Experiência de Marca

Com 20 publishers, app cobra por notícias

Bendle, nova plataforma de jornalismo possibilita micropagamentos e reúne veículos como AdAge, Financial Times e The New York Times

Os jornais fazem parte do projeto – uma espécie de plataforma de jornalismo que possibilita micropagamentos – lançado nesta quarta-feira, 23 no mercado norte-americano, que permite que os usuários paguem apenas pelas notícias de seu interesse.

Os valores de artigos de revistas variam de US$ 0,09 a US$ 0,49. Já os de jornal custam entre US$ 0,19 a US$ 0,39. Segundo Alexander Klöpping, fundador do Bendle, os publishers definirão seus preços, mantendo 70% da receita.

A plataforma da start up holandesa oferece atualização constante de artigos relacionados aos interesses dos leitores ou selecionados por meio de uma curadoria.

Ao fazerem a inscrição na plataforma, os leitores recebem uma quantia em dinheiro para adquirir os artigos. Cerca de 20% desses usuários decidem investir mais dinheiro para aumentar o acesso, segundo o fundador da empresa. O Bendle também reembolsa os valores quando os leitores não gostam do conteúdo lido.

Nessa primeira fase de testes, o Blende estará disponível para um grupo de dez mil usuários. O app funciona sem paywall ou anunciantes, apenas com base no interesse dos leitores. Dessa forma, publicações como Economist e The Wall Street Journal que dependem de assinantes terão nova possibilidade de cobrar daqueles que não assinam o conteúdo, mas gostariam de ter acesso a alguns artigos.

Klöpping considera sua empresa um laboratório para o jornalismo que testará se os leitores dos Estados Unidos estão dispostos a adquirir conteúdo jornalístico de alta qualidade de forma individual e, principalmente, em uma época em que é possível ter acesso a abordagens do mesmo assunto nas redes sociais e de maneira gratuita. Para o executivo, os jovens já demostram esse comportamento quando assinam serviços como Netflix e Spotify.

Fundada em 2013, o Bendle tem 650 mil usuários na Holanda e Alemanha e recebeu aporte de cerca de US$ 3 milhões The New York Times e da empresa de mídia alemã Axel Springer.