Entre os temas comentados pelo presidente da Embratur, Flávio Dino, em reunião na terça-feira (26/06), destaque para a polêmica sobre os preços da hotelaria fluminense durante a Rio +20.
“Essa questão do preço da hotelaria na Rio+20 nos fez ter um papel de mediador do governo. Naquele instante tínhamos a perspectiva de uma crise. A verdade é que a Lei da Oferta e Procura não é absoluta, a imagem do Brasil estava correndo risco naquele momento”, disse Dino.
De acordo com ele, quando a crise se materializou, foi preciso promover essa mediação. “Esse debate negativo não poderia superar os aspectos positivos. Fizemos um acordo, que a hotelaria diminuísse sua margem de lucro e que o governo acompanhasse tudo sob o ponto de vista do governo, porque era um evento governamental. Quando as leis econômicas não funcionam bem cabe ao Estado mediar”, ressaltou.
Depois dessa episódio, a Embratur vai passar a acompanhar as tarifas praticadas por hotéis e companhias aéreas. “Vamos intensificar a produção de informações. Vamos acompanhar tarifas praticadas para que a gente possa dizer num momento específico que os preços são justos ou desalinhados. Teremos como fazer acompanhamento, produzir informações e detectar problemas”, justificou Dino.
Serão dez cidades brasileiras comparadas com dez cidades fora, entre elas Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. “Falar de preço não é tabu, é algo necessário. No final do ano ou início de 2013 teremos os resultados”, revelou.