Casa Grande Hotel investe em eventos

No primeiro semestre de 2009 e durante 2008, a receita corporativa respondia por 50% do faturamento do maior resort da Baixada Santista, o Casa Grande Hotel Resort & SPA. Refletindo a crise econômica internacional, o segundo semestre do ano passado derrubou essa participação para 30%. “Com negociações intensas e permanentes, estamos recuperando o fôlego dos eventos corporativos no início deste ano”, comemora Sérgio Souza, diretor Comercial do Casa Grande, com agenda fechada até março.

Há 37 anos, quando foi criado na Baixada Santista, o Casa Grande Hotel já tinha uma arquitetura considerada pelos especialistas em um espaço bonito e chique, para um público refinado e de bom gosto. Hoje, o empreendimento acredita já ter o status de um importante resort, além de contabilizada a acolhida a 75 mil pessoas por ano, em uma paradisíaca praia na cidade do Guarujá, no litoral paulista.

O local é também um dos espaços de destaque para a realização de eventos no Estado de São Paulo, e esta atração corporativa contribui com 50% de sua receita (à exceção de 2009, considerado um ano atípico no turismo nacional e internacional). Agora, associado à Green Hotels Association, caminha para ser um hotel ecologicamente correto.

Estrutura Corporativa

Para segurar a onda e manter a saúde financeira de um complexo hoteleiro deste porte, que mantém 330 funcionários fixos, é preciso ter receitas alternativas. “Uma estrutura para eventos é fundamental para qualquer resort”, resume o diretor Comercial Sérgio Souza. Ele, que já trabalhou em outros resorts brasileiros, faz rasgados elogios à estrutura da sua empresa, de capital 100% nacional, dizendo que não é tarefa simples o hotel ser classificado como cinco estrelas, em nível internacional.

O pavilhão de 4.000 mil metros quadrados é um apelo forte para chamar a atenção de empresas e instituições de todo o País. A área é tão grande que na alta temporada se instala o Shopping de Verão no local. Paralelamente existem 11 salas de eventos, cinco das quais são modulares (formando um Centro de Convenções). No formato de Auditório, as salas comportam 920 pessoas.

Para eventos menores (como workshops, palestras etc) existem ainda seis salas (com capacidade, cada uma, inferior a 100 pessoas) e uma sala de apoio geral.

“Essa estrutura toda nos permite ter o hotel permanentemente ocupado”, pois em um bom ano, como foi 2008, os eventos respondem por 50% de nosso faturamento total, comenta Souza. “O ano passado foi excepcional, não só em termos locais, como internacionais. Hoje, por exemplo, estou com vários navios na minha porta e tenho negociado até a exaustão com as empresas para poder recuperar os níveis de 2008”, completa o executivo.

Desafio

O Casa Grande não abre seu faturamento, mas revela que ‘a marolinha’ de 2009 derrubou a receita corporativa. “As empresas se encolheram, fizeram menos eventos e, quando os faziam, eram de um dia só para cortar hospedagem; além daquelas que optaram pela capital para economizar com transporte”, analisa Sérgio Souza, revelando que nunca negociou tanto com as empresas para retomar os negócios.

“Nosso desafio é recuperar os 20% que encolhemos ano passado (comparando 2009 a 2008) e, em cima disso, crescer 10%”. Um desafio que, na realidade, vai sendo superado.

De acordo com o diretor Comercial, a agenda de eventos corporativos está fechada até o final de março e o Casa Grande deverá retomar o nível de 250 eventos/ano, agora, em 2010.

No Brasil existem 45 resorts, mas dificilmente algum deles promove 250/300 eventos anuais. Além da infraestrutura, e da tradição, a localização do Casa Grande também ajuda muito: fica a 40 minutos de carro ou 15 minutos de helicóptero da maior cidade do País, São Paulo.