
A marca de cosméticos Lush cedeu a vitrina de sua loja na rua Regent Street, em Londres, para uma ação de marketing sustentável contra produtos testados em animais.
A empresa, que é conhecida por seu posicionamento ecológico e sustentável, organizou um “protesto” em parceria com a Humane Society International bastante chocante. Uma voluntária de 24 anos de idade se submeteu a diversas práticas comuns em laboratórios de testes de produtos em animais ali, em uma das mais movimentadas ruas da Capital britânica.

A estudante de Oxford, Jacqueline Traide, permaneceu dez horas na vitrina da loja. Ela foi forçada a comer, recebeu injeções, foi cobaia de testes de líquidos e cremes, teve seu cabelo raspado e sua boca esticada ao máximo por um aparelho de metal.
“Espero plantar uma semente de consciência nas pessoas, para que elas realmente comecem a pensar sobre como os produtos são produzidos antes de comprá-los”, disse ela, que permaneceu muda durante todo o protesto.



O protesto chamou bastante atenção de quem passava. Centenas de pessoas ficaram chocadas ao assistir a sessão de “tortura”, segundo reportagem do tabloide britânico “Daily Mail“.
“O irônico é que se fosse um cachorro na vitrina e nós estivéssemos fazendo todas essas coisas com ele, em poucos minutos teríamos a polícia e a Organização Protetora dos Animais aqui”, disse o gerente de campanha da Lush, Tmsin Omond.


A publicação destaca que, em muitos lugares do mundo, muitos animais estão passando pelos mesmos procedimentos e não recebem a devida atenção. “Apesar da prática ter sido proibida na União Europeia há três anos, ainda é legal na Grã-Bretanha receber produtos testados em animais que foram produzidos nos Estados Unidos ou no Canadá. Na China, inclusive, esses testes são exigidos por lei”, destaca Wendy Higgins, porta-voz da Humane Society International.

Ela disse ainda que é “moralmente impensável” que as empresas de cosméticos continuem a lucrar a partir do sofrimento de outros seres e concluiu: “Não existe nenhuma justificativa para submeter os animais à dor por causa da produção de batons e sombras”.
Fonte: Época