A China começa a perder competitividade no cenário internacional. Mudanças estruturais nas relações de trabalho – como o aumento de salários em 20% nos últimos três anos e pagamento de leis sociais – e fatores como a valorização da moeda local, mais a desaceleração da economia nos EUA e Comunidade Europeia, aumentam o preço dos produtos chineses e tornam as importações menos atrativas.
Os fabricantes nacionais se beneficiam desse quadro, já que o Brasil é um dos poucos Países no mundo a manter seu parque fabril de brinquedos em plena atividade.
Diante desse cenário, espera-se muito da Feira Brasileira de Brinquedos (Abrin). O principal evento do setor na América Latina e o terceiro maior no mundo comemora sua 30ª edição entre os dias 23 e 26/04 no Expo Center Norte, em São Paulo. Os negócios realizados na feira representam cerca de um terço do faturamento do setor, que deve fechar 2012 na casa dos quatro bilhões de reais.
A Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), que promove a Abrin, estima que, com a perda de competitividade da China e o esforço dos fabricantes nacionais, este percentual caia para 50% ainda em 2013 e para 30% em cinco anos.
Durante a feira 180 fabricantes brasileiros apresentam em torno de 1,5 mil lançamentos em brinquedos em geral e pedagógicos, puericultura leve e pesada, jogos eletrônicos, pelúcias, miniaturas, fantasias e outros artigos que vão abastecer o varejo durante todo o ano, especialmente nas principais datas do setor.