Estrela da comunicação do Século 21, o marketing digital vem experimentando mudanças rápidas e profundas a cada novo período aferido. O primeiro trimestre de 2013 mostrou que neste ano não será diferente e os especialistas buscam apontar quais as tecnologias e estratégias serão eficientes na busca de melhorar o relacionamento entre marca e consumidor.
Escaladas para apresentar soluções, as agências ampliarão a atividade promocional nas mídias mobile, nas mídias sociais, também em mobile, buscando ali a inovação tão desejada pelo mercado.
Com a ampliação dos negócios on-line, principalmente com o aumento de players – pequenas e médias empresas se interessam cada vez mais pelas redes sociais – é importante fazer coisas novas e diferentes do que já é feito hoje.
Pelo fato da internet ser um espaço onde uma grande ideia pode valer mais do que um grande investimento, o poder de viral na concepção da ação que será realizada é fundamental. E o ambiente mobile será o palco desta disputa pela audiência.
Isto porque só em 2012 foram comercializados 16 milhões de smartphones no Brasil e a expectativa é da venda de 21 milhões em 2013, além de 5 milhões de tablets. Sessenta e sete milhões de brasileiros terão acesso à internet móvel num crescimento próximo a 50%.
Este desempenho colocará o Brasil entre os cinco maiores mercados de smartphones do mundo atrás da China, Japão, EUA e Reino Unido.
E como ninguém quer desperdiçar este enorme potencial para ações de marketing promocional vale conferir os números da pesquisa Mobile Consumer: A Global Snapshot
realizada pela Nielsen em 10 países, incluindo o Brasil.
Essa pesquisa sugere que os brasileiros recebem um número razoável de anúncios em seus celulares (62% dos proprietários de smartphones no Brasil recebem pelo menos um anúncio móvel em seus aparelhos todos os dias) e que são receptivos a eles.
Dos resultados da pesquisa, alguns dados relevantes devem ser analisados: 38% afirmaram que são mais propensos a clicar em anúncios móveis simples de texto.
Um percentual maior (41%) afirmou que é mais propenso a clicar em anúncios que incorporam elementos multimídia e 54% disseram que tendem a clicar em um anúncio móvel se essa ação não levá-los para fora do aplicativo para outro site.
44% gostam de anúncios que contêm informações geograficamente relevantes baseadas no local onde se encontram e metade dos entrevistados não têm nada contra anúncios móveis, desde que eles lhes permitam acessar conteúdo de graça.
A mesma pesquisa confirmou o que se percebe no dia a dia: 68% preferem usar aplicativos de jogos em seus smartphones, enquanto 67% preferem usar aplicativos de mídias sociais. Mapas (51%) e vídeos/filmes (45%) também são aplicativos populares.
A popularização do digital junto às camadas menos favorecidas da população com a consolidação da Classe C e a entrada definitiva da Classe D devido ao barateamento do acesso torna este negócio ainda mais interessante. Esta aceleração faz com que o consumidor queira ter suas respostas imediatamente, e sabe que as redes sociais são um caminho para isso.
Apesar de ainda não ser praticado em larga escala, os profissionais do setor afirmam que o tempo de resposta e de interação das marcas deve ser 24 horas, sete dias por semana, 12 meses por ano.
Além disso, o ponto de venda precisa estar conectado, permitindo um compartilhamento de tudo o que acontece no ambiente físico diretamente com as redes sociais. Para isso as empresas precisarão de ferramentas mais complexas para lidar com o enorme volume de informação disponibilizado pelos seus consumidores na web.
O conceito “Big Data” vem ganhando espaço nos seminários e eventos especializados, pois os profissionais do setor querem conhecer mais sobre seu funcionamento e utilização, que facilitará o SaaS (software as a service) que é a computação em nuvem, que permitirá que mais soluções em software sejam oferecidas como um serviço, onde o pagamento será pelo tempo de uso e não mais pela aquisição do produto.
Um dos recursos que deverá apresentar grande utilização é a Realidade Aumentada. Suas ferramentas estão mais acessíveis e o varejo deverá aproveitar esses recursos para oferecer conteúdo diferenciado ao shopper, aumentando o tempo de visitação na loja e o engajamento do consumidor.
Isto porque, será possível ao consumidor comprar pela internet e visualizar como a geladeira ficará no cantinho da cozinha separado pra ela, por exemplo. Isso solucionará todos os problemas de uma compra virtual e é o primeiro passo para conseguir um efeito semelhante aos cinco sentidos humanos, só que no mundo virtual.
A utilização desses recursos aumentará o tempo de visitação na loja e o engajamento do consumidor fazendo com que a compra por impulso fique um pouco de lado e seja substituída por uma compra racional, mais planejada.
Além de ampliar o tempo de navegação, pelo fato de estudar a compra e fazer simulações, o shopper também poderá já desfrutar da sua compra, antes mesmo dela chegar, vendo-as em suas simulações. Isso aumentará o engajamento e servirá para suprir a ansiedade enquanto o produto não chega.
O Storytelling caberá no ambiente mobile?
O Storytelling – novo para a maioria das empresas – deverá ser uma das mais importantes ferramentas neste cenário. É que ninguém dispõe de tempo para consumir tanto conteúdo e tornou-se impossível prender a atenção do telespectador em apenas uma mídia. As redes sociais, principais companheiras de quem assiste programas de televisão, são o melhor caminho para que se conte uma história sem tempo determinado e facilitam o compartilhamento e a participação do seu público. Dali ela pode ir para o cinema, prosseguir na TV, voltar para as redes sociais e terminar em um evento ou uma experiência.
Por tudo isso a técnica pode ser a melhor alternativa para conquistar essa atenção dedicada. Mas é importante que a história seja multifacetada, conquiste engajamento e seja de fácil compartilhamento, sendo capaz de sustentar por diversos meios em sincronia, tirando, assim, o maior proveito da história como um todo.