo isso, o tempo economizado não volta para o pensamento estratégico. Ele é logo ocupado por novas demandas, gerando mais volume e menos profundidade. Recursos inovadores precisam vir acompanhados por ideias e processos inovadores.

Na Otimifica, a gente vive isso de perto. E aprendeu a usar a IA com um propósito muito claro: abrir espaço para pensar melhor. Automatizar não é só uma questão de eficiência, é uma escolha de foco. Se deixamos que a IA nos liberte do repetitivo, conseguimos olhar com mais atenção para o que realmente transforma: reputação, posicionamento, performance, consistência. Isso vale especialmente para quem atua com marketing B2B e eventos, onde a pressão por entrega costuma atropelar a estratégia.

A IA precisa entrar como inteligência aumentada, não como uma nova pilha de pendências. E isso exige disciplina: parar, reorganizar fluxos, criar filtros, revisitar prioridades. O papel da liderança é garantir que a equipe use as ferramentas para fortalecer a clareza, e não apenas acelerar o ruído.

Pensar dá trabalho. Mas é o tipo de trabalho que nenhuma máquina substitui. O que diferencia uma entrega genérica de uma entrega relevante é o pensamento por trás. E é esse pensamento que merece o nosso tempo e o nosso preço.

Em momentos de avanço acelerado, como o que vivemos com a chegada das IAs generativas, é natural se sentir perdido. As promessas são muitas, as ferramentas se multiplicam e nem sempre fica claro o que é útil, o que é moda e o que realmente muda o jogo. Na Otimifica, esse tema é pauta constante: estudamos, testamos e discutimos diariamente como aplicar inteligência artificial de forma prática e estratégica nas rotinas de comunicação e marketing. Se você também está buscando clareza nesse novo cenário, o e-book Relações Públicas na Era do ChatGPT pode ser um bom ponto de partida para organizar ideias e explorar possibilidades com mais segurança.

E-book RP na era do ChatGPT