Enquanto você lê este texto, milhões de brasileiros regam plantas, alimentam animais e jogam futebol sem sair da frente do computador. Os jogos disponíveis nas redes sociais já atraíam adolescentes e agora fisgaram os adultos, tornando ambos os públicos alvos para anunciantes – e os games, um espaço publicitário. Um exemplo? Para promover o filme Inimigos Públicos, a Universal entrou no Mafia Wars, jogo do Facebook com 24 milhões de participantes. O estúdio ofereceu aos usuários o carro do protagonista do filme e armas para incrementar as jogadas.
Estudo da eMarketer estima que a receita publicitária mundial com games sociais será de US$ 192 milhões em 2011. Especialistas afirmam que a explosão da nova mídia é uma tendência irreversível. Primeiro, porque a internet tornou-se veículo de massa e há o apelo das redes sociais. Segundo, porque nelas, além da possibilidade de identificar o público que a campanha vai atingir, cria-se uma experiência única para se aproximar do consumidor. “Os jogos são ambientes imersivos, onde o engajamento do usuário com a marca é muito grande”, diz Abel Reis, presidente da AgênciaClick.
Mas ainda há muito a ser feito para que essa nova mídia amadureça. “Muitos clientes nos pedem para inovar, mas quando veem a proposta querem um benchmark, porque têm medo de arriscar”, diz Vitor Elman, diretor de criação da Cappuccino Digital, agência que criou uma empresa de games e lançou o jogo “Meu Planeta”. É o custo do pioneirismo.
Fonte: Época Negócios.