Cerca de 15.000 funcionários da Femsa, engarrafadora dos produtos da Coca-Cola no Brasil, ameaçam fazer greve se a empresa não revisar o processo de participação nos lucros e resultados com o principal sindicato da categoria, a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins).
A Confederação encaminhou na última quinta-feira (24/01), ofício destinado à companhia para pedir esclarecimento e marcar uma reunião emergencial entre os representantes sindicais e os gestores da empresa para discutir o assunto.
De acordo com Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA Afins, a proposta atual apresentada pela empresa, referente ao pagamento de 25% em relação ao salário de aproximadamente R$ 1.700,00 não agradou os trabalhadores do setor, que, agora, buscam uma nova negociação. A PLR é uma remuneração variável feita com base nas metas de resultados da companhia.
“É inadmissível um grupo com um potencial de produção e consumo como a Coca-Cola dizer que os trabalhadores não atingiram metas para fazer jus a um valor digno”, diz Bueno.
“Não havendo uma solução que atenda às necessidades dos trabalhadores, as entidades envolvidas estarão mobilizando os trabalhadores, o que não descarta a possibilidade de uma greve geral no setor”, afirma o presidente da CNTA Afins, em nota enviada à imprensa.
Os Estados de São Paulo, Belo Horizonte, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais seriam os principais afetados com a possível mobilização.
Por: Tatiana Vaz.