Já imaginou chegar ao Largo São Sebastião, um dos principais pontos turísticos do centro histórico de Manaus, e se deparar com várias peças de roupas penduradas nas árvores que cercam a praça? A situação inusitada aconteceu dia 30/07. A proposta foi promover ações para melhorar as cidades-sede da Copa do Mundo de 14.
Intitulada “Se essa roupa fosse nossa”, a ação de marketing promocional faz parte de uma série de atividades realizadas pelo projeto “Imagina na Copa”. Qualquer pessoa pode participar doando roupas em locais públicos. Junto à doação é colocado um bilhete para quem ficar com a peça.
A missão, que já é a quarta realizada pelo “Imagina na Copa”, teve início em Manaus e contou com a presença dos quatro fundadores do projeto, Fernanda Cabral, Mariana Campanatti, Mariana Ribeiro e Tiago Pereira. Nas palavras de Mariana Ribeiro, o projeto é uma “força-tarefa que tem o objetivo de promover uma virada para o Brasil até 2014”.
“Nossas missões são convocações abertas para o público a promoverem transformações rápidas e bacanas no Brasil”, afirmou a cofundadora. “Na de hoje, qualquer um podia trazer uma roupa de qualidade que não usasse mais e a pendurava em alguma árvore do Largo. Qualquer pessoa também poderia chegar, pegar essa roupa e levá-la para casa, sem pagar nada”, explicou ela.
Precedida pelas outras três missões, “Que ônibus passa aqui?”, “Leve este livro” e “Sacolas Verdes”, a quarta missão ganhou como palco o complexo que tem como fundo o Teatro Amazonas e agora deve circular pela web.
“Viajamos o Brasil todo para conhecermos mais de perto os jovens de cada cidade que fazem sua parte na luta por um país melhor. Os entrevistamos e colocamos esses vídeos no nosso site”, disse Mariana. “A cada semana é uma história diferente. Até a Copa de 2014 serão 75 histórias de pessoas que querem mudar algo, nem que seja o bairro em que mora”, afirmou a empreendedora.
De acordo com a mineira Fernanda Cabral “A frase, apesar de ser usada com bom-humor, reflete o pessimismo que paira sobre a gente quando falamos das condições do país. Decidimos então que esse pessimismo seria usado como gatilho para iniciar um movimento de otimismo, para engajar a juventude brasileira a virar o jogo pro país”.
Por ser um grupo pequeno de apenas quatro pessoas, o movimento conta com a ajuda de voluntários, chamados de ‘capitães’, que são os responsáveis por estarem à frente de todas as ações do Imagina na Copa em suas cidades.
Segundo Ives Montefusco, que já conhecia o projeto antes de se tornar voluntário, o “Imagina na Copa” o cativou desde o início pelas ideias e propostas de mudança. “Fiquei sabendo do projeto em março e no final do mês tivemos de mandar um vídeo de um minuto para passarmos pelo processo seletivo, dentro do projeto podemos nos unir para transformar o Brasil”, concluiu.
Fonte: Tiago Melo/g1.globo.