Experiência de Marca

Internet das coisas: a nova fronteira do live marketing?

Aproximando da indústria de <b>live marketing</b>, um filão de mercado de desenvolvimento, poderá também interessar os executivos da área. Espera-se, por exemplo, que camisetas e tênis sejam interconectados.

Bilhões de objetos do dia a dia, capazes de sentir e se comunicar a partir de qualquer lugar estão sendo colocados on-line. A nossa pergunta é: o que isso significa para o marketing promocional?

A indústria de tecnologia está se preparando para a Internet das coisas, ou Internet of Things, que ultrapassa aquilo que temos conhecido como wearable tech. Este novo tipo de computação caracterizada por computadores invisíveis ligados a objetos, recebe e transmite dados sobre o ambiente ou oferece novas formas de controlá-lo.

Imagem: iStock Photo

internet of things

Essa ideia, porém, não é nova. As feiras onde era possível controlar a casa por computador parecem até ficção científica do século passado, mas uma pesquisa recente do MIT trouxe informações reais sobre estas novas possibilidades, as quais traduzimos aqui no Promoview. Isso porquê, uma disciplina caracterizada pelo contato direto com o consumidor, poderá ter que rever alguns conceitos base que serão mediados pela tecnologia.

Imagem: Digitaltrends.com

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O tema é tão amplo que há dúvidas até de como chamar esta próxima revolução no consumo e acesso ao mundo, a essa mediação. Exércitos nanotecnológicos, com o poder de promover mudanças na forma como nos comunicamos e consumimos, em dispositivos do tamanho de um alfinete, passam a custar cerca de cinco dólares. À medida que ficam mais baratos, torna-se fácil conectar mais coisas – e por coisas entenda desde eletrodomésticos até canos de esgoto ou latas de lixo.

Na Universidade da Berkeley, na Califórnia, as pesquisas vão além, e, ao invés de implantar chips nas coisas, estudam como implantar chips no cérebro humano. A ideia é que o corpo humano torne-se uma dessas “coisas” e consiga acessar a web, sem intermediários. Mas este seria, talvez, um segundo capítulo a este que estamos analisando.

Será que alguém realmente precisa de uma máquina de café inteligente ou uma geladeira com um browser? Ou de unhas postiças conectadas à internet? Muitas das invenções podem parecer bobagem. Mas tudo são formas de desenvolver e testar o que vem por aí.

Desde 2007, por exemplo, todos os carros novos nos Estados Unidos têm um chip em cada pneu que mede a pressão e envia dados por rádio para o computador central do carro.

Um novo carro médio – não estamos falando de carros de luxo! – tem 60 microprocessadores de acordo com Centro de Pesquisa Automotiva nos EUA. Os eletrônicos são hoje responsáveis ??por 40 por cento do custo total de um carro.

A Internet das coisas é especialmente importante para as empresas que vendem equipamentos para redes, como a Cisco Systems. Ela espera que nos próximos 6 anos 50 bilhões de “coisas” possam ser conectados à internet, além dos 10 bilhões de telefones celulares e PCs.

Aproximando da indústria de live marketing, um filão de mercado de desenvolvimento, poderá também interessar os executivos da área. Espera-se, por exemplo, que camisetas e tênis sejam interconectados. Logo, desenvolver a tecnologia poderá ser mais valioso para um negócio do que o produto ou a ideia promocional.

Jeff Immelt, CEO da General Electric, disse aos seus investidores em reunião este ano que “qualquer empresa que produza bens de consumo no futuro será uma empresa de software.”

Embora pareça ficção científica, Gordon Bell, pesquisador da Microsoft acredita que ninguém sabe exatamente o que vai acontecer com a computação na internet das coisas, mantendo os pés no chão. Porém, acredita que será surpreendente, e que assim como a importância do PC e do smartphone ficou clara somente após o seu desenvolvimento, com esse novo paradigma, será igual.

De fato, isso já está acontecendo. Cada novo device que aparece no mundo é assimilado pela rede como outro computador. O que vem a seguir tende a ser visto desta forma: como apenas mais um computador.

Na próxima semana: A internet das coisas, a internet de você mesmo.