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M.I.C.E: A importância dos eventos corporativos

O turismo de negócios de uma forma em geral é fundamental para a economia das cidades. Ele gera aumento na ocupação dos hotéis e no comércio.

Reuniões, incentivos, congressos e exposições (Meetings, Incentives, Conferences, and Exhibitions). M.I.C.E é uma sigla usada em referência a um tipo específico de turismo em que grandes grupos, geralmente planejados com antecedência, se reúnem para um propósito particular.

Recentemente, tem havido uma tendência em utilizar o termo “indústria de eventos” para evitar a confusão da sigla.

O turismo de negócios de uma forma em geral é fundamental para a economia das cidades. Ele gera aumento na ocupação dos hotéis e no comércio. Uma convenção, por menor que seja, sempre irá trazer ótimos rendimentos.

Por este motivo, cada vez mais aumenta o investimento em centros de convenções para a realização de feiras, congressos, entre outros. Esse tipo de evento costuma ocorrer geralmente em períodos de baixa temporada para manter aquecido o setor hoteleiro.

Os eventos corporativos proporcionam oportunidades de contato pessoal e formação de vínculos que são muito importantes no mundo dos negócios. Certamente, qualquer empresa possui ao menos uma história de cliente, parceiro ou fornecedor que conheceu ao participar de um desses eventos.

Imagine centenas ou milhares de pessoas reunidas em um mesmo ambiente com propósitos muito semelhantes. É natural que surjam ótimas ideias e novas oportunidades, não é?

Os eventos corporativos são uma opção perfeita para fazer networking e se conectar com novos prospects, mas precisam ser organizados com cuidado se o objetivo for atrair mais clientes.

Para as cidades, investir em eventos corporativos têm sido a maneira encontrada para aquecer a economia, tendo em vista que eles auxiliam na ocupação dos hotéis, nos gastos que são feitos no comércio local, e, o mais importante, pela divulgação que fazem da cidade se nela os participantes se sentirem bem.

De acordo com um estudo do Ministério do Turismo, o segmento é o segundo maior fator de atração de visitantes estrangeiros, respondendo por 25,3% dos turistas internacionais que vêm ao País. O gasto médio diário dos turistas que viajam a negócios é de US$ 102,18, valor 50% maior que o do turista de lazer.

Mesmo com toda a crise econômica que o Brasil tem vivenciado, cada vez mais as cidades investem em centros de convenções para manter esse mercado aquecido. Os hotéis têm ampliado consideravelmente as suas salas de reuniões ou outros espaços que possam comportar um evento corporativo.

Fornecedores e gestores de viagens corporativas associados à Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) integram a primeira edição do estudo “Comportamento dos Gastos de Viagens e Eventos Corporativos”, idealizado e realizado pela entidade para avaliar o desempenho do setor entre os meses de janeiro e junho de 2018 e traçar um panorama do segundo semestre do setor.

A Alagev ouviu 10% de seus associados e revela que os primeiros seis meses do ano superaram o mesmo período de 2017. Entre os gestores de viagens corporativas, 20% afirmam que o crescimento ficou entre 5 e 10%, enquanto 13% confirmam o crescimento de 5%, mesmo índice de quem afirma ter superado o ano passado em mais do que 10%.

Dos demais ouvidos, 7% dizem que o mercado não oscilou, 27% falam em queda de mais de 10%, enquanto 13% estimam que o comportamento de gastos de sua empresa foi mais baixo entre 5 e 10%, e 7% dizem ter investido menos 5%.

Em relação a eventos corporativos, a pesquisa aponta que as empresas estão voltando a investir também. Segundo o levantamento, 50% dos gestores de eventos afirmaram que houve crescimento superior a 10% em investimento no primeiro semestre de 2018.

O Brasil é um país de muitas potencialidades. Espaços para eventos corporativos e hotéis bem preparados para receber esse público existem de Norte a Sul. Infelizmente, um dos fatores que tem impedido mais o crescimento desse setor é a segurança.

Se o governo investisse mais no quesito segurança, certamente o Brasil iria receber muito mais eventos corporativos.