Experiência de Marca

Visão de fã: suor e filas pelo melhor gift

Centenas de leitores do Promoview participaram da festa do rock que terminou no dia 03/10. Encomendamos a eles a tarefa de trazer um visão sobre as ações promocionais na Cidade do Rock.

Centenas de leitores do Promoview participaram da festa do rock que terminou no início do último dia 03/10. Encomendamos a eles a tarefa de trazer um visão sobre as ações promocionais na Cidade do Rock. Buscávamos uma visão diferente daquilo que imprimimos tecnicamente no relato diário das ações promocionais.

Até jato refrescante foi usado como brinde no Rock in Rio.

A Rossana Rodrigues, de Vila Velha, Espírito Santo, topou o desafio. No mesmo dia que ficou arrebatada com a magia da fabulosa Cidade do Rock, suportada por uma estrutura profissional igual, ou melhor que qualquer parque temático do planeta, ela ainda se encantou com o Coldplay e, por fim,  fez este relato que compartilhamos com você.

Leitora do Promoview se encantou com os shows, mas não deixou de observar a muvuca promo no Rock in Rio.

A atmosfera na Cidade do Rock não tinha só tirolesa, hotel exclusivo, roda-gigante e brinquedos radicais, que caracterizaram o parque da música” relata nossa leitora repórter. Tinha também videogame, passeio de bicilceta sobre cidades virtuais, brincadeiras de caça-brinquedos. Só que, nos últimos casos, o objetivo não era meramente se divertir, mas levar uma camiseta, um fone de ouvido, uma capa de celular ou apenas um biscoito com grife de banda de rock.

Brindes viram troféu na maior festa musical do mundo.

Quem não queria brincar poderia só ficar na fila. Havia dezenas delas, lado a lado gente que estava aproveitando o festival de marcas em que o Rock in Rio se transformou para levar um brinde para casa. Tinha para todos os gostos: chocolate, boné, produto de cabelo, bala e até repelente oficial.

Mesmo quem queria entrar e ir direto para o palco, era abordado no meio do caminho pela garotada privilegiada que passou nas seleções para trabalhar no festival. A maior oferta era  o óculos laranja com o logotipo de um Banco no meio da testa e anéis de plástico com a logomarca do evento.

Ainda no caminho, era possível sentir um borrifador de água acionado por uma máquina  e, quem parasse para se refrescar, levava como prêmio uma bala, supostamente ainda mais refrescante.

Era surpreendido também por um flash mob de pessoas com capas amarelas em forma de sorriso para promover uma marca de chiclets – cujos representantes orgulhavam-se pelas redes sociais da grande performance na ação promocional.

Aposta na Tecnologia Tem Seus Limites

Não tinha como fugir. Foram 72 marcas presentes no Rock in Rio, com estandes e distribuição de brindes, mais do que a soma de todos os shows dos palcos Sunset e Mundo, em todos os dias de festival.

Uma das principais formas na excução das ações de marketing promocional das marcas era oferecer fotos ao público, que eram imediatamente enviadas para redes sociais, como o Facebook. Teoricamente. A solução de usar alta tecnologia esbarrou no velho e conhecido problema de conexão. A Cidade do Rock não foi exceção, e entrou para a grande lista de locais no Brasil que atrapalham as brilhantes ideias promocionais dos criativos.

N.R. As reclamações de usuários, que acabaram respingando aqui nas páginas do Promoview (veja comentários no post) são um exemplo disso.

Conexão atrapalhou os planos de quem centrou a estratégia de enviar brindes pela internet.

Problemas de conexão à parte, foram várias as fórmulas desenvolvidas para chegar ao mesmo fim. Até “caça ao fotógrafo” rolou dentro da Rock City. Com roupas típicas de safári, os promotores ficaram espalhados pela espaço do evento. Quem encontrasse cada um deles e tirasse uma foto com cada um (ufa) podia, finalmente, retirar o brinde.

Tinha medo de ter a máquina roubada e deixei em casa”, me contou a Melissa Dias, da Bahia, que aguardava já há uma hora e meia para retirar uma foto com guitarristas, oferecida por uma marca de chocolate.

Andei mais um pouco e outra fila, gigante, marcava lugar para participação em outra coqueluche deste festival, os games virtuais. Nesta eu fui direto ao segurança que barrava o movimento promocional na entrada do espaço de uma marca petroleira.

“Os brindes já acabaram. Distribuimos apenas para os cem primeiros”  justificava o fortão. “Ah, fala sério”, reclamava um garoto de uns quinze anos de idade. Será que os marketeiros não percerema que cem brindes é pouco para esta massa?”.

Olhando aquilo eu não tive dúvida, de médico, marketeiro e louco, todo mundo tem um pouco… Até marquei para voltar lá mais tarde e conferir se o número era tão limitado, mas não deu. A Cidade do Rock é gigante e a magia das luzes acaba envolvendo você. Daí tudo vira festa e eventuais gafes destas marcas acabam sumindo da lembrança.

Filas em busca de um gift. Uma constante na Cidade do Rock.

Já a operadora de celular que hospedou fãs dentro da Cidade do Rock foi mais generosa e deu cinco mil poltronas infláveis por dia. A marca de cerveja fez mais de duas mil pessoas felizes ao mandá-las de um lado ao outro, sobre o público, penduradas num cabo e deixou milhares frustradas por não terem conseguido.

Números, números. Se não grandiosos, emblemáticos. Ouvi falar que uma rede de fast food superou 90.000 sanduiches e vai para o Guiness e que outra sofreu com quarenta abandonos na frente de trabalho logo na primeira noite tendo que remanejar gente das suas lojas na capital carioca para garantir o movimento nas demais.

A tirolesa e hotel – em minha opinião as principais atividades promo deste ano –  são propriedades do festival, que garante segurança e perfeito funcionamento ao administrá-las. As marcas só colocam a “roupa de festa” e capitalizam junto aos consumidores. Muitos queriam participar mas foram poucos os que conseguiram, se levarmos em conta a massa que passou pela cidade do rock.

Em 2013 tem mais” garantia Medina nos vídeos exibidos nas redes sociais enquanto eu escrevo estas linhas para o Promoview. México, Inglaterra e Estados Unidos são prováveis destinos de novas etapas.

Queremos fazer  uma Copa do Mundo da música em vários locais ao redor do planeta” declarava o iluminado brasileiro criador do Rock in Rio, Roberto Medina na madrugada de hoje.“Nós temos capacidade para fazer isso. Os grandes produtores musicais pensam apenas em contratar bandas e vender ingressos. Para nós esta é uma pequena parte do evento“.

Medina, você é o cara!

Rio de Janeiro, 5h04 da manhã desta segunda feira 3/10/2011. Guns N Roses encerra o Rock in Rio, evento que novamente marca época no Brasil


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Com fotos oficiais do Rock in Rio via imagenet.com
Cobertura do Rock in Rio: Antonia Goularte e Julio Feijó Neto