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Táxi autônomo começa a circular no Reino Unido

Ainda em fase de testes, veículo percorrerá trajeto de 19 km levando 130 pessoas sem motorista ao longo de dois meses.

Ainda em fase de testes, veículo percorrerá trajeto de 19 km levando 130 pessoas sem motorista ao longo de dois meses.

No final do mês de outubro, o primeiro táxi autônomo, que dirige sozinho e sem motorista, fez sua primeira corrida com passageiros humanos.

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Durante dois meses, 130 voluntários serão transportados pelas ruas de Croydon e Bromley, ao Sul de Londres, em modelos Ford Mondeo, modificados com tecnologia da FiveAI, empresa que recebeu aporte de 12,7 milhões de libras do governo britânico para desenvolver o projeto – na cotação atual da moeda, o montante passa de R$ 65 milhões.

A previsão é que automóveis que dirigem sozinhos, sem a ajuda de motoristas, sejam explorados comercialmente no país a partir de 2021.

Inicialmente, o veículo passou por provas para atestar sua capacidade de desviar de robôs. Depois, os testes passaram a incluir pessoas simulando pedestres.

Na nova fase de experimentos, os criadores pretendem ver como o carro se comporta em ruas movimentadas e sendo obrigado a seguir as normas de trânsito.

A legislação britânica já permite que automóveis do tipo circulem nas ruas, desde que tragam certos requisitos de hardware e tenham sempre um motorista pronto para dirigir, em caso de falha do sistema automático.

Durante a fase de testes com passageiros humanos, estarão sempre no carro um técnico e motorista reserva de prontidão.

Cada veículo fará o percurso completo três vezes por dia várias e diversas vezes por semana. Os voluntários são funcionários de uma empresa de seguros e viajarão sempre um por vez, em cada um dos automóveis.

O veículo conta com diversos sensores para rastrear o ambiente e evitar colisões. Câmeras no teto medem a velocidade do carro e as distâncias para objetos ao redor, enquanto sensores nas laterais localizam pedestres e outros automóveis.

Com dados de GPS, ele cria um mapa que ajuda a descobrir se o caminho está sendo realizado da maneira correta e cria um mapa para entender as ruas pelas quais percorrerá ao longo do trajeto.

Segundo os criadores, o carro é feito para andar em qualquer tipo de via urbana, incluindo ruas estreitas e feitas de paralelepípedos, típicas de algumas regiões.

Os testes também têm o objetivo de colocar à prova o sistema de sensores do veículo em áreas sem condição climática ideal e com alta circulação de pessoas.

O Sul da Inglaterra é uma zona com baixa incidência de luz, pouca cobertura de GPS e tempo geralmente chuvoso.

Acidente fatal com carro autônomo

O relatório final do governo dos Estados Unidos sobre o atropelamento de Elaine Herzberg, em março de 2018, concluiu que a Uber é, sim, culpada pela morte, mas não apenas ela.

No texto, apresentado por investigadores do Órgão Nacional de Segurança dos Transportes, a empresa de transportes é citada como responsável devido a uma cultura de segurança falha, mas a própria vítima e também o governo do Estado do Arizona, onde aconteceu o acidente, são elencados como participantes.

Para os investigadores, seis fatores contribuíram para a morte de Herzberg, de 49 anos, que foi atropelada por um carro autônomo da Uber ao atravessar uma via da cidade de Tempe fora da faixa de pedestres.

Quatro destes são de responsabilidade da empresa de transportes, que não possuía procedimentos de segurança e mitigação de risco em vigor para lidar com situações desse tipo.

A motorista, Rafaela Vasquez, também é citada. De acordo com o relatório, ela teria passado 34% do tempo como condutora do veículo autônomo usando o celular e estava assistindo a um reality show no momento do acidente.

Imagens do circuito interno do veículo, liberadas como parte da investigação, mostram a condutora olhando para baixo e voltando a prestar atenção na pista apenas um segundo antes da colisão, quando já era tarde demais.

O Órgão também criticou a Uber pelo que afirmou ser um monitoramento ineficaz de condutores, pois, mesmo com a presença de câmeras, não havia garantias de que eles não romperiam as normas de segurança.

Os testes com carros autônomos nos EUA exigem a presença de um motorista humano, que deve permanecer vigilante e atento ao volante durante todo o percurso, justamente para evitar acidentes.

Isso se deve ao que os investigadores chamaram de complacência, com a empresa confiando demais na automação e deixando questões de segurança de lado.

A ausência de gerentes de segurança ou pessoal responsável por lidar com acidentes no momento da colisão também seria um indício de que a Uber teria plena confiança na direção autônoma, acima das capacidades do próprio sistema, que não saberia lidar corretamente com pedestres invadindo a pista.

 

A noite de 18 de março de 2018 foi marcante para a Uber. Na cidade de Tempe, no Arizona, o Volvo XC90 autônomo da empresa atropelou a pedestre Elaine Herzberg, 49 anos. Ela se tornou a primeira vítima fatal do programa de carros autônomos da Uber —isto é, que andam sozinhos. A morte de Herzberg mudou completamente o andamento do programa. Em um relatório divulgado no último dia 5 de novembro, o Conselho Nacional de Segurança de Transporte americano identificou que a inteligência artificial da Uber não identificou Herzberg como uma pessoa. O motivo? Ela estava fora da faixa de pedestres e o software não foi programado para saber que pessoas podiam ignorar esse padrão no trânsito … – Veja mais em https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2019/11/16/como-acidente-fatal-mudou-o-programa-de-carros-autonomos-da-uber.htm?cmpid=copiaecola