Experiência de Marca

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A escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016 deve ser muito comemorada, não só por ser uma conquista verde e amarela e que pode - dependendo da seriedade, honestidade e vontade de nossas autoridades - reformar a cidade sede, mas porque trará para o mercado promocional investimentos recordes.

Wagner Bastos*

A escolha do Rio de Janeiro como sede dos jogos olímpicos de 2016 deve ser muito comemorada não só por ser uma conquista verde e amarela e que pode – dependendo da seriedade, honestidade e vontade de nossas autoridades – reformar a cidade sede, mas porque trará para o mercado promocional investimentos recordes.

 Prevejo novos alinhamentos das agências no sentido de reforçarem os setores de planejamento e muitas outras aproveitando para repensarem seus focos de atuação. A tendência, acredito, será de retomarmos o conceito 360 graus, que depois de tão disseminado, perdeu força para as agências especializadas, pelo menos nas grandes metrópoles, principalmente em São Paulo e Rio.

Explico: o evento vai movimentar a área que chamamos hoje de marketing esportivo e essa ferramenta já nem tanto caçula é promocional em sua essência, afinal trabalha muito mais de forma interativa com o público do que passivamente como a propaganda. Assim, as agências que não transitavam por esse ambiente deverão buscar profissionais e parceiros para atenderem a demanda dos anunciantes que querem expor seus produtos nessa janela tão interessante e vistosa. Sairão na frente as que já compreendem muito bem como atuar diante das oportunidades esportivas, afinal há três vertentes distintas nesse segmento: o investidor, o esporte e o público-alvo e nem todas as agências têm habilidade de criar propostas para todos esses players. O desafio é saber alinhavar parcerias e interesses comuns. Ter um cliente investidor significa ter o desafio de buscar novas experiências (leia-se novas promessas no esporte, clubes emergentes e eventos esportivos), já pra quem tem como o cliente o clube ou o esportista, deve buscar relacionamentos que conquistem os investidores, ou seja, o inverso. Tudo isso exige conhecer bem o que pensa e quer o público consumidor disso tudo.

Mas o recorde dos investimentos também se justifica em função do movimento que as olimpíadas trarão em todos os outros setores da cadeia produtiva, afinal o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) prevê a geração de 250 mil empregos no total (120 mil diretos) antes, durante e depois dos jogos. Soma-se a isso os números do relatório do COI (Comitê Olímpico Internacional) que publica um investimento do país em torno de 30 bilhões de dólares apenas para os jogos e assim temos a certeza de que educação, turismo, entretenimento, gastronomia, transporte, vestuário e tantos outros setores também estarão ávidos por conquistar e disputar clientes – dolarizados ou não – que susceptíveis psicologicamente, estarão circulando em busca de novidades e experiências.

Não nos esqueçamos ainda de que teremos recém terminado a realização da Copa do Mundo de 2014, que reforçará o DNA esportivo de cada brasileiro e assim o Brasil, em especial o Rio de Janeiro, será um verdadeiro centro de compras e negócios, com o esporte como pano de fundo. Agora, sair dos jogos com uma medalha na categoria “Melhores Estratégias de Marketing Rio 2016” vai exigir muito preparo e investimento dos nossos profissionais, a partir de agora, a partir de hoje.

 Que Cannes 2017 seja o nosso pódio.

* Wagner Bastos é consultor, palestrante, professor da PUC-Campinas e diretor da Ampro em Campinas.
* Wagner Bastos é consultor, palestrante, professor da PUC-Campinas e diretor da Ampro em Campinas.