A indústria da publicidade tem sofrido seguidos golpes que afetam sua hegemonia. No mais recente, devidamente minimizado nas páginas das publicações especializadas, está o caso 'Fearless Girl'.
Idolatrada no último festival de Cannes – inclusive aqui no Promoview – a doce estátua da menininha acaba de sofrer um ataque. E não foi do grande touro que está na frente dela em Wall Street, mas do próprio State Street Corp, organização que financiou a campanha pela valorização da mulher, em Março deste ano, criação da McCann NY.
Um dos bancos coligados a entidade, localizado em Boston, vai pagar cinco milhões de dólares após uma investigação aberta pelo Departamento de Emprego, na qual acusa-o de pagar menos as mulheres do que aos executivos homens. A diferença salarial foi descoberta durante uma auditoria há cinco anos.
A empresa nega ter cometido qualquer tipo de discriminação e explica que assinou a compensação para resolver o assunto. O acordo, no entanto, abrange mais de 300 funcionárias do fundo e também cerca de quinze funcionários afro-americanos, que ganhavam menos do que assalariados brancos. A diferença de salários, de acordo com o Departamento de Emprego, foi "estatisticamente significativa" e "persistente".
A State Street Corp insiste que o caso é antigo e diz que estão avaliando os processos internos para garantir que os programas de compensação, contratação e promoção sejam feitos sem discriminação. "Estamos empenhados em práticas de igualdade de remuneração", afirmam.
A controvérsia dá, no entanto, mais argumentos para Arturo Di Modica, que iniciou uma batalha legal contra a cidade de New York para remover a estátua da menininha, porque considerou que a campanha era "Golpe publicitário" e que isso alterava o significado de seu trabalho, no caso o "touro" que sempre esteve ali. “Não tem nada contra a mensagem, só tem que ser colocada em outro lugar. Depois deste escândalo, melhor levá-la para um depósito”. afirmou
Está cada vez mais difícil identificar o que realmente não é fake.