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Fórum Mundial de Bioeconomia cria logo inspirada no Pará

Inspirada na Amazônia, a nova logo visa respeitar e celebrar a cultura de usa nova sede.

Casa nova, marca nova. O Fórum Mundial de Bioeconomia (FMB) sairá pela primeira vez de sua sede em Ruka, na Finlândia, para ser realizado em Belém do Pará.

Como estará no coração da biodiversidade, o Fórum se inspirou na Amazônia para adotar uma nova logo com o sotaque da região, porém sem abandonar sua característica global.

A nova identidade visual valoriza a bioeconomia local, que tem na floresta em pé a sua sustentação, contemplando o passado, o presente e o futuro. 

Assim, o ponto de partida para a construção dessa marca nova foi a necessidade de mostrar às pessoas o que é a bioeconomia da Amazônia – levantamento preliminar apontou que cerca de 60% dos habitantes da região desconhecem o tema.

Então, o primeiro passo foi a interação com quem vive na região. Isso evidenciou a necessidade de se destacar a influência dos ancestrais indígenas e também dos africanos na cultura e no cotidiano do Pará.

Mas uma logo também precisa de cores (e sabores!). Ou seja, seria um sacrilégio se a culinária (incomparável!), da qual o Pará tanto se orgulha, ficasse de fora.

Para sublinhar esse regionalismo, a novo logo, criada especificamente para a edição de Belém, ganhou elementos com forte presença no dia a dia dos paraenses, como o pescador e o peixe pirarucu; um homem colhendo açaí; uma mulher indígena e sua filha; e uma pesquisadora no laboratório de óleos, pois a bioeconomia do Pará também é tecnologia.

“Estamos muito felizes com o empenho do Estado do Pará para acrescentar ao Fórum suas características locais, destacando de forma criativa a bioeconomia da região amazônica. Estou muito satisfeito com a recepção que o Fórum Mundial de Bioeconomia teve no Brasil e principalmente no estado do Pará. Como sempre, o Fórum respeita as condições locais, por isso estamos maravilhados com a identidade local criada para o logotipo do Fórum para 2021. Ele incorpora cores e elementos do estado do Pará de forma equilibrada, mantendo a identidade original do Fórum.”, disse o finlandês Jukka Kantola, fundador do Fórum Mundial de Bioeconomia. Kantola esteve em Belém no início de agosto, para acompanhar os preparativos do evento.

O Estado do Pará tem uma diretoria específica voltada para a bioeconomia. Há um consenso entre pesquisadores e formuladores de políticas públicas que o modelo de “bioeconomia que o Pará quer” precisa levar em conta a preservação da floresta e a inclusão social. E a nova logo do Fórum incorpora essa convicção.

Evento

O Fórum Mundial de Bioeconomia será realizado entre 18 e 20 de outubro deste ano, na Estação das Docas, em Belém. Será a primeira vez que o evento ocorre fora de sua cidade natal, Ruka, na Finlândia.

O Estado do Pará será coorganizador, com o apoio da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e da Associação Brasileira de Árvores (Ibá), entidades identificadas com a proteção dos recursos naturais. 

O Fórum é referência internacional nas discussões sobre o tema e a escolha histórica do Pará como sede faz parte da estratégia de colocar a bioeconomia no centro do debate, num momento em que os efeitos das mudanças climáticas são tão preocupantes.

Neste contexto, a organização do Fórum definiu quatro eixos temáticos: Pessoas, políticas públicas e o planeta; Líderes globais e o mundo financeiro; Bioprodutos ao nosso redor; Olhando para o futuro.